sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Jesus nos ensina a rezar - Planejamento do Encontro

  
   
 
 
 
 
Durante o período da quaresma a oração se torna o alimento mais importante para nossa alma e para aumentar a nossa fé. Desta forma, é interessante falar com as crianças sobre a oração e principalmente em como Jesus, Nosso Senhor, nos ensina a rezar.

  Motivação (ver): 
 
     - Começar com um canto que fale de oração.
     - Questionar: o que é rezar?

 Para conversar com os catequizandos:

 - Vamos escutar uma pequena história:
 
    Joãozinho gostava de muito de seu pai e fazia tdo o que ele queria. Certo dia, resolveu pedir, de presente, uma bicicleta.
    - Papai, disse ele, o senhor pode me dar um presente? Gostaria tanto de ter uma bicicleta.
    - Meu filho, respondeu o pai, você sane que somos pobres e será muito dificil, mas vamos ver se conseguimos comprar a bicicleta, fazendo economia.
    Passado algum tempo. Joãzinho tornou a insistir:
   - Mas Papai, e o meu presente?
   O pai tinha pena do filho porque ele era muito bom e o amava. Sr. Pedro, pai de Joãozinho, resolveu fazer-lhe uma surpresa e dar-lhe a bicicleta. O pai respondeu ao menino:
   - Continue sendo bom e um dia você terá seu presente.
   Um dia o menino correu para junto de seu pai e disse:
   - Papai,  sabe o que sonhei esta noite? Sonhei que estava trabalhando lá em casa e um carteiro entregou-me uma carta. Na carta dizia: Joãozinho, você é um menino trabalhador, estudioso, bom e gosta dos seus pais, por isso, receberá um presente.
   Não acabei de ler o resto da carta porque acordei. Será que estava escrito que iria ganhar uma bicicleta?
   O pai abraçou o filho e, comovido, contou-lhe o segredo:
   - Já comprei a sua bicicleta e a guardei. Você a merece.
   Joãozinho ficou muito contento e agradecido. Olhava para o pai mas não sabia nem o que devia falar.

Colocação do tema (julgar)

   - O catequista deverá abrir a Bíblia e ler com os catequizandos diversos textos que falem de oração.
   - No evangelho, Jesus diz: " Pedi e recebereis, buscai e achareis" (Lucas 11,9)
   - Jesus também pedia ao Pai... agradecia... conversava... Sabe o que é isto? Isto é oração. Quando Jesus rezava? De manhã (Lc 6, 12), de noite (Mc 1,35), nas alegrias ( Lc 10,21), na tristeza (Lc 22,41) e pedindo.

    Jesus também nos ensinou a rezar:
    Quando quiser rezar diga: Pai Nosso... ( Mt 6,9-13).

    É necessário rezar:

    - com confiança, acreditando que Deus pode tudo: (cfr. Lc 12,22s; 11, 11-13)
    - com perseverança, isto é, todos os dias, sempre. (cfr. Lc 11,5-8).

   Jesus nos ensinou a rezar porque nos ama, quer que conversemos muito com Ele.

Agir transformador

    - Incentivar os membros da familia para rezarem juntos antes das refeições e em outros momentos, buscando a união da família.
    - Rezar todos os dias o Pai Nosso e ensiná-lo às pessoas que ainda não sabem rezar e motivá-las para viverem a fraternidade e o perdão.

Atividades
  
    - Procurar na Bíblia textos sobre oração, no Evangelho de Lucas.

Celebração

    Começar com instantes de silêncio, buscando conversar com Deus que está dentro de nós. De mãos dadas, em sinal de amizade, rezar juntos (ou cantar) o Pai Nosso. Fazer algumas orações espontâneas, pedindo uns pelos outros. Pedir pelos doentes, pelos pobres, pelo Brasil, pelas crianças, pelas familias, pelas comunidades.
    Pode-se fazer uma amigo-secreto de oração. Assim um reza pelo outro durante a semana.

Oração final.

Fonte: Livro do Catequista: fé, vida, comunidade. Diocese de São Paulo. São Paulo: Paulus, 1994.


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Curso de Teologia: História da Igreja



HISTÓRIA DA IGREJA

ÍNDICE

A IGREJA DE CRISTO NA ANTIGUIDADE PAGÃ 2
A ÉPOCA DOS PADRES 6
DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL 9
A IGREJA NA IDADE MODERNA 12
A IGREJA NA IDADE CONTEMPORÂNEA 18

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

–J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.

–M. Clemente, A Igreja no tempo, Grifo, 2000.

–Pe. M. de Oliveira, História Eclesiástica de Portugal, Publicações Europa-América, 1994.

–J. Orlandis, F. Martín Hernández, V. Carcel Ortí, Historia de la Iglesia, Palabra, 2000

–L. Hertling, Historia de la Iglesia, Herder, 1981

–G. Redondo, La Iglesia en el mundo contemporáneo, EUNSA, 1978

–D. Ramos Lissón, Patrología, Eunsa, 2005

–J. Orlandis, La Iglesia Católica en la segunda mitad del siglo XX, Palabra, 1998

A IGREJA DE CRISTO NA ANTIGUIDADE PAGÃ

As origens do cristianismo (I) – A sinagoga e a Igreja universal (II) – O império pagão e o cristianismo (III) – A vida da cristandade primitiva (IV) – A Igreja no império romano-cristão (VI) – A cristianização da sociedade (VII)

ANTIGUIDADE PAGÃ, 1

O nascimento e primeiro desenvolvimento do cristianismo teve lugar dentro do quadro cultural e político do Império romano. É certo que durante três séculos, a Roma pagã perseguiu os cristãos; mas seria erróneo pensar que o Império constituiu apenas um factor negativo para a difusão do Evangelho. [III, 1]

A expansão do Cristianismo no mundo antigo adaptou-se às estruturas e modos de vida próprios da sociedade romana. A Roma clássica promoveu a difusão da vida urbana. Assim, as cidades foram sede das primeiras comunidades, que nelas constituíram igrejas locais. [IV, 1]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 2

As comunidades cristãs estavam rodeadas por um ambiente pagão hostil, que favorecia a sua coesão interna e a solidariedade entre os seus membros. A comunhão e comunicação entre as comunidades era real e todas possuíam um vivo sentido de se encontrarem integradas numa mesma Igreja universal, a única Igreja fundada por Jesus Cristo. [IV, 1]

Muitas igrejas do século I foram fundadas pelos Apóstolos, permaneceram sob a sua autoridade, dirigidas por um “colégio” de presbíteros que ordenava a vida litúrgica e disciplinar. À medida que os Apóstolos desapareceram, generalizou-se o episcopado local, que desde os primeiros tempos se tinha introduzido noutras igrejas particulares. O bispo, sucessor dos Apóstolos, possuía a plenitude do sacerdócio e o poder de governar. [IV, 2]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 3

A chave da unidade das igrejas dispersas pelo orbe, que as integrava numa única Igreja universal, foi a instituição do Primado romano. O Primado conferido por Cristo a Pedro não era uma instituição efémera e circunstancial, destinada a extinguir-se com a vida do Apóstolo. Era uma instituição permanente, válida até ao fim dos tempos. [IV, 3]

Pedro foi o primeiro bispo de Roma e os seus sucessores na Cátedra romana foram também sucessores na prerrogativa do Primado, que conferiu à Igreja a constituição hierárquica, querida para sempre por Jesus Cristo. [IV, 3]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 4

A história permite documentar, desde a primeira hora, tanto o reconhecimento pelas demais igrejas da preeminência que correspondia à igreja romana, como a consciência que os bispos de Roma tinham da sua Primazia sobre a Igreja universal. [IV, 4]

- Século I: Devido a um grave problema interno no seio da comunidade de Corinto, o Papa Clemente I intervém com autoridade. A carta escrita por ele prescreve aquilo que se devia fazer e exige obediência às suas ordens. É significativa também a resposta e o dócil acatamento da igreja de Corinto à intervenção pontifícia. [IV, 4]
- Século II: S. Inácio de Antioquia (+110): a Igreja romana é a Igreja “posta à cabeça da caridade”. S. Ireneu (Contra as heresias, 185): a Igreja de Roma goza de uma singular preeminência e é critério seguro para o conhecimento da verdadeira doutrina da fé. [IV, 4]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 5

Até ao século IV a grande maioria dos fiéis não eram filhos de pais cristãos, mas pessoas nascidas na gentilidade que se convertiam à fé de Jesus Cristo. O baptismo constituía então o coroamento de um dilatado processo de iniciação cristã. [IV, 5]

Este processo, começado pela conversão, prosseguia ao longo do catecumenado, tempo de prova e de instrução catequética instituído de modo regular desde os fins do século II. [IV, 5]

A vida litúrgica dos cristãos tinha o seu centro no Sacrifício Eucarístico, que se oferecia pelo menos no dia do domingo, quer numa casa cristã – sede de alguma “igreja doméstica”– quer nos lugares destinados ao culto, que começaram a existir desde o século III. [IV, 5]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 6

As antigas comunidades cristãs eram constituídas por todo tipo de pessoas, sem distinção de classe ou condição: judeus e gentios, pobres e ricos, livres e escravos. [IV, 6]

É certo que a maioria dos cristãos dos primeiros séculos foram pessoas de condição humilde (Celso mofava com desprezo dos tecelões, sapateiros, lavadeiras e outras pessoas sem cultura). Mas, desde o século I personalidades da aristocracia romana abraçaram o Cristianismo. Dois séculos más tarde este facto revestia tal amplitude que um dos éditos persecutórios do imperador Valeriano foi dirigido especialmente contra os senadores, cavaleiros e funcionários imperiais que fossem cristãos. [IV, 6]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 7

A estrutura interna das comunidades cristãs era hierárquica. O bispo era assistido pelo clero, cujos graus superiores –presbíteros e diáconos– eram, como o episcopado, de instituição divina. Clérigos menores, destinados a determinadas funções eclesiásticas, apareceram no decorrer destes séculos. [IV, 7]

Na idade apostólica houve numerosos carismáticos, cristãos que para o serviço da Igreja receberam dons extraordinários do Espírito Santo. Constituíram um fenómeno transitório que se extinguiu praticamente no primeiro século da Era cristã. [IV, 7]

Os fiéis que integravam o Povo de Deus eram na sua imensa maioria cristãos vulgares e correntes. [IV, 7]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 8

Enquanto durou a época das perseguições, gozaram de prestígio especial os “confessores da fé”. [IV, 7]

Outros cristãos com uma particular condição no seio das igrejas: as viúvas (atendiam ministérios com mulheres); os ascetas e as virgens (abraçavam o celibato “por amor do Reino dos Céus”). [IV, 7]

Prova externa das perseguições, mas também prova interna das heresias. Podem dividir-se em três grupos:
1) Judeo-cristianismo herético;
2) fanático rigorismo moral (ex.: Montanismo);
3) gnosticismo (ex.: Marcião). [IV, 8-9]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 7

A estrutura interna das comunidades cristãs era hierárquica. O bispo era assistido pelo clero, cujos graus superiores –presbíteros e diáconos– eram, como o episcopado, de instituição divina. Clérigos menores, destinados a determinadas funções eclesiásticas, apareceram no decorrer destes séculos. [IV, 7]

Na idade apostólica houve numerosos carismáticos, cristãos que para o serviço da Igreja receberam dons extraordinários do Espírito Santo. Constituíram um fenómeno transitório que se extinguiu praticamente no primeiro século da Era cristã. [IV, 7]

Os fiéis que integravam o Povo de Deus eram na sua imensa maioria cristãos vulgares e correntes. [IV, 7]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 8

Enquanto durou a época das perseguições, gozaram de prestígio especial os “confessores da fé”. [IV, 7]

Outros cristãos com uma particular condição no seio das igrejas: as viúvas (atendiam ministérios com mulheres); os ascetas e as virgens (abraçavam o celibato “por amor do Reino dos Céus”). [IV, 7]

Prova externa das perseguições, mas também prova interna das heresias. Podem dividir-se em três grupos:
1) Judeo-cristianismo herético;
2) fanático rigorismo moral (ex.: Montanismo);
3) gnosticismo (ex.: Marcião). [IV, 8-9]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 9

A liberdade chegou à Igreja quando ainda mal se tinham extinguido os ecos da última grande perseguição (Diocleciano, +305). Um primeiro édito foi o de Galério, em 311: não concedia aos cristãos plena liberdade religiosa, mas somente uma cautelosa tolerância. [VI, 1]

O trânsito da tolerância à liberdade religiosa produziu-se com rapidez e o seu principal autor foi o imperador Constantino. Em 313, os imperadores Constantino e Licínio outorgaram o chamado “Édito de Milão”: era una nova directriz política fundamentada no pleno respeito pelas opções religiosas de todos os súbditos do Império, incluindo os cristãos. A Igreja, reconhecida pelo poder civil, recuperava os seus lugares de culto e propriedades de que tivesse sido despojada. [VI, 3]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 10

O avanço do cristianismo não foi interrompido após a morte de Constantino, se se exceptuar a frustrada tentativa de restauração pagã de Juliano, o Apóstata (+ 363). Os outros imperadores, inclusivamente aqueles que simpatizaram com a heresia ariana, foram resolutamente contrários ao paganismo. [VI, 5]

A evolução religiosa encerrou-se por obra do imperador Teodósio (378-395). A constituição Cunctos Populos, promulgada em 28.2.380, ordenou a todos os povos que aderissem ao Cristianismo católico, a partir de agora única religião do Império. [VI, 5]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 11

A liberdade da Igreja permitiu um exercício mais efectivo do Primado dos Papas sobre a Igreja universal. Os grandes pontífices dos séculos IV e V -Dámaso, Leão Magno, Gelásio- esforçaram-se por definir o fundamento dogmático do Primado romano: os Papas eram os legítimos e exclusivos sucessores de Pedro. [VI, 8]

A partir do século IV, o exercício do Primado romano sobre as Igrejas do Ocidente foi muito intenso. [VI, 8]

No Oriente, o concílio de Sárdica (343-344) sancionou o direito de qualquer bispo do orbe recorrer, como instância suprema, ao Pontífice romano. [VI, 8]

ANTIGUIDADE PAGÃ, 12

a) Sob o Império romano-cristão reuniram-se grandes assembleias eclesiásticas: concílios “ecuménicos” ou universais. Oito tiveram lugar entre os séculos IV e IX. Particular importância se reconheceu sempre aos quatro primeiros têm : Niceia I (325), Constantinopla I (381), Éfeso (431), Calcedónia (451). [VI, 9]

b) A sua convocação procedeu normalmente do imperador. Em vários, a convocatória imperial foi promovida por iniciativa pontifícia e os legados papais ocupavam um lugar de honra na aula conciliar. [VI, 3]

c) A posição do Oriente cristão face a Roma, depois de Calcedónia, pode resumir-se assim: atribuição ao Papa da primazia de honra em toda a Igreja; reconhecimento da sua autoridade no terreno doutrinal; mas desconhecimento de qualquer poder disciplinar e jurisdicional sobre as igrejas orientais. [VI, 8]

A ÉPOCA DOS PADRES

A primeira literatura cristã (V) – A formulação dogmática da fé cristã (VIII) – Os Padres da Igreja (IX) – A vida ascética e o monaquismo (XI)

ÉPOCA DOS PADRES, 1

Um grupo de escritores de língua grega, dos séculos I e II, são conhecidos pelo nome de “Padres Apostólicos”. Este título exprime as suas características peculiares: antiguidade (algumas obras anteriores ao Evangelho de São João) e estreita vinculação aos Apóstolos (dos quais podem considerar-se discípulos). [V, 3]

Textos mais notáveis: Didaché; carta de São Clemente aos Coríntios; cartas de Santo Inácio de Antioquia; epístola de São Policarpo de Esmirna; Pastor de Hermas. [V, 3]

ÉPOCA DOS PADRES, 2
No século II apareceu um novo género literário, expoente das lutas que os cristãos tiveram de sustentar com inimigos de dentro e de fora. [V, 5]

Inimigos de dentro: bom número de escritos anti-heréticos. Sobressai o tratado “Contra as heresias” de Santo Ireneu de Lião (refutação das doutrinas gnósticas). [V, 5]

Inimigos de fora: literatura apologética, cujo objectivo era defender a verdade cristã e que estava dirigida a leitores alheios à Igreja. Exemplo de apologética anti judaica: “Diálogo com Trifão” do mártir São Justino (150). Exemplo de apologética anti pagã: “Epístola a Diogneto”. [V, 6-7]

ÉPOCA DOS PADRES, 3

Por volta de ano 200, alguns escritores começaram a produzir uma literatura não polémica. Foi o começo da ciência teológica. Em Alexandria surgiu uma célebre escola teológica que conseguiu um extraordinário ascendente sob a direcção de Clemente (converso de vasta cultura). [V, 9-10]

Orígenes, seu sucessor, elevou-a a um altíssimo grau de esplendor. Em Alexandria primeiro, e em Cesareia da Palestina, depois, desenvolveu uma actividade assombrosa e foi autor de cerca de mil obras. [V, 11]

Em Antioquia surgiu no século IV outra escola que rejeita o método alegórico, próprio dos Alexandrinos, que em sua opinião desvirtuava o recto sentido dos textos bíblicos e cultiva interpretação literal inspirada na filosofia aristotélica. [V, 12]

ÉPOCA DOS PADRES, 4

Os Padres da Igreja uniam a ciência sagrada à nota de santidade reconhecida pela Igreja. Os tempos de ouro da Patrística foram os séculos IV e V. [IX, 1]

Os Padres da Igreja são escritores cristãos anteriores ao ano 750 que reúnem três características: 1) ortodoxia de doutrina; 2) santidade de vida; 3) aprovação ao menos tácita da Igreja.

Os Padres são as testemunhas da Tradição da Igreja, naquelas doutrinas nas quais as suas afirmações são coincidentes.

Trento: “A ninguém é lícito interpretar a Escritura contra o consenso unânime dos Padres”.

ÉPOCA DOS PADRES, 5

Um dos mais antigos Padres orientais: Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria e principal defensor da ortodoxia católica frente à heresia ariana (diácono em Niceia, foi durante 45 anos o bispo de Alexandria, 17 dos quais passou desterrado). [IX, 2]

Da escola neo-alexandrina são também os “Padres Capadócios”:
- São Gregório de Nanzianzo (329-390): defender a divindade do Filho e do Espírito Santo valeu-lhe o apelativo de “o Teólogo”.
- São Gregório de Nisa (335-394): um dos Padres da mística cristã.
- São Basílio (330-379), bispo de Cesareia, destacou-se pelos seus escritos teológicos anti-arianos. Organizador do monaquismo oriental (autor de duas regras monásticas e de uma liturgia). [IX, 3]

ÉPOCA DOS PADRES, 6

São João Crisóstomo (344-407): “Boca de ouro”. Comentou numerosos livros da Bíblia. As suas homilias acarretaram-lhe a inimizade da imperatriz Eudóxia e o desterro até à morte. [IX, 4]

São Cirilo de Alexandría (370-444):
manteve a doutrina ortodoxa contra Nestório. Influência decisiva no concílio de Éfeso (431), onde defendeu o título Mãe de Deus para a Virgem Maria. [IX, 4]

Último Padre oriental: São João Damasceno (+ 750)

ÉPOCA DOS PADRES, 7
Grandes Padres ocidentais, 1

Santo Ambrósio (333-397): Elevado ao episcopado (Milão) por aclamação popular, sendo ainda simples catecúmeno. Notável actividade literária de exegese bíblica e pregação. Amigo e conselheiro de 3 imperadores, excomungou Teodósio, o Grande. [IX, 5]

São Jerónimo (342-420): sucessivas residências em Antioquia, Constantinopla, Tréveris, Roma e Belém. Historiador e exegeta. Traduz a Bíblia: Vulgata (Trento declara a sua autenticidade). [IX, 6]

Santo Agostinho (354-430): principal Padre da Igreja e uma das figuras cimeiras da história. Bispo e Hipona. Escreveu entre outras obras, as Confissões, autobiografia espiritual desde a infância até à conversão, e A Cidade de Deus, ensaio de teologia e história, e tratado de apologética. [IX, 7]

ÉPOCA DOS PADRES, 8
Grandes Padres ocidentais, 2

Dois Papas aos quais a história atribui o apelativo de “Magno”:

S. Leão I (+ 461): contribuiu de modo substancial para a formulação do dogma cristológico. Deve-se-lhe também a teologia do Primado romano e a sua fundamentação escriturística no Primado de Pedro. [IX, 8]

S. Gregório I (540-604): as suas obras (os “Morais” e os “Diálogos”) terão grande influência na Idade Média. O canto “gregoriano” conservou-se vivo na Igreja até aos nossos dias. [IX, 8]

Último Padre ocidental: S. Isidoro de Sevilha (+ 636)

ÉPOCA DOS PADRES, 9

Durante os três primeiros séculos, ascetas e virgens não abandonavam o mundo nem se reuniam, geralmente, para viver em comum. Permaneciam nas suas casas e administravam os seus bens. [XI, 1]

A tradição ascética cristã deu vida, desde os princípios do século IV, à instituição do monaquismo, caracterizado por um traço peculiar: a fuga do mundo. [XI, 3]

No Alto Egipto, São Pacómio (286-346) trouxe ao monaquismo a vida em comum e a obediência ao superior religioso. [XI, 5]

Na Ásia Menor, São Basílio (330-379) promoveu e organizou o monaquismo. As observâncias basilianas constituiram a base principal do monaquismo bizantino e a sua influência literária fez-se sentir também no Ocidente. [XI, 5]

ÉPOCA DOS PADRES, 10

Bispos ilustres –Ambrósio de Milão, Eusébio de Vercelli, etc.- promoveram o monaquismo entre o clero das suas igrejas. Particular relevo teve Santo Agostinho que reuniu os clérigos na sua casa e instituiu nela a vida em comum. A “Regra de Santo Agostinho” seria tomada como norma nos séculos medievais. [XI, 7]

Lugar de honra na história do monaquismo latino corresponde a São Bento (480-547). Fundou e governou dois mosteiros: Subíaco primeiro e Montecassino depois, onde compôs a sua celebérrima regra. O Código beneditino alcançou com o tempo um êxito extraordinário e converteu-se na regra típica do monaquismo ocidental. [XI, 8]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL

O cristianismo e os povos bárbaros (X) – O cristianismo na Europa feudal (XII) – A lenta gestação do cisma do Oriente (XIII) – Pontificado e Império na Idade Média (XIV) – A cristandade medieval (XV-XVII)

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 1

Desde fins do século IV, as grandes migrações populares tiveram a virtude de pôr em contacto com a Igreja um novo mundo étnico e cultural: germanos e eslavos, magiares e escandinavos. As invasões criaram oportunidades insuspeitadas de expansão cristã. [X, 1]

A maioria dos povos germânicos invasores converteram-se ao arianismo. [X, 2]

Importância da conversão dos francos à Igreja católica. No Natal de um ano à volta do ano 500, o rei franco Clodoveu recebeu o baptismo católico. [X, 4]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 2

As invasões bárbaras provocaram em certas regiões um claro retrocesso do Cristianismo. Foi o caso da antiga Britânia romana, dominada no século V pelos anglo-saxões pagãos, cuja conversão
foi empreendida muito mais tarde por iniciativa do Papa Gregório Magno (540-604). [X, 5]
No continente europeu, a acção missionária dirigiu-se até ao «século VI aos povos “invasores”. Foi a partir de então que essa acção evangelizadora transbordou as antigas fronteiras do Império ocidental. Os iniciadores desta expansão no século VII foram missionários celtas procedentes da Irlanda e da Escócia (São Columbano). No século VIII, os missionários anglo-saxões substituiram os celtas (São Bonifácio na Alemanha). [X, 5]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 3

A expansão cristã prosseguiu nos séculos seguintes e atingiu novos povos sediados no centro e no oriente da Europa. Geralmente a conversão de um povo coincidia com o baptismo do príncipe: magiares (São Estevão), boémios (São Wenceslau), polacos (duque Mieszko). No entanto, a cristianização propriamente dita de tais povos deve ter-se prolongado durante séculos. [X, 6]
Tanto a Igreja latina como a bizantina se esforçaram por evangelizar os povos eslavos. Chama-se aos irmãos Cirilo (+ 869) e Metódio (+ 885) os “Apóstolos dos eslavos”. [X, 6]
Conquista cristã da Igreja grega: Rússia. Baptismo do grão duque Wladimiro (972-1015). [X, 6]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 4

Cristianização da Escandinávia e dos Países bálticos: dificuldade com os vikings (paganismo com virulência anticristã). Importantes resíduos pagãos na Suécia até ao século XII, e na Prússia oriental e nos Países bálticos até ao século XIV. [X, 7]
Consequência da expansão muçulmana, no século VII: três dos quatro Patriarcados orientais caíram em poder do Islão (Alexandria, Antioquia e Jerusalém). Afastamento de nestorianos e monofisitas (com a perda do Egipto e Síria) e a identificação do Oriente cristão com o Patriarcado de Constantinopla, onde lhe era reconhecida uma primazia de jurisdição ou pelo menos de honra. [XIII, 1]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 5

Cisma do Oriente, 1

- Importância da contraposição da cultura grega e latina entre o Oriente e o Ocidente. [XIII, 3]- Crescente falta de comunicação: incompreensão linguística que não só afastou espiritualmente o Oriente e o Ocidente cristãos, mas suscitou suspicácias e receios, numa época crítica de heresias e controvérsias teológicas. [XIII, 3]- Diferenças disciplinares e de ritos. [XIII, 3]

Concílio de Calcedónia (451): cânone 28 não aceite pelo papa Leão Magno. Concedia à sede de Constantinopla autoridade e jurisdição sobre todos os territórios do Império bizantino não dependentes dos outros três Patriarcados orientais, porque era a capital do Império e residência do imperador (“nova Roma”). Roma afastava-se do Império de Bizâncio procurando protecção nos imperadores francos ou germânicos. [XIII, 4]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 6Cisma do Oriente, 2

Primeira ruptura no século V: cisma de Acácio (pelo monofisismo deste patriarca). Prolongou-se durante 30 anos. [XIII, 5]

Mais longo foi o problema com o Imperador Leão III Isáurico que proibiu em 726 a veneração das imagens sagradas e pouco depois ordenou a sua destruição. A cristandade bizantina ficou dividida em dois bandos: icólatras e iconoclastas. O Papa estava a favor dos primeiros, o que o aproximou dos monges e da grande massa do povo, contra os iconoclastas. [XIII, 5]

O problema dos búlgaros: o seu príncipe Boris converteu-se no ano 864, e solicitou o envio de missionários, primeiro a Constantinopla, depois a Roma, e outra vez, de modo definitivo, a Constantinopla. Este incidente contribuiu para endurecer as relações entre Roma e Constantinopla. [XIII, 6]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 7
Cisma do Oriente, 3

No século IX, Inácio e Fócio enfrentaram-se para a sede patriarcal de Constantinopla. O Papa Nicolau I era favorável aos legítimos direitos de Inácio, o que provocou uma violenta reacção de Fócio, verdadeira declaração de guerra à Igreja latina. Converteu em arma de arremesso a questão do Filioque; condenou a sua inclusão no Credo pela Cristandade ocidental e lançou contra ela a acusação de heresia. [XIII, 7]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 8
Cisma do Oriente, 4

O Cisma deu-se em 16 de Julho de 1054, quando um dos legados papais enviados para negociar uma paz eclesiástica, Humberto da Silva Cândida, depositou uma bula de excomunhão sobre o altar da catedral de Santa Sofia em Constantinopla. O patriarca Miguel Cerulário e o seu sínodo patriarcal responderam excomungando os legados e quem os tinha enviado. [XIII, 8]

Tentativas de união: concílios II de Leão (1274) e de Florença (1439) não lograram a tão desejada união. A queda de Constantinopla em poder dos turcos e o desaparecimento do Império bizantino (1453) puseram fim às esperanças de união. [XIII, 9]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 9

Os séculos XII e XIII constituem a época clássica da Cristandade medieval. Importância do Papa Inocêncio III (1198-1216). [XV, 1]

Tempos monásticos (séc. XI e XII). X: os monges de Cluny; XI: São Bruno funda a Cartuxa (1084); XII: Cister, que recebeu um forte impulso com a profissão monástica de São Bernardo, o personagem mais importante do século. [XV, 4]

Século XIII, século dos frades: São Francisco (+ 1226) fundou a ordem dos “Frades menores”; São Domingos de Gusmão (+ 1221) fundou a ordem dos “pregadores”. Aparição de outras ordens mendicantes, como a do Carmo, os eremitas de Santo Agostinho ou as dedicadas ao resgate de cristãos cativos (Islão), etc. [XV, 5]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 10

Época clássica das ciências sagradas: Teologia e Direito Canónico. [XV, 6]

A Teologia “Escolástica” nasceu nos fins do século XI. Nomes ilustres da primeira Escolástica: Santo Anselmo, Pedro Abelardo, Pedro Lombardo (“Mestre das Sentenças”). [XV, 6]

Século de ouro da Escolástica: século XIII. Construção do Aristotelismo cristão, preparada por Santo Alberto Magno (1193-1280), e levada a bom termo por São Tomás de Aquino (1225-1274). [XV, 6]

Aparição da universidade: Paris, Oxford, Bolonha, Salamanca, Coimbra, etc. [XV, 7]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 11

A empresa mais característica da Cristandade, a partir do final do século XI, foram as Cruzadas. De um modo geral não foram iniciativa de um ou outro reino, mas tarefa comum da Cristandade, sob a direcção do Papa, que concedia graças especiais aos combatentes. Príncipes e povos tomavam o caminho do Oriente com o afã de libertar o Santo Sepulcro. [XV, 8]

Seria impróprio conceber os séculos da Cristandade medieval como uma época áurea, animada pelos ideais evangélicos. Mas seria ainda mais falso ignorar a profunda impregnação cristã da vida dos homens e das estruturas familiares e sociais que então se produziu. [XVI, 1]

DO IMPÉRIO ROMANO À EUROPA MEDIEVAL, 12

A grande heresia medieval foi a dos “cátaros” ou “albigenses”. O Papado procurou opor-se a esta heresia por meios religiosos, como missões em que participaram S. Do-mingos e o bispo de Osma, Diogo. Êxito escasso. O assassinato do legado pontifício Pedro Castelnau decidiu o Papa Inocêncio III (1198-1216) a convocar a Cruzada contra os albigenses. A vitória militar dos cruzados foi completada pela recém criada Inquisição. [XVII, 3-4]

Baixa Idade Média: surgem novas heresias “pré-protestantes” (Sagrada Escritura como única fonte da fé; sacerdócio comum como único sacerdócio, etc.): Wiclef (1320-1384), Huss (1370‑1415). [XVII, 6-7]

A IGREJA NA IDADE MODERNA

A crise da cristandade (XVIII) – O cisma do ocidente e o conciliarismo (XIX) – A reforma protestante (XX-XXII) – A reforma católica (XXIII-XXIV) – O regalismo e a ilustração anticristã (XXV-XXVII)

IDADE MODERNA, 1

Século XIII: problemas dos Papas Gregório IX (1227-1241) e Inocêncio IV (1243-1254) com o Imperador Frederico II (+ 1250), cujos domínios rodeavam os Estados Pontifícios. Foi um conflito violento que dividiu a Itália em dois bandos: os “guelfos” partidários do Papa e os “gibelinos” seguidores do Imperador. Estas lutas feriram de morte o regime da Cristiandade medieval. [XVIII, 1]

Uma época de crise abriu-se com o choque entre o Papa Bonifácio VIII (1294-1303) a favor de uma teocracia pontifícia e o rei de França, Filipe o Belo. [XVIII, 4]
Cume da crise: o conselheiro de Filipe, Guillerme de Nogaret, fez prisioneiro, em Anagni, ao pontífice, que morreu passado um mês . [XVIII, 4]

IDADE MODERNA, 2

Clemente V (1305-1314) transplanta o Papado para Avinhão: ficou sob o domínio francês. Foram franceses os sete papas que ali se sucederam e quase noventa por cento dos cardeais. [XVIII, 4 - 5]

Regresso do Papa a Roma: anseio dos melhores espíritos da época, desde Santa Catarina de Sena e Santa Brígida, a Petrarca. [XVIII, 8]

A pacificação dos Estados Pontifícios pelo cardeal Gil de Albornoz facilitava o regresso. Por fim, Gregório XI (1370-1378) abandonou Avinhão e fez a sua entrada em Roma em 1377. [XVIII, 8]

IDADE MODERNA, 3
Cisma do Occidente, 1

AQuando morreu Gregório XI, o povo romano desejava ardentemente a eleição de um papa italiano. Num clima de paixão popular, o conclave (com grande maioria de franceses) elegeu no dia 8 de Abril de 1378 o italiano Bartolomeu Prignano, que tomou o nome de Urbano VI(1378-1389). [XIX, 2]

BPoucos meses mais tarde, a maioria francesa do Sacro Colégio abandonou Roma e denunciou como inválida a recente eleição papal. Em Setembro, designaram papa a um deles que tomou o nome de Clemente VII (1378-1394). Este instalou-se em Avinhão, os dois papas eleitos excomungaram-se um ao outro e o Cisma ficou aberto. [XIX, 2]

IDADE MODERNA, 4
Cisma do Ocidente, 2

Em 1408, depois de 30 anos de Cisma, Gregório XII era Papa em Roma e Bento XIII (Pedro de Luna), encabeçava a obediência de Avinhão. Um grupo de cardeais romanos e outro de Cardeais de Avinhão resolveram celebrar um concílio para pôr fim ao Cisma. [XIX, 4]

O concílio, reunido em Pisa em 1409, declarou depostos os dois pontífices e elegeu um novo Papa, Alxandre V. Mas os papas de Roma e Avinhão recusaram-se a abdicar, com o que a Cristandade ficou dividida em três obediências. [XIX, 4]

O Imperador alemão Segismundo obteve do “papa de Pisa” João XXIII, sucessor de Alexandre V, a convocação do concílio ecuménico de Constança. [XIX, 4]

IDADE MODERNA, 5
Cisma do Ocidente, 3

a) Constança: votação não por cabeças, mas por nações: um voto por cada nação e outro mais do Colégio de cardeais. [XIX, 5]

b) O Papa João XXIII, convidado a abdicar, recusou fazê-lo e fugiu de Constança. [XIX, 5]

c) O concílio fez a sua doutrina conciliarista, que afirmava a superioridade do concílio universal sobre o Papa. [XIX, 5-7]

d) Elegeu o Papa Martinho V (11.XI.1417), reconhecido por toda a cristandade: fim do cisma. Mas o Papa não confirmou os decretos conciliaristas. [XIX, 7-8]

IDADE MODERNA, 6

As doutrinas conciliaristas enfrentaram o Papa Eugénio IV(1431-1447) no Concilio de Basileia, que se converteu pouco a pouco numa assembleia de clérigos, com uma percentagem mínima de bispos. [XIX, 8]

Os conciliares de Basileia chegaram à ruptura com o Papa, que declararam deposto, elegendo como antipapa o duque Amadeu de Saboia , que tomou o nome de Félix V. Eugénio IV condenou o «conventículo» e a doutrina conciliarista. Todos os reinos cristãos abandonaram o grupo cismático. A crise do conciliarismo terminou com uma clara reafirmação do Primado romano. [XIX, 8]

IDADE MODERNA, 7

Várias circunstâncias prepararam a reforma de Lutero: [XXI, 2]- as doutrinas conciliaristas, o democratismo eclesial, a filosofia nominalista, o Cisma do Ocidente;
- Na ordem política: os conflitos entre papas e imperadores, o auge dos nacionalismos eclesiásticos;
- decadência moral do clero na Alemanha, em especial do episcopado (monopólio efectivo da nobreza);
- a debilidade do poder soberano, num império fragmentado num sem-fim de principados e cidades;
- sobretudo o ressentimento contra Roma (elenco de agravos e querelas da nação alemã contra a Cúria romana).

IDADE MODERNA, 8

Lutero (1483-1546) sentia uma angustiosa ansiedade por assegurar a sua salvação. Formou–se na teologia ockhamista, que ao mesmo tempo que proclamava o voluntarismo arbitrário de Deus, sustentava que a vontade livre do homem bastava para cumprir a Lei divina e salvar-se. Mas ele considerava-se incapaz de superar a concupiscência apenas com as suas forças. [XXI, 3]
A meditação de Rom 1, 17 (“o justo vive da fé”) fez sair Lutero da sua profunda crise de angústia: acreditou entender que Deus misericordioso justificava o homem através da fé (fé fiducial). Sobre esta base construiu um sistema doutrinal em aberta contradição com a tradição da Igreja. [XXI, 3-4]

IDADE MODERNA, 9

Para Lutero: [XXI, 4]- a natureza humana ficou radicalmente corrompida pelo pecado;
- a justificação (dimanando só da fé) não seria uma sanação interior do homem, mas uma declaração de Deus recobrindo-o graciosamente com os méritos da morte de Cristo;
- as obras do homem de nada serviriam para a salvação;
- nem o sacerdócio ministerial teria razão de ser, nem a maioria dos sacramentos, nem os votos monásticos, nem o Papado, invenção máxima do Anticristo.
A Igreja não seria depositária nem intérprete da Revelação. Única fonte da Revelação: “só a Escritura”.A interpretação da Escritura corresponderia a cada fiel em particular, directamente inspirado por Deus.

IDADE MODERNA, 10Processo histórico da Reforma na Alemanha, 1

a) A pregação pelos dominicanos de indulgências para obter esmolas destinadas às obras da basílica de S. Pedro suscitou a repulsa de Lutero, frade agostinho e professor em Wittenberg. Publica 97 teses contra a Teología escolástica (4.IX.1517) e envia ao arcebispo de Mogúncia, na véspera do dia de Todos os Santos 95 teses sobre as indulgências. [XXI, 7]

b) Recusou apresentar-se em Roma. Crescimento da sua fama. Apresenta-se nas dietas imperiais de Augsburgo (1518) e Leipzig (1519). [XXI, 7]

c) 1519: Carlos V Imperador. Lutero publica em 1520 três escritos que implicavam a ruptura aberta com a Igreja: “À nobreza cristã da nação alemã”, “Do cativeiro de Babilónia da Igreja”, “Da liberdade do cristão”. [XXI, 7]

IDADE MODERNA, 11Processo histórico da Reforma na Alemanha, 2

Na dieta de Worms (1521), Carlos V e Lutero encontraram-se frente a frente. Lutero: “não posso nem quero retratar-me”. [XXI, 8]
O luteranismo foi conquistando com rapidez principados e cidades. Na “Guerra dos camponeses” Lutero toma o partido dos senhores e exorta os príncipes a assumir o poder eclesiástico nos seus Estados. Em 1546 morre Lutero. [XXI, 9]
Vitória de Carlos V em Mühlberg (1547). Traição de Maurício da Saxónia obriga Carlos V a conceder a liberdade religiosa aos luteranos (tratado de Passau, 1552). Paz de Augsburgo (1555): igualdade de direitos (príncipes decidem a confissão no seu território). [XXI, 9]

IDADE MODERNA, 12Na Suíça alemã, Zwinglio, pároco de Glaris (1484-1531), moveu desde 1518 a sua própria revolta religiosa. Lutero considerava-o como “um homem não cristão”, sobretudo pela sua doutrina da presença meramente simbólica de Cristo na Eucaristia. [XXII, 2]

Calvino (1509-1564) levou até às últimas consequências as premissas fundamentais da doutrina protestante. A corrupção insanável do homem e o voluntarismo divino absoluto conduziam à doutrina da predestinação. A verdadeira Igreja seria a congregação dos predestinados. Sinal de favor divino e indício de predestinação: a prosperidade nos negócios temporais. [XXII, 3]

IDADE MODERNA, 13

A Reforma católica é posterior no tempo à Reforma protestante. Um país ocidental surge como vanguarda na Reforma católica: a Espanha dos Reis Católicos. Em Itália apareceu a figura dos clérigos regulares (vivem em comunidade e emitem os três votos religiosos, mas não usam hábito nem assistem ao coro): ordem dos teatinos (1524), e a dos barbanitas (1534), por exemplo. [XXIII, 1-2]

Fundação da Companhia de Jesus por Santo Inácio de Loyola (1499-1556). Em 1540, Paulo III aprovou-a como uma ordem de clérigos regulares, com a finalidade da propagação da fé e o ensino da doutrina. Quarto voto. Rápido desenvolvimento. Serviços de grande importância ao Pontificado. [XXIII, 3]

IDADE MODERNA, 14

O impulso de renovação espiritual no século XVI atingiu as antigas Ordens: Franciscanos (São Pedro de Alcántara), Beneditinos (abade Garcia de Cisneros), Carmelo (Santa Teresa de Jesus). Na Itália nasceram os Capuchinhos, como um novo ramo do tronco franciscano. [XXIII, 4]

Acontecimento central da Reforma católica: o Concílio de Trento. O Papa Paulo III (1534-1549) desejava que se tratassem em primeiro lugar os temas doutrinais e Carlos V as questões disciplinares de reforma eclesiástica. Trataram-se as duas matérias simultaneamente. Durou de 1545 a 1563, em três etapas. [XXIII, 5-6]

IDADE MODERNA, 15

A) O imenso Império espanhol da América e Extremo Oriente foi campo privilegiado para a expansão cristã. [XXIV, 5]

B) O dinamismo tridentino impulsionou também: a constituição, por iniciativa de São Pío V (1566-1572), da Liga Santa, que venceu os turcos em Lepanto; a reconquista religiosa de uma porção considerável das populações do Centro da Europa (Suiça francesa, Áustria, Baviera, Polónia, Boémia); o final das guerras de religião na França. [XXIV, 6]
C) A guerra dos Trinta Anos (1618-1648): Espanha e o Império contra os príncipes protestantes. França interveio e inclinou a balança a favor dos príncipes protestantes (apesar de ser governada por cardeais: Richelieu, + 1642; Mazzarino, + 1661). Tratados de Westfália. [XXIV, 7]

IDADE MODERNA, 16

Século XVII: França sucede a Espanha como primeira potência europeia. Guerras de religião acabaram num compromisso: Henrique IV converteu-se ao Catolicismo e os huguenotes receberam com o Édito de Nantes (1598) um estatuto de tolerância. [XXV, 1]
Época de esplendor religioso: São Francisco de Sales (1567-1622), São Vicente de Paulo (1581‑1660), São João Baptista de la Salle (1651-1719), reforma do Cister dá origem à Trapa. [XXV, 1]
Disputas teológicas: a controvérsia de auxiliis (Luís de Molina – Báñez): intervenção de Paulo V (1605-1621). [XXV, 3]

IDADE MODERNA, 17

Cornélio Jansénio, professor da Universidade de Lovaina e depois bispo de Ypres (+ 1638) expôs no seu tratado “Augustinus” uma doutrina sobre a Graça fundada nas mais rígidas teses de Santo Agostinho contra Pelágio: irresistível força da Graça nos predestinados e impotência do homem obter a salvação. Consequência: estrito rigorismo moral e sentimento de “temor e tremor” nas relações com Deus. [XXV, 4]
Século XVII: o quietismo de Miguel de Molinos (1628–1696); controvérsias sobre os ritos malabares e chineses; o processo de Galileu. [XXV, 7-8]

IDADE MODERNA, 18

Luís XIV (1638-1715) derrogou o Édito de Nantes, acabando assim com a anterior tolerância para com os huguenotes. Mas entrou em conflito com o Papa Inocêncio XI, ao pretender estender a todos os bispados e benefícios vagos os direitos de regalia a favor da coroa. O episcopado francês pôs-se ao lado do rei. [XXVI, 3]

Bossuet compôs os quatro “Artigos orgânicos” (1682), quinta essência do Galicanismo. O Regalismo estendeu-se também aos países germânicos (“Febronianismo”: de Febrónio, pseudónimo usado pelo bispo auxiliar do bispo de Tréveris) e à Áustria (“Josefismo”: de José II da Áustria). Tentativa de estender o Josefismo ao Grão Ducado da Toscana: Sínodo de Pistoya. [XXVI, 3-7]

IDADE MODERNA, 19

1680-1715: grande mudança de ideias e de mentalidades que iluminou a Ilustração anti-cristã do século XVIII. Factores desencadeantes:

- Descartes (1596-1650) proclamava como princípio do discurso humano a dúvida metódica e a rejeição de tudo aquilo que não se impusesse com evidente clareza ao julgamento da razão. Excluía da dúvida a verdade religiosa, mas o racionalismo posterior acabaria por negar valor ao conhecimento fundado na fé e na Revelação. Aparição dos “libertinos” (nada seguro, nada certo). [XXVII, 2-3]
- Crítica de Spinoza contra a Bíblia: põe em dúvida o valor histórico dos livros revelados, os milagres e a ordem sobrenatural. [XXVII, 4]
- Substituição da Religião revelada por uma mera religião natural (Deísmo). [XXVII, 4]- Maçonaria fundada na Inglaterra: combatia a religião positiva (em especial o Cristianismo). Condenada por Clemente XII (1738). [XXVII, 4] – Ódio ao Cristianismo: Voltaire (1694-1778) e os filósofos. [XXVII, 5]

IDADE MODERNA, 20

O ideário da Ilustração era também anti-cristão pela sua total rejeição da verdade dogmática, que considerava “a priori” como expressão de intolerância e fanatismo. [XXVII, 6]
Em França, instrumento decisivo para a “popularização” da ideologia “ilustrada” foi a “Enciclopédia”, projectada por Diderot e D’Alembert e levada a cabo entre 1751 e 1772 por uma equipa de redactores (os “enciclopedistas”). [XXVII, 7]
Enciclopédia: alegava a incompatibilidade do Cristianismo com as ciências experimentais ou as exigências da razão. Na Alemanha: movimento ilustrado (a “Aufklärung”); cristianismo “razoável”, sem dogmas nem milagres. [XXVII, 7-8]

A IGREJA NA IDADE CONTEMPORÂNEA

A revolução francesa e a restauração (XXVIII) – Catolicismo e liberalismo (XXIX-XXX) – Os cristãos perante as novas rea-lidades sociais (XXXI) – O pontificado no século XX – As guerras mundiais e os totalitarismos (XXXIII-XXXIV) – O Concílio Vaticano II – A Igreja no início do terceiro milénio.

IDADE CONTEMPORÂNEA, 1
1789: início da Revolução francesa.
No dia 4 de Agosto, numa “sessão patriótica”, o clero e a nobreza renunciaram aos seus privilégios tradicionais. No dia 10 de Outubro, a Assembleia Constituinte decretava a secularização de todos os bens eclesiásticos, que acabaram rapidamente nas mãos de particulares, base económica da nova burguesia francesa. [XXVIII, 2]

1790: 13 de Fevereiro, supressão dos votos monásticos; 12 de Julho, “Constituição civil do clero” (igreja galicana à margem da autoridade pontifícia). A Assembleia exigiu aos sacerdotes juramento de fidelidade à Constituição política que incluía a civil. Pío VI proibiu o juramento e excomungou os que o prestassem. [XXVIII, 3]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 2
27 de Maio de 1792: a Assembleia Legislativa que sucedeu à Constituinte, decretou a deportação dos sacerdotes “não juramentados”. Em Setembro, a Convenção substitui a Assembleia Legislativa e começaram as matanças de sacerdotes. A monarquia é abolida, é proclamada a República e é morto Luís XVI em 21 de Janeiro de 1793. [XXVIII, 3]

1793-1794: o Terror. Milhares de vítimas e tentativa de apagar da vida francesa qualquer traço cristão (até com o calendário republicano). Entronização em Notre-Dame da “Deusa razão” e instituição por Robespierre do culto ao “Ser Supremo”. [XXVIII, 4]

Directório jacobino (1797-1799): deportação de Pio VI. [XXVIII, 4]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 3

09.IX.1799: um golpe de estado elevou Napoleão Bonaparte à magistratura como primeiro cônsul. 14.III.1800: eleição do Papa Pio VII. 17.VII.1801: nova Concordata para regular as relações entre o Pontificado e a República francesa que se transformaria em Império. Novo episcopado. Sem consultar a Santa Sé, Napoleão promulgou, juntamente com o texto da Concordata, os “Setenta e sete Artigos orgânicos” que recolhiam o espírito dos “Artigos” galicanos de 1682. [XXVIII, 5]

Durante a época napoleónica tomou corpo em França um grupo de opinião claramente oposto ao Cristianismo e à Igreja. Estes sectores de opinião integraram uma poderosa força que se enfrentaria com a Igreja ao longo de todo o século XIX. [XXVIII, 6]

IDADE CONTEMPORÂNEA

Conflito entre Napoleão e Pio VII quando o Imperador quis que o Papa se unisse ao bloqueio continental contra a Inglaterra. Ante a negativa do Papa, Napoleão reagiu com violência: anexação dos Estados Pontifícios, Roma segunda capital do Império, Pio VII prisioneiro e deportado para Savona (1809) e levado para França em 1811 (Fontainebleau). [XXVIII, 7]

Em 1814, Pio VII recuperou a liberdade e no dia 7 de Junho de 1815 regressa definitivamente a Roma. 18 de Junho: Waterloo. [XXVIII, 7] A Restauração pretendeu o regresso da Europa ao Antigo Regime. [XXVIII, 8] Fracassou: o século XIX passou à história como o século do Liberalismo. [XXIX, 1]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 5

A) A Revolução de 1830 pôs fim ao Antigo Regime em França. Em Portugal o seu desaparecimento sobreveio após as lutas liberais (1834). A Revolução de 1848 sacudiu a maior parte da Europa. A vitória do Liberalismo fez-se sentir-se em todas as ordens da vida. [XXIX, 1]

B) O Liberalismo tinha uma doutrina política e económica, mas fundava-se numa ideologia que entroncava no pensamento ilustrado. Para tal doutrina, os homens não só são livres e iguais, como também autónomos: desvinculados da lei divina. O poder procede do povo. [XXIX, 2]

C) Nenhuma diferença entre as religiões: são assunto que competia apenas à intimidade das consciências. [XXIX, 2]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 6No ano 1830 apareceu um grupo de “católicos liberais”, formado em França à volta da revista “L’Avenir”, sob a direcção de Lamennais. O seu lema foi “Deus e liberdade”: a defesa da liberdade constituía a melhor credencial para garantir na sociedade moderna o respeito à autoridade de Deus e aos direitos da Igreja. [XXIX, 4]

Na encíclica Mirari vos (1832), Gregório XVI condenou o programa do grupo de “L’Avenir” (indiferentismo religioso, separação completa Igreja-Estado, liberdade de consciência,…). A reprovação pontifícia foi seguida pela defecção de Lamennais, que abandonou o sacerdócio e a Igreja. Os seus principais colaboradores mantiveram-se fiéis à Igreja: Lacordaire, Montalembert, Falloux, etc. [XXIX, 5]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 7

A explosão de sentimentos nacionais, favorecida pela política liberal, promoveu em diferentes países da Europa a emancipação de populações católicas, submetidas ao domínio de príncipes doutra confissão (Polónia, Bélgica, Irlanda). Em Italia, o caminho até à unidade nacional passava pelo desaparecimento dos Estados Pontifícios e pela conversão de Roma na capital do Reino dos Saboias. [XXIX, 6]

Ao mesmo tempo, atitudes intelectuais de sinal anti-religioso: Positivismo de Augusto Comte, que conduzia ao Cientismo, verdadeira religião que devia suplantar o Cristianismo; Idealismo e positivismo de Hegel, na base do materialismo de Feuerbach, tão próximo ao Marxismo. [XXIX, 7]

Crítica da historicidade da Bíblia. Renan: Jesus não é Deus. [XXIX, 8]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 8

Pontificado mais longo da historia: Pio IX (1846-1878). No início fez reformas bem recebidas pelos liberais nacionalistas, como uma Constituição e um governo dos Estados Pontifícios com um primeiro ministro civil. Mas não quis encabeçar uma liga nacional contra os austríacos que dominavam o norte da Península. Em Novembro de 1848, é assassinado o primeiro ministro. Em Fevereiro de 1849, Mazzini proclamou a República Romana e o Papa teve de fugir disfarçado para Gaeta (no Reino de Nápoles). [XXX, 2-3]

O Papa regressa a Roma em Abril de 1850, sob a protecção de tropas francesas. Agonia do poder temporal dos papas. Início da guerra franco-prussiana (1870): as tropas francesas retiram-se de Roma e Pio IX recolhe-se como prisioneiro voluntário no Vaticano. [XXX, 3-4]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 9

A atitude da Igreja perante os princípios “liberalistas” foi fixada por Pio IX na encíclica Quanta cura (8.XII.1864). Tinha como anexo o Syllabus, relação de 80 proposições em que se resumiam os “erros modernos”, cada um dos quais com uma condenação expressa. [XXX, 6]

O Pontificado de Pio IX foi uma época de claro florescimento da vida interna da Igreja. Crescimento das ordens religiosas (Beneditinos -D. Guéranguer; Dominicanos – Lacordaire; Jesuítas restaurados por Pio VII). Nasceram os Salesianos de D. Bosco. São João Maria Vianney em França. Iniciativas apostólicas e beneficentes de simples fiéis, como as “Conferências de São Vicente”, criadas por Frederico Ozanam. [XXX, 7]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 10

Poderoso impulso espiritual na Igreja do século XIX. Exemplo do Anglicanismo com o “Movimento de Oxford” (Henry Newman recebido na Igreja em 1845, futuro cardeal). [XXX, 8]

Duas manifestações deste impulso espiritual:
- dogma da Imaculada Conceição (8.XII.1854) (passados quatro anos das aparições de Lourdes);
- Concílio Vaticano I (1869-1870). [XXX, 8]

Vaticano I [XXX, 8]:
- infalibilidade pontifícia;
- Constituição Dei Filius (problema das relações entre a fé e a razão).

IDADE CONTEMPORÂNEA, 11

Século XIX: notável transformação das realidades sociais: o auge do Capitalismo, a revolução industrial e o aparecimento dos proletariados urbanos provocaram a aparição de um “problema social”, desconhecido até então. Situação deplorável da classe operária (jornadas laborais esgotantes, vencimentos escassos, trabalho infantil, habitações insalubres). [XXXI, 1]

Vaticano I reuniu abundante documentação acerca da questão social, mas não teve tempo de ocupar-se do tema. Leão XIII (1878-1903) fê-lo na Encíclica Rerum Novarum (1891). Rejeita a dialética da luta de classes e pedia aos patrões e aos operários uma harmónica colaboração. [XXXI, 5]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 12

Durante o Pontificado de São Pio X (1903-1914) a dinâmica anti-clerical fez-se sentir nos países latinos do sul da Europa. [XXXII, 2]

Os governos franceses fizeram gala de um laicismo militante.
A França cortou relações com a Santa Sé, foi revogada a Concordata (1905), expulsaram-se muitos religiosos do país, os bens eclesiásticos foram confiscados. [XXXII, 3]

Perigos mais graves no interior da Igreja: o Modernismo (Alfredo Loisy) procurava “racionalizar” a fé cristã, esvaziando-a dos dogmas e de todo o conteúdo sobrenatural. Foi condenado pelo decreto Lamentabili e pela Encíclica Pascendi (1907). [XXXII, 5-7]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 13

Zelo pastoral de São Pío X: preocupação pela santidade dos sacerdotes, redação de um novo Catecismo, concessão da Primeira Comunhão às crianças desde a idade do discernimento. [XXXII, 9]

Por determinação sua o cardeal Gasparri iniciou os trabalhos preparatórios, que culminariam, na promulgação por Bento XV do primeiro Código de Direito Canónico (1917). [XXXII, 9]

Três semanas depois do início da Primeira Guerra Mundial morre S. Pio X. O seu sucessor, Bento XV (1914-1922) esforçou-se, sem êxito, em conseguir a paz entre os beligerantes. Outro sucesso de grande transcendência durante o seu Pontificado: a revolução russa de 1917: primeiro Estado marxista da história. [XXXIII, 1-2]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 14

Período de “entre-guerras”: coincidiu práticamente com o Pontificado de Pio XI (1922-1939). Conseguiu-se pôr fim à “questão romana” (Estado da Cidade do Vaticano e Concordata). Expansão missionária na Ásia e África. Idade de ouro da Acção Católica. [XXXIII, 3-5]

Instituição da Festa de Cristo Rei (encíclica Quas Primas, 1925), encíclicas sobre a educação (Divini illius Magistri, 1929), matrimónio e família (Casti Connubii, 1930), doutrina social da Igreja (Quadragesimo Anno, 1931), contra o Nacional-socialismo alemão (Mit Brennender sorge, 1937) e contra o Marxismo ateu (Divini Redemptoris, 1937). [XXXIII, 5 e 7]

Perseguições na Rússia, México e Espanha. [XXXIII, 6]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 15

Um dos testemunhos da acção do Espírito Santo na história: nascimento e desenvolvimento do Opus Dei, fenómeno ascético e pastoral de singular importância suscitado por Deus para servir a Iglesia e contribuir para o bem temporal e eterno da humanidade. [XXXV, 4]

Fundado por São Josemaria Escrivá de Balaguer (1902-1975) em 2.X.1928. Difundido pelos cinco continentes. Núcleo da sua mensagem: a chamada universal à santidade e a santificação dos homens através do seu trabalho ordinário (doutrina comum da Igreja depois do Vaticano II). A Santa Sé erigiu o Opus Dei como Prelatura pessoal (28.XI.1982). O Fundador foi canonizado em 6.X.2002.

IDADE CONTEMPORÂNEA, 16

Na primeira nomeação do seu Pontificado, Pio XII (1939-1958) criou quatro cardeais italianos e 28 doutras nacionalidades. Reafirmou–se assim a nota da catolicidade da Igreja. Entre o seu vasto magistério destacam-se várias encíclicas, como a Mystici Corporis sobre a Igreja (1943), e em 1950 o dogma da Assunção da Virgem. [XXXIV, 6]

João XXIII (1958-1963) abriu em 1962o Concílio Vaticano II. Paulo VI (1963-1978) encerrou-o em 1965. Quatro Constituições: Lumen gentium (sobre a Igreja), Dei Verbum (sobre a Sagrada Escritura), Sacrosanctum Concilium (sobre a Liturgia) e Gaudium et Spes (sobre a Igreja no mundo actual). [XXXV, 1]

IDADE CONTEMPORÂNEA, 17

Entre os documentos mais importantes de Paulo VI devem recordar-se a Encíclica Humanae Vitae (1968) sobre os problemas do matrimónio e da família e o “Credo do Povo de Deus” (1968). [XXXV, 3]

Inúmeros documentos do Magistério de João Paulo II. Alguns temas sobre os que incidiram os seus ensinamentos: defesa do homem, da sua dignidade de criatura e filho de Deus, defesa do direito à vida e à liberdade. [XXXV, 5]


Curso de Teologia

Apresentações em PPT baseadas nos manuais da “Biblioteca de Iniciación Teológica” da Editora Rialp. Os originais em castelhano, na sua maior parte, foram realizados por D. Serge Nicoloff e podem ser encontrados na página de AGEA. Os esquemas correspondem com bastante exactidão ao conteúdo dos livros referidos acima. Em Portugal, aqueles manuais estão a ser publicados pela Editora Diel.

Entre parêntesis indica-se a referência do manual português em que está baseada cada uma das apresentações. Quando não existir manual em português, indica-se o original castelhano.

A Ave-Maria


A Ave-Maria e Sua Beleza

Mesmo não havendo nada tão excelso quanto à majestade de Deus e nada tão desprezível quanto o homem enquanto pecador, Deus Todo-Poderoso não despreza as nossas pobres orações. Ao contrário, Ele Se agrada quando cantamos Seus louvores.
A saudação de São Gabriel a Nossa Senhora é  um dos cânticos mais bonitos que podemos cantar à glória do Altíssímo. “Eu te cantarei um cântico novo” (Sl 143, 9). Este novo cântico, que previu e que deveria ser cantado na vinda do Messias, é precisamente a Saudação Angélica
Há um cântico antigo e um novo cântico; antigo é o que os judeus cantaram em gratidão a Deus por tê‑los criado, sustentado sua existência tê‑los livrado do cativeiro, guiando‑os salvos pelo Mar Vermelho, dando‑lhes o maná para comer e por todas as outras bênçãos.
O novo cântico é o que os cristãos cantam em ação de graças por todas as graças da Encarnação, e da Redenção. Como estas maravilhas foram trazidas vela Saudação Angélica, então nós a retimos a fim de agradecer à Santíssima Trindade, por sua bondade imensurável para conosco.
Nós louvamos a Deus Pai porque Ele amou o Mundo de tal maneira que nos deu Seu Filho Unigênito como Salvador. Nós bendizemos o Filho porque Ele se dignou a deixar o Céu e vir à a, porque Ele se fez Homem. Nós glorificamos o Espírito Santo porque Ele formou o Corpo puro de Nosso Senhor no Ventre de Nossa Senhora, este Corpo que se tornou Vítima por nossos pecados. Neste espírito de profunda gratidão devemos, pois, sempre rezar as Ave Marias, proclamando atos de Fé, Esperança, Caridade e ações de graças por este dom inestimável da salvação.
Apesar deste novo cântico ser em honra à Mãe de Deus e ser cantado diretamente a ela, ubitavelmente é muito glorioso à Santíssima Trindade porque os louvores com que honramos a Nossa Senhora inevitavelmente dirigem‑se a Deus que é a causa de todas as suas virtudes e perfeições. Quando nós honramos a Nossa Senhora: Deus Pai é glorificado pois estamos honrando a mais perfeita de suas criaturas; Deus Filho é glorificado pois estamos louvando Sua puríssima Mãe, e Deus Espírito Santo é glorificado pois ficamos, profundamente, em admiração meditando nas graças com as quais Ele cobriu Sua Esposa.
Quando louvamos e bendizemos Nossa Senhora ao rezarmos a Saudação Angélica (Ave-Maria), ela sempre passa estes louvores ao Deus Todo-Poderoso da mesma maneira que ela fez quando foi exaltada por Santa Isabel. Santa Isabel a bendisse por sua elevadíssíma dignidade como Mãe de Deus e Nossa Senhora imediatamente deu louvores a Deus através do seu lindo Magnificat.
Fonte: Site virgemimaculada.wordpress.com em Salve Maria Imaculada, 05/03/2011.


A Ave-Maria e seus Frutos
O Bem-Aventurado Alano de La Roche, que era devotíssimo da Virgem Maria teve várias revelações dela e sabemos que ele confirmou a verdade destas revelações através de um solene juramento. Três delas possuem ênfase especial: a primeira, quando as pessoas não rezam a Ave Maria (a Saudação Angélica que salvou o mundo) com cuidado, ou porque elas estão entediadas, ou mesmo porque têm aversão a ela, é um sinal de que elas provavelmente e com certeza serão condenadas à punição eterna.
A segunda verdade é que aqueles que amam esta saudação divina possuem um sinal especial de predestinação.
A terceira verdade é que aqueles a quem Deus tem dado este sinal de amor à Nossa Senhora e de servi-la até a hora quando ela os colocar nos Céus através de seu Filho divino, no grau de glória que merecerem. (Bem-aventurado Alano, capítulo XI, parágrafo 2)
Os hereges, todos os que são filhos do mal e claramente possuem o selo de reprovação de Deus, têm horror à Ave-Maria. Eles ainda rezam o Pai-Nosso, mas nunca a Ave-Maria; eles prefeririam colocar uma cobra venenosa em volta de seu pescoço que um Escapulário ou carregar um Santo Rosário.
Entre os católicos, há aqueles que carregam a marca da reprovação de Deus, menosprezando o Rosário de vinte dezenas (mesmo o terço de cinco dezenas). Estes ora não o rezam, ora rezam-no rapidamente e sem devoção.
Mesmo que se não acreditasse no que foi revelado ao Bem-aventurado Alano de la Roche, mesmo assim minha experiência bastaria para me convencer desta terrível verdade. Não sei, nem compreendo totalmente, como pode uma devoção que pareça tão pequena ser o sinal infalível da salvação eterna e como a sua ausência possa ser o sinal do desagrado eterno de Deus; não obstante nada há de mais certo.
Em nossos dias, vemos que aquelas pessoas que professam doutrinas novas, que são condenadas pela Santa Madre Igreja, podem até ser piedosas, superficialmente, mas elas  desdenham o Rosário, e geralmente elas persuadem seus conhecidos a não o rezarem, destruindo assim seu amor por ele e sua fé nele. Ao fazer isto, elas elaboram desculpas que são até plausíveis aos olhos do mundo. São cautelosas a não condenar o Rosário e o Escapulário, como os calvinistas o fazem, mas a maneira que propõem a atacá-lo é mais mortífera porque é dissimulada. Trataremos disto a seguir.
Minha Ave-Maria, meu Rosário ou meu Terço, é a minha oração e a pedra de toque seguríssima pela qual eu posso distinguir a todos os que são levados pelo Espírito de Deus e aqueles que são enganados pelo demônio. Conheci almas que pareciam voar como águias por sobre as nuvens em uma contemplação sublime e que eram, contudo miseravelmente enganadas pelo diabo. Eu só percebi o quanto estavam erradas quando descobri que desdenhavam a Ave-Maria e o Rosário consideravam muito inferiror a elas.
A Ave-Maria é um abençoado orvalho que cai dos Céus sobre as almas dos predestinados. E dá-lhes uma maravilhosa fertilidade espiritual a fim de poderem crescer em todas as virtudes. Quanto mais o jardim da alma é regado por esta oração, mais iluminado se torna o intelecto desta pessoa, e mais zeloso se torna seu coração, e mais se fortalece contra seus inimigos.
A Ave-Maria é uma flecha pontiaguda e ardente que, unida à Palavre de Deus, dá ao pregador a força de penetrar, mover e converter os corações duros mesmo que ele tenha pouco ou nenhum natural dom de pregação.
Como disse antes, este foi o grande segredo que Nossa Senhora ensinou a São Domingos e ao bem-aventurado Alano a fim de que eles convertessem os hereges e os pecadores.
Santo Antonino nos conta que era este o motivo pelo qual muitos pregadores se habituaram a rezar a Ave-Maria no início de seus sermões.
(O Segredo do Rosário – São Luís Mª Grignion de Montfort)
Fonte: Site www.rosarioperpetuo.com.br/index.php?p…88


A Ave-Maria e suas Bênçãos

Esta saudação celestial atrai sobre nós copiosas bênçãos de JESUS e Maria, pois é uma verdade infalível que JESUS e Maria recompensam ma maneira maravilhosa aqueles que Os glorificam. Eles nos recompensam por cem vezes mais pelos louvores que Lhes rendemos. “Eu amo os que me amam… para enriquecer os que me amam, e encher os seus tesouros.” (Pr 8, 17‑2 1) “Aquele semeia em abundância, também colherá em abundância.” (2 cor 9, 6)
E se rezarmos a Ave Maria devotamente, não se trata isto de amar, bendizer e glorificar a JESUS e Maria?
A cada Ave Maria bendizemos a ambos a JESUS e a Maria: “Bendita sois vás entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, JESUS.”
Através de cada Ave Maria damos a Nossa Senhora a mesma honra que DEUS lhe deu quando Ele enviou o Arcanjo Gabriel a saudá‑la em Nome Dele. Como alguém poderia pensar que JESUS e Maria, que tão comumente fazem o bem àqueles que os amaldiçoam, pudessem amaldiçoar àqueles que os bendizem e honram pela Ave Maria?
Ambos, São Bernardo e São Boaventura dizem que a Rainha dos Céus não é, com certeza menos agradecida e cortês do que aquelas pessoas deste mundo que são graciosas e de bons modos. Ela se excede em todas a perfeições, ela supera‑nos a todos nas virtudes (e principalmente) na virtude da gratidão; logo ela nunca deixaria honrá‑la sem nos retribuir multiplicado por cem. São Boaventura diz que Maria nos cumprimentará com graça se a cumprimentarmos com a Ave Maria.
Quem poderá possivelmente compreender as graças e bênçãos que esta saudação terna e suave à Nossa Senhora produzirão em nós? Do primeiro instante que Santa Isabel ouviu a saudação que a Mãe de Deus lhe dirigiu, ele se sentiu cheia do Espírito Santo e a criança no seu ventre pulou de alegria. Se nos fizermos dignos da saudação e bênção de Nossa Senhora, nós certamente estaremos cheios de graças e transbordantes consolações espirituais nos virão à alma.
Fonte: Site virgemimaculada.wordpress.com em Salve Maria Imaculada, 05/03/2011.

Todo católico é sacerdote? Como assim?







Entenda a diferença entre sacerdócio de Cristo, sacerdócio ministerial e sacerdócio comum.

É preciso começar pelo conceito de “sacerdote” e, para isso, partir do sacerdócio de Cristo; depois, entender o sacerdócio ministerial, distinguindo-o do sacerdócio comum dos fiéis.

Talvez não haja melhor orientação para explicar isso que a Carta aos Hebreus. É verdade que, vendo a história da religiões, podemos encontrar o conceito de “sacerdote” em outras crenças: ele é a pessoa que age “profissionalmente” como intermediário entre a comunidade à qual representa e suas respectivas divindades. Por isso, dizer “sacerdote” seria o equivalente a “pontífice”, neste caso. Mas não vamos aprofundar, neste momento, esta noção genérica do sacerdócio.

Voltando à primeira época do cristianismo, quando os cristãos provinham do judaísmo, surgiu a necessidade de esclarecer aos fiéis a verdadeira noção, a noção cristã do sacerdócio.

Os judeus convertidos ao cristianismo sentiam falta da grandiosidade do templo e dos seus sacrifícios, os incensos ao altar e as vítimas degoladas, bem como das funções externas e medidas dos levitas (descendentes de Levi, encarregados do templo).

O autor da Carta aos Hebreus quer convencer aqueles neófitos cristãos provenientes do judaísmo de que já – desde a Morte e Ressurreição de Cristo – não é necessário aquele culto grandioso e espetacular do templo de Jerusalém, nem é necessário o templo, nem o altar, nem aqueles animais que se ofereciam como vítimas; portanto, tampouco são necessários “outros sacerdotes” para ir se revezando de geração em geração.

Cristo é o templo, o altar, a vítima e o sacerdote. Ele é o único templo, porque Ele é o “lugar” no qual Deus e o homem se encontraram para sempre; o único altar é a sua cruz redentora; a única hóstia e vítima: seu corpo que se entrega e o sangue que se derrama; o único sacerdote para sempre, porque Cristo ressuscitado já não morre mais.

É imprescindível uma leitura calma e reflexiva da Carta aos Hebreus para entrar nesta verdade cristã: o sacerdócio único de Cristo (cf. Jo 4, 21 y Ap 21, 22).

Esta realidade de Cristo santuário, Cristo sacerdote, Cristo vítima, é vivida por nós a partir da fé, enquanto somos peregrinos na terra; nós a vivemos na fé e na esperança. Estamos na etapa do “já sim, mas ainda não”.

Nós vivemos na terra, até que chegue a consumação dos tempos, e então a fé não vai mais existir, pois veremos Deus face a face, como Ele é; para esse tempo do “ainda não”, que é o tempo da Igreja, precisamos de ajudas para a nossa fragilidade. E esta ajuda são os sacramentos, todos e cada um enquanto sinal e presença viva do Senhor Jesus.

E esta dinâmica no “ainda não” entra também no sacerdócio ministerial.

Como diz São Pedro, os cristãos são uma linhagem escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo adquirido por Deus para anunciar as maravilhas daquele que os chamou (cf. 1 Pe 2, 9 e Ex 19, 5). Em outras palavras, todos os batizados formam um sacerdócio que tem acesso a Deus e, por isso, sua função – como a de Cristo – é “anunciar as maravilhas de Deus”, a grande maravilha de Deus que é a Redenção por amor, pelo amor de um Deus manifestado em Cristo morto e ressuscitado (cf. Jo 3, 16).

Por isso, quando Cristo morreu, o véu do templo de rasgou (Mt 27, 51); ao ser aberto o lado de Cristo (Jo 19, 34), Ele se torna Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (Heb 8, 17); e por Cristo-Santificador, os santificados pelo seu sangue já têm acesso ao Pai (Heb 9 e 10).

Por esta mesma razão, enquanto dura esta etapa terrena do “ainda não”, por esta fragilidade humana nossa, precisamos “visualizar” aquele ato único e singular que Jesus fez (Heb 9, 24-26), Sacerdote que ao mesmo tempo se oferece como vítima: “Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho” (Heb. 10, 6-7).

Referências

E. Arnau: Orden y Ministerio. BAC1995
Congregación para el clero: Directorio para el ministerio y vida de los presbíteros. Editrice Vaticana1994
Conf. Ep. Española. Com. Ep. del clero. Espiritualidad sacerdotal. Congreso. Edice 1989
Congregario de cultu divino… Colectanea. Ad causas pro dispensatione a lege sacri coelibatus obtinenda. Editrice vatican2004.

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SANTO INÁCIO

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

Cardeal Majella

"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

ORE SEM CESSAR

Ore sem cessar!!!

Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.