segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ser Católico



 

Pai Santo, nós Vos agradecemos e nos alegramos com a condição de católicos. Queremos viver e testemunhar a fé e nossa pertença à Igreja de Jesus. Concedei-nos o dom de perseverar na oração – pessoal, familiar e comunitária –, caminho que conduz à Vossa intimidade e elo que nos une aos corações dos irmãos e irmãs, em uma grande rede de solidariedade. Amém

 

Quais são as características próprias, distintivas do ser católico?



O Papa João Paulo II, lembrando que é pelos frutos que se conhecem as árvores, alertava que os critérios fundamentais a serem adotados na vida são os que levam à vida de boa qualidade.



Bons frutos para a vida do seguidor de Jesus são, por exemplo, o gosto renovado pela oração, a participação nos Sacramentos, o florescimento de vocações para o matrimônio, o sacerdócio e a vida consagrada, a participação ativa na vida comunitária, o testemunho de presença cristã nos vários ambientes da sociedade, a participação em obras de assistência e promoção humana, e o espírito de desapego, de pobreza evangélica e de partilha generosa. Enfim, a caminhada permanente no processo de conversão.



Resumindo, os critérios que definem o ser (ou não) católico, chamados critérios de eclesialidade, são assumidos na tríplice perspectiva da espiritualidade pessoal, da comunhão (integração na comunidade) e da missão (Nova Evangelização).



Critérios não serão vistos como limitação ou negação da liberdade pessoal, mas como o caminho para sua realização.

  

O Papa João Paulo II na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christifideles Laici sobre a vocação e missão dos leigos (nº 30)considerou os seguintes critérios de eclesialidade:

 

— O primado dado à vocação de cada cristão à santidade, manifestado nos frutos da Graça que o Espírito produz nos fiéis, como crescimento para a plenitude da vida cristã e para a perfeição da caridade. Todo fiel é chamado a ser sempre – e cada vez mais – instrumento de santidade na Igreja, favorecendo e encorajando uma unidade mais íntima entre a vida dos membros e a própria fé. 

 

— A responsabilidade em professar a fé católica, acolhendo e proclamando a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem, em obediência ao Magistério da Igreja, que autenticamente a interpreta. Por isso, todo fiel deve buscar lugar e ocasião para receber o anúncio, a proposta e a educação da fé, respeitando o seu conteúdo integral.

 

— O testemunho de uma comunhão sólida e convicta, em relação filial com o Papa, centro e sinal da unidade da Igreja universal, e com o Bispo, fundamento da unidade da Igreja particular, e na estima recíproca entre todas as formas de apostolado na Comunidade.  A comunhão com o Papa e com o Bispo é chamada a exprimir-se na disponibilidade leal em aceitar os seus ensinamentos doutrinais e orientações pastorais. A comunhão eclesial exige, além disso, que se reconheça a legítima pluralidade das formas participativas dos fiéis na Igreja e, simultaneamente, a disponibilidade para oferecer a sua colaboração.

 

— A conformidade e a participação na finalidade apostólica da Igreja, que é a evangelização, a santificação dos homens e mulheres e a educação cristã das suas consciências, de modo a conseguir permear de espírito evangélico as comunidades e os ambientes.  Nesta linha, exige-se dos fiéis um entusiasmo missionário que os torne, sempre e cada vez mais, sujeitos de uma Nova Evangelização.

 

— O empenho de uma presença na sociedade humana que, à luz da doutrina social da Igreja, se coloque ao serviço da dignidade integral do homem.

 

Juntos a estes critérios aparece um outro aspecto de importância capital para a identidade cristã: a indissociável ligação com a virtude da esperança, como o marco fundamental que antecipa no tempo a certeza do sentido da história e o destino escatológico do ser humano.

 

À luz das virtudes teologais - fé, esperança e caridade, podemos dizer:

 

1. Sou Católico porque creio em um só Deus – Pai, Filho e Espírito Santo –, que nos oferece o dom da Graça, que é sua permanência em nós e no meio de nós por pura gratuidade. Um Deus que é Pai misericordioso e tem o carinho de Mãe; um Deus Filho, Jesus Cristo, que se fez nosso irmão e nos liberta; um Deus Espírito Santo que nos conduz ao Amor.

 

2. Sou Católico porque alimento a minha fé na fonte da Revelação Divina, pela contemplação da obra da Criação, atenção aos sinais dos tempos, acolhida amorosa da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério da Igreja.

 

3. Sou Católico porque procuro viver a fé, que é adesão a Jesus Cristo e obediência à Sua Palavra, não sozinho, mas como membro da Igreja – comunidade.

 

4. Sou Católico porque vivo a fé como dom gratuito de Deus.

 

5. Sou Católico porque busco viver a vida nova no Amor.

 


 

Capítulo VI – Oração: O jeito Católico de ser Cristão.

 

Ser cristão é ser discípulo e seguidor de Jesus. Por isso, precisamos conhecê-lo, adquirir com Ele a intimidade de companheiros, e reunir forças necessárias para a jornada.



Os Evangelhos nos introduzem na intimidade de Jesus. Na oração nós buscamos inspiração e força. 

A Bíblia nos revela que Jesus foi apaixonado pelas obras do Pai. A origem, o caminho e a utopia de Jesus eram o Reino de Deus, como Jesus ensinou na oração do Pai Nosso.



Vivendo na presença de Deus, Jesus falava com o Pai – a quem chamava carinhosamente de Papai (Abbá: Mc 14,36) – e dEle recebia sabedoria e força para cumprir sua missão. Sua vida foi um encontro permanente, uma oração contínua, pois oração é consciência da presença de Deus, consciência de que nEle nós vivemos, nos movemos e existimos e saber que o seu Reino já está entre nós (cf. Lc 17,21).



O modelo da oração de Jesus – encontro-com-o-Pai – é o que desejamos. Aqui, Deus não se dá como ensinamento ou informação, mas como uma Pessoa que nos ama apaixonadamente e cuida de nós com extremo carinho.



É comum pensarmos a oração como um diálogo. Mas é um diálogo diferente, pois trata-se de um diálogo com Deus.



A oração, muito mais do que diálogo, é Vida. É vida de verdade, é encontro, caminho de superação do egoísmo para a abertura aos outros. Encontro é acontecimento capaz de transformar as pessoas. No encontro se revela o mistério do próprio eu e o mistério do outro.



Deus é o grande Outro que está mais próximo de mim do que eu mesmo. É o primeiro e o mais precioso companheiro de caminhada. Está presente no mais profundo de mim mesmo e lá me espera. Uma presença que inspira a reverência devida ao sublime e a intimidade com que se acolhe o terno amigo do coração.



A oração é um encontro que sempre traz surpresa, apelos renovados pela sedução e o encanto do mistério divino. Era assim para Jesus foi assim para a Igreja nos primeiros séculos. E, a partir desse legado da tradição cristã, todos temos acesso a essa profunda experiência de oração: sentirmos a presença de Deus na própria situação existencial em que nos encontramos. Fazemos a experiência de Deus e, ao mesmo tempo, acolhemos a Deus para que faça sua experiência de humanidade em nós.



A oração cristã propicia um duplo encontro:



a) – O encontro comigo mesmo – o auto conhecimento. Se eu não estiver em casa, Deus não me encontrará quando vier visitar-me. Oração nunca é fuga, pelo contrário, é um encontro sincero comigo mesmo.



Identificar meus pensamentos e sentimentos não basta para revelar-me inteiramente. Eles estão em mim, fazem parte, mas eu sou mais do que eles. Tenho a dignidade de ser chamado por Deus pelo meu nome. Sou a palavra amorosa pronunciada por Deus desde a eternidade. Encontrar-me é conhecer essa palavra criada por Deus.



b) – O encontro com Deus – Será que corresponde a Deus o que nós aprendemos e pensamos saber de Deus? Ou estamos tentando encontrar nossas fantasias, desejos e projeções?



Nós encontramos Deus dentro de nós, mas Ele é o totalmente Outro. O Mistério por excelência. Precisamos superar e nos libertar das pobres imagens que fazemos. Deus é sempre maior, é eterna Novidade.



Orar é suportar a ausência e o silêncio de Deus e, apesar de tudo, acreditar na sua proximidade, sentir sua presença amorosa nos envolvendo e acolhê-lo em nosso coração. Orar é ultrapassar dúvidas, firmados na revelação de Jesus de Nazaré. Só em Jesus é visível esse Deus inacessível: “Ninguém jamais viu a Deus; O Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer. (Jo 1,18).



Para que a oração seja uma experiência de Deus, é fundamental orar com a disposição e espírito de pobre, de quem não tem a pretensão de saber orar, mas que se coloca aberto e receptivo para que o Espírito do Senhor lhe inspire o quê pedir, o quê agradecer, o quê dizer. Ou mesmo quando se calar e, no silêncio, simplesmente, contemplar e adorar.

 





CAPÍTULO VII

 


A oração do Católico


 

Orai, orai sempre!


O primeiro aspecto da vida cristã


 

Na Igreja, a oração se põe como a atividade especifica de seus membros. Na vivência da oração se expressa a fé no destino e no aperfeiçoamento da humanidade. A atitude do orante ultrapassa a história da salvação e acende a esperança na realidade escatológica, quando o Reino de Deus se fará totalmente presente no meio de nós.



Esta é uma constatação de caráter pastoral que tem suas raízes mais profundas na própria reflexão teológica marcada desde a origem pela fé inquestionável na Ressurreição de Cristo e nas suas promessas.



Esta sensibilidade escatológica subscreve a necessidade da oração expressa na consciência geral dos fiéis; e, por isso, é prática comum de toda a Igreja, que agora vive como pecadora, redimida e justificada. A implicação dessa descoberta condiciona duas partes fundamentais do modo de vida cristã: muda a visão da história e abre a esperança do futuro.



Na oração, a história é redimensionada dentro de uma nova perspectiva. Antecipa o tempo futuro através da caridade e substitui a incerteza do tempo. Um redimensionamento que se conclui dentro da experiência concreta que há sua valência na vida moral e na prática quotidiana.



Nessa perspectiva nasce uma visão específica que permite afirmar que o fim da história é um futuro de graça, resultando numa completa superação das desesperanças presentes.



A oração reflete-se sobre o futuro humano, funda-se sobre a fé que o indivíduo e toda a comunidade têm na dimensão da graça. Dessa forma, é comum que intercedamos uns pelos outros e não apenas no estado de sua vida quotidiana, mas até ultrapassando esse limite visível da vida para aventurar-se na dimensão escatológica, esperando pela salvação de todos. Esta prática, a Igreja não apenas tem admitido ao longo da história, como também recomenda como forma de piedade popular.



Escondido por trás dessa dimensão prática, aparece um outro aspecto de importância capital para a análise da oração. Isto é, sua indissociável ligação com a virtude da esperança, como o marco fundamental que antecipa no tempo a certeza da história e do destino escatológico do homem.



Deste modo, orar é entrar na vida de fé. É uma abertura para a descoberta do futuro antropológico e da consumação de destino, que ainda não se cumpriu totalmente, mas representa, por definição, o passo mais importante de sustentação da fé e da prática moral na vida quotidiana. Orai, orai sempre....

 

1. Oração dos Salmos: força e graça de Deus para cada dia


 

 “Que coisa poderia ser mais agradável que os salmos? Como dizia maravilhosamente o próprio salmista: ‘Louvai ao Senhor, que os salmos são bons, nosso Deus merece um louvor harmonioso’. E com razão, porque os salmos são a bênção do povo, o louvor de Deus, elogio aos fiéis, o aplauso de todos, a linguagem universal, a voz da Igreja, a profissão harmoniosa de nossa fé, a expressão de nossa entrega total, alegria de nossa liberdade, o clamor de nossa alegria transparente. Eles acalmam nossa ira, afastam nossas preocupações e nos confortam em nossas tristezas. De noite são uma arma, de dia um instrumento; no perigo são uma defesa, nas festividades nossa alegria; expressam a tranqüilidade de nosso espírito, são uma prenda de paz e de concórdia; são como a cítara, que une em um único canto as vozes mais diversas e díspares. Com os salmos celebramos o nascimento do dia e cantamos seu ocaso.

 

Nos salmos rivalizam a beleza e a doutrina: são ao mesmo tempo um canto que deleita e um texto que instrui. Neles eu leio: ‘Cântico para ser amado’, e me inflamo em santos desejos de amor; neles vou meditando o dom da revelação, o anúncio profético da ressurreição, os bens prometidos; neles aprendo a evitar o pecado e a sentir arrependimento e vergonha pelos delitos cometidos.

 

Que é mais o saltério, senão o instrumento espiritual com que o homem inspirado faz repercutir na terra a doçura das melodias celestiais, como que pulsa a lira do Espírito Santo?” (Comentário de Santo Ambrósio ao Salmo 1).

 

a) Salmos de ação de graças e confiança: Sl 8; 21; 23; 27; 85.

                       

O povo de Deus é um povo a caminho. Um caminho percorrido no enfrentamento de muitas dificuldades, com passagens em meio a contradições. Na avalanche de percalços e sofrimentos, lutas e dificuldades, o povo de Deus tem consciência de que seu Deus não o desampara, só Ele pode tudo, e é bem-aventurado quem nele deposita toda a sua confiança. Uma confiança depositada n’Aquele que é o Senhor da vida, àquele que tudo realiza e se torna sempre e em tudo o verdadeiro destinatário de toda gratidão do coração humano. A confiança e a gratidão se tornam sustento e força que localizam aquele que crê e confia no coração da vitória de Deus, para além de toda lógica, calculo e expectativa. Cantemos os salmos dando graças, elegendo e eleger a gratidão como sentimento maior diante da bondade misericordiosa de Deus: ser grato é escancarar as portas do coração para Deus, depondo toda pretensão humana para se tornar, pela confiança professada, depositário de bênçãos e graças de Deus.

 

Salmo 8


- Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

- Desdobrastes nos céus vossa glória com grandeza, esplendor, majestade.

- O perfeito louvor vos é dado pelos lábios dos mais pequeninos, de crianças que a mãe amamenta.

- Eis a força que opondes aos maus, reduzindo o inimigo ao silêncio.  Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artistas;

- vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: “Senhor, que é o homem,

- para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”

- Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor;

- vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:

- as ovelhas, os bois, os rebanhos,  todo o gado e as feras da mata;

- passarinhos e peixes dos mares todo ser que se move nas águas.

- Ó Senhor nosso Deus, como é grande, vosso nome por todo o universo!

 

b) Salmos de súplicas: Sl 16; 25; 27; 67; 85.



A melodia e o significado dos salmos de súplica geram a verdade do reconhecimento da grandeza de Deus, sustentando a pequenez e a fragilidade humanas. Ele, o Senhor da vida, pode. Só Ele é Senhor. Sua paternidade e misericórdia são garantias para os limites da condição humana, enquanto se confessa a grandeza insubstituível de sua ação redentora. Só Deus pode mudar tudo. Só Ele muda o coração humano, dá rumos novos à vida. Só ele compreende e se debruça compassivamente sobre a vida sofrida dos seus e tudo refaz na força do amor. A súplica é reconhecimento do amor redentor de Deus. É a edificação de sua vontade recriadora, fazendo ultrapassar o simples interesse, a comodidade mesquinha ou a consideração daquilo que não inclui o bem dos outros. Cantando os salmo de súplica, o Povo de Deus cura as feridas da pretensão humana, reconhece o limite da própria condição e participa da ação amorosa de Deus que tudo refaz, no amor e na misericórdia.

 

Salmo 16

- Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor!

- Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!

- De vossa face é que me venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo.

- Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim não achareis iniqüidades.

- Não cometi nenhum pecado por palavras, como é costume acontecer em meio aos homens.

- Seguindo as palavras que dissestes, andei sempre nos caminhos da Aliança.

- Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram.

- Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!

- Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós.

- Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas,

- longe dos ímpios violentos que me oprimem, dos inimigos furiosos que me cercam.

- A abundância lhes fechou o coração, em sua boca há só palavras orgulhosas.

- Os seus passos me perseguem, já me cercam, voltam seus olhos contra mim: vão derrubar-me,

- como um leão impaciente pela presa, um leãozinho espreitando de emboscada.

- Levantai-vos, ó Senhor, contra o malvado, com vossa espada abatei-o e libertai-me!

- Com vosso braço defendei-me desses homens, que já encontram nesta vida a recompensa.

- Saciais com vossos bens o ventre deles, e seus filhos também hão de saciar-se e ainda as sombras deixarão os descendentes.

- Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.

 

c) Salmos penitenciais : Sl 50 e 129.



O cântico dos salmos penitenciais colocam o coração do pecador em sintonia com o coração santo e misericordioso de Deus. Esta sintonia orante ilumina a consciência da própria fragilidade e pequenez e abre as portas do coração daquele que confessa e confia nele, realizando, pela ação da graça de Deus, a conversão. A conseqüente mudança de sentimentos, gestos e atitudes traz a novidade da reconciliação, a força da aliança e a convicção do quanto é bom ser bom e santo como nosso Deus, Santo e Bom. Esta é a consciência do Verdadeiro Povo de Deus a caminho. Nesta consciência está a alavanca que marca o chão do caminho libertador do Povo de Deus e nunca o deixa perder o rumo, retomando sempre a direção da Vida Verdadeira e do encontro definitivo com este Deus de amor.

 

Salmo 50

- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão do vosso amor, purificai-me!

- lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!                                                

- Eu reconheço toda a minha iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha frente.

- Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

- Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis.

- Vede, Senhor, que eu nasci na iniqüidade e pecador já minha mãe me concebeu.

- Mas vós amais os corações que são sinceros, na intimidade me ensinais sabedoria.

- Aspergi-me e serei puro do pecado, e mais branco do que a neve ficarei.

- Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, e exultarão estes meus ossos que esmagastes.

- Desviai o vosso olhar dos meus pecados e apagai todas as minhas transgressões!

- Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido.

- Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

- Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com um espírito generoso!

- Ensinarei vosso caminho aos pecadores,  e para vós se voltarão os transviados.

- Da morte como pena, libertai-me,  e minha língua exaltará vossa justiça!

- Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

- Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais.

- Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

- Sede benigno com Sião, por vossa graça, reconstruí Jerusalém e os seus muros!

- E aceitareis o verdadeiro sacrifício, os holocaustos e oblações em vosso altar!

 

 

2. Pai-nosso



Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

 

3. Louvores




Meus Deus, como és Santo, e admirável e bom!

És o Senhor de todo o Universo.

Os Teus pensamentos estão acima dos pensamentos dos homens.

O Teu poder é maior do que todos os poderes da terra.

O Teu amor é mais forte e mais profundo do que o que pode compreender o meu coração.

Admiro-Te, submeto-me a Ti. Adoro-Te com profunda reverência.

Dou-Te graças por tudo.

Quero amar-Te mais e mais, a Ti, meu soberano Deus e Senhor.

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal. Livra-nos, Senhor, de todo o mal.

 

4. Invocações




Alma de Cristo, santificai-me.

Corpo de Cristo, salvai-me.

Sangue de Cristo, inebriai-me.

Água do lado de Cristo, lavai-me.

Paixão de Cristo, confortai-me.

Ó bom Jesus, ouvi-me.

Dentro das Vossas Chagas, escondei-me.

Não permitais que me separe de Vós.

Do espírito maligno, defendei-me.

Na hora da minha morte, chamai-me

e mandai-me ir para Vós,

para que vossos Santos vos louve

por todos os séculos dos séculos. Amém.

 

5. Adoro Te Devote




Adoro-Te com amor, Deus escondido,

Que sob estas espécies és presente,

Dou-Te o meu coração inteiramente

Em Tua contemplação desfalecido.

A vista, o tacto, o gosto nada sabem.

Só no que o ouvido sabe se há-de crer.

Creio em tudo o que o Filho de Deus veio dizer.

Nada mais verdadeiro pode ser

Do que a própria Palavra da Verdade.

Na Cruz estava oculta a divindade,

Aqui também o está a humanidade.

E, contudo, eu creio e confesso

Que ambas aqui estão na realidade,

E o que pedia o bom ladrão, eu peço.

Não vejo as chagas, como Tomé.

Mas confesso-Te, meu Deus e meu Senhor,

Faz-me ter cada vez em Ti mais fé,

Uma esperança maior e mais amor.

Ó memorial da morte do Senhor!

Ó vivo pão que ao homem dás a vida!

Que a minha alma sempre de Ti viva!

Que sempre lhe seja doce o Teu sabor!

Ó doce pelicano! Ó bom Jesus!

Lava-me com o Teu sangue, a mim, imundo,

Com esse sangue do qual uma só gota

Pode salvar do pecado todo o mundo.

Jesus, a Quem contemplo oculto agora,

Dá-me o que eu desejo ansiosamente:

Ver-Te, face a face, na Tua glória

E na glória contemplar-Te eternamente. Amém.

 


6. Invocação ao Espírito Santo




Vinde, Espírito Santo,

enchei os corações dos Vossos fiéis

e acendei neles o fogo do Vosso amor.

 

V. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado,

R. E renovareis a face da terra.

 

Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis

com a luz do Espírito Santo,

fazei que apreciemos retamente todas as coisas,

segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de suas consolações.

Por Cristo Senhor nosso, Amém.



7. Vinde Espírito criador


 

Ó, vinde, Espírito Criador,

As nossas almas visitai

E enchei os nossos corações

Com vossos dons celestiais.

 

Vós sois chamado o Intercessor,

Do Deus excelso o dom sem par,

A fonte viva, o fogo, o amor,

A unção divina e salutar.

 

Sois doador dos sete dons

E sois poder na mão do Pai,

Por Ele prometido a nós;

Por nós seus feitos proclamai.

 

A nossa mente iluminai,

Os corações enchei de amor,

Nossa fraqueza encorajai,

Qual força eterna e protetor.

 

Nosso inimigo repeli,

E concedei-nos vossa paz;

Se pela graça nos guiais,

O mal deixamos para trás.

 

Ao Pai e ao Filho Salvador

Por vós possamos conhecer.

Que procedeis do seu amor

Fazei-nos sempre firmes crer.

 

8. Ave Maria




Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.

 

9. Salve Rainha




Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente! ó piedosa! ó doce sempre Virgem Maria!

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

 


10. Magnificat


 

A minha alma engrandece o Senhor *

E se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador.

Pois, ele viu a pequenez de sua serva: *

Desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

 

O Poderoso fez em mim maravilhas

E Santo é o seu nome.

Seu amor, de geração em geração, *

Chega a todos que o respeitam.

 

Demonstrou o poder do Seu braço *

Dispersou os orgulhos.

Derrubou os poderosos de seus tronos *

E os humildes exaltou.



De bens saciou os famintos

E despediu, sem nada, os ricos.

Acolheu Israel, seu servo,

Fiel ao seu amor,

 

Como havia prometido a nossos pais, *

Em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.

 

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

 

11. O Rosário




A oração do Rosário faz parte da tradição católica. Por ela se contemplam os mistérios de Nosso Senhor Jesus Cristo. No ano de 2002, o Papa João Paulo II acrescentou os mistérios luminosos para essa oração. E assim se expressou: “...o motivo mais importante para propor com insistência a prática do Rosário reside no fato de este constituir um meio validíssimo para favorecer entre os crentes aquele compromisso de contemplação do mistério cristão [...] como verdadeira e própria pedagogia da santidade: Há necessidade dum cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oração. Enquanto que na cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma nova exigência de espiritualidade, solicitada inclusive pela influência de outras religiões, é extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem « autênticas escolas de oração. O Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e corresponde, de certo modo, à « oração do coração » ou « oração de Jesus » germinada no húmus do Oriente cristão” (Cf. Rosarium Viriginis Mariae nº 5).



Oração para oferecimento do terço:

Divino Jesus, nós Vos oferecemos este Terço que vamos rezar, contemplando os mistérios de nossa Redenção. Concedei-nos, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganhar as indulgências anexas a esta santa devoção.



Jaculatória:

Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.



Ao concluir a contemplação dos mistérios do dia reza-se o agradecimento:

Infinitas graças Vos damos, soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-Vos, agora e sempre, tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo, e para mais Vos obrigar, Vos saudamos com uma Salve Rainha (Reza-se a Salve-Rainha)...



MISTÉRIOS DO ROSÁRIO



a) Mistérios Gozosos




(Segundas e quintas-feiras)



Os mistérios gozosos nos auxiliam a ter um conhecimento mais profundo do amor a Deus. Ajudam-nos a meditar no grande Mistério da Encarnação. Deus manifesta seu amor salvífico por nós.



1. Anunciação do anjo Gabriel à Virgem Maria.

“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo...” (Lc 1, 28-38)



2. A visita de Maria a sua prima Santa Isabel.

“De onde me vem a felicidade de que a Mãe do meu Senhor me visite!” (Lc 1, 43)



3. Nascimento de Jesus na gruta de Belém.

“O verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14)



4. Apresentação do Menino Jesus no templo.

“Eis que este Menino está destinado para ser sinal de contradição.” (Lc 2, 34)



5. O encontro do Menino Jesus no templo.

“Porque me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me com as coisas de meu Pai?” (Lc 2, 49)

 



b) Mistérios Luminosos




(Quintas-feiras)



Os mistérios da luz refletem desde a infância de Jesus, sua vida de Nazaré, até a vida pública de Jesus. Cada um destes mistérios é revelação do Reino divino já personificado no mesmo Jesus.



1.   Batismo do Senhor no Jordão.

“Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz, dizendo: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada.» (Mt 3, 16s)



2.   As Bodas de Caná.

“No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos.” (Jo 2, 1-12)



3.   Anúncio do Reino e apelo à conversão.

“O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia.” (Mc 1, 15)



4.   A transfiguração de Jesus.

“Mas, da nuvem saiu uma voz que dizia: «Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutem o que ele diz!”(Lc 9, 35)



5. A Instituição da Eucaristia.

“Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado a sua hora. A hora de passar deste mundo para o Pai. Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.”(Jo 13, 1)

 




c) Mistérios Dolorosos




(Terças e sextas-feiras)



Os mistérios dolorosos nos preparam para entender e melhor viver os sofrimentos que Deus nos envia. Apresentam-nos o Mistério da Redenção. É o grande amor de Jesus por nós que chegou a dar a própria vida pela nossa salvação.



1.   A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.

“Vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mc 14, 38)



2.   A flagelação de Jesus.

“Então Pilatos mandou prender e flagelar Jesus” (Jo 19, 1)



3.   Jesus é coroado de espinhos.

“Teceram uma coroa de espinhos e puseram-na sobre sua cabeça dizendo: Salve, rei dos judeus.” (Mc 15, 17-18)



4.   Jesus carrega a Cruz para o Monte Calvário.

“Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga.” (Mt 16, 24)



5.   A crucificação, sofrimento e morte de Jesus.

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23, 46)

 


 


d) Mistérios Gloriosos




(Quartas-feiras e domingos)



Os mistérios Gloriosos nos convidam a viver na esperança dos filhos de Deus. Apresentam-nos o grande Mistério da Ressurreição de Jesus e nos convidam a caminhar para ressuscitarmos um dia com Cristo.



1.   A ressurreição de Jesus.

“Não temais! Sei que procureis Jesus crucificado. Não está aqui, porque ressuscitou como havia predito” (Mt 28, 5-6)



2.   A ascensão de Jesus aos Céus.

“E, enquanto os abençoava, foi-se afastando deles, e subindo para o céu.” (Lc 24, 51)



3.   A descida do Espírito Santo.

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas.” (At 2, 4)



4.   A Assunção de Maria Santíssima aos Céus.

“Fez em mim grandes coisas o Todo-Poderoso.” (Lc 1, 49)



5.   Coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra.

“Apareceu um grande sinal no céu, uma mulher vestida de sol, com uma coroa de doze estrelas.” (Ap 12, 1)





12. Ladainha de Nossa Senhora




Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

 

Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,

Espírito Santo, que sois Deus,

Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

 

Santa Maria! Rogai por nós.

Santa Mãe de Deus! Rogai por nós.

Santa Virgem das Virgens! Rogai por nós!

Mãe de Jesus Cristo! Rogai por nós!

Mãe da divina graça! Rogai por nós!

Mãe puríssima! Rogai por nós!

Mãe castíssima! Rogai por nós!

Mãe intacta! Rogai por nós!

Mãe intemerata! Rogai por nós!

Mãe amável! Rogai por nós!

Mãe admirável! Rogai por nós!

Mãe do bom conselho! Rogai por nós!

Mãe do Criador! Rogai por nós!

Mãe do Salvador! Rogai por nós!

Mãe da Igreja! Rogai por nós!

Virgem prudentíssima! Rogai por nós!

Virgem venerável! Rogai por nós!

Virgem louvável! Rogai por nós!

Virgem poderosa! Rogai por nós!

Virgem clemente! Rogai por nós!

Virgem fiel! Rogai por nós!

Espelho de justiça! Rogai por nós!

Sede de sabedoria! Rogai por nós!

Causa da nossa alegria! Rogai por nós!

Vaso espiritual! Rogai por nós!

Vaso honorífico! Rogai por nós!

Vaso insigne de devoção! Rogai por nós!

Rosa mística! Rogai por nós!

Torre de Davi! Rogai por nós!

Torre de marfim! Rogai por nós!

Casa de ouro! Rogai por nós!

Arca da aliança! Rogai por nós!

Porta do Céu! Rogai por nós!

Estrela da manhã! Rogai por nós!

Saúde dos enfermos! Rogai por nós!

Refúgio dos pecadores! Rogai por nós!

Consoladora dos aflitos! Rogai por nós!

Auxílio dos cristãos! Rogai por nós!

Rainha dos anjos! Rogai por nós!

Rainha dos patriarcas! Rogai por nós!

Rainha dos profetas! Rogai por nós!

Rainha dos apóstolos! Rogai por nós!

Rainha dos mártires! Rogai por nós!

Rainha dos confessores! Rogai por nós!

Rainha das virgens! Rogai por nós!

Rainha de todos os santos! Rogai por nós!

Rainha concebida sem pecado original! Rogai por nós!

Rainha assunta ao Céu! Rogai por nós!

Rainha do sacratíssimo Rosário! Rogai por nós!

Rainha da família! Rogai por nós!

Rainha da paz! Rogai por nós!

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo,

perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo,

ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo,

tende piedade de nós.



V: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.



Oremos: Concedei a vossos servos, nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que gozemos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e alcancemos a eterna alegria. Por Cristo nosso Senhor. Amém.



13. Regina coeli




Rainha do Céu, alegrai-vos, aleluia.

pois o Senhor que merecestes trazer em vosso seio, aleluia,

ressuscitou, como disse, aleluia:

rogai a Deus por nós, aleluia.

 

V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, aleluia.

R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.



Oremos. Ó Deus, que na gloriosa ressurreição do vosso Filho, restituístes a alegria ao mundo inteiro, por intercessão da Virgem Maria, concedei-nos gozar a alegria da vida eterna. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

 


14. Angelus




V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.

R. E Ela concebeu do Espírito Santo.

Ave Maria...

 

V. Eis aqui a serva do Senhor.

R. Faça-se em mim segundo a vossa Palavra.

Ave Maria...

 

V. E o Verbo Se fez carne.

R. E habitou entre nós.

Ave Maria...

 

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.



Oremos. Infundi, Senhor, em nossas almas a vossa graça, para que conhecendo pela anunciação do Anjo a Encarnação de Cristo, vosso Filho bem amado, cheguemos por sua Paixão e Cruz, à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



15. Ato de Entrega a Nossa Senhora


 

Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós e em prova da minha devoção para convosco Vos consagro, neste dia, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser; e porque assim sou todo Vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-

me como coisa e propriedade Vossa. Lembrai-Vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa, guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa. Amém.



16. À Vossa proteção (Sub tuum praesidium)



À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.



17. Santo Anjo




Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa, ilumina. Amém.



18. Ato de contrição



Senhor, eu me arrependo sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e meu sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas. Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar. Amém.



19. Ação de graças depois da Missa (Santo Tomás de Aquino)


 

Eu vos dou graças,

ó Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso,

porque, sem mérito algum de minha parte,

mas somente pela condescendência de vossa misericórdia,

vos dignastes saciar-me, a mim pecador,

vosso indigno servo,

com o sagrado Corpo e o precioso Sangue do vosso Filho,

nosso Senhor Jesus Cristo.

E peço que esta santa comunhão

não me seja motivo de castigo,

mas salutar garantia de perdão.

Seja para mim armadura da fé, escudo de boa vontade

e libertação dos meus vícios.

Extinga em mim a concupiscência e os maus desejos,

aumente a caridade e a paciência,

a humildade e a obediência,

e todas as virtudes.

Defenda-me eficazmente contra as ciladas dos inimigos,

tanto visíveis como invisíveis.

Pacifique inteiramente todas as minhas paixões,

unindo-me firmemente a vós, Deus uno e verdadeiro,

feliz consumação de meu destino.

E peço que vos digneis conduzir-me a mim pecador

àquele inefável convívio em que vós

com vosso Filho e o Espírito Santo,

sois para os vossos Santos a luz verdadeira,

a plena saciedade e a eterna alegria,

a ventura completa e a felicidade perfeita.

Por Cristo, nosso Senhor.

Amém.



20. Oração Vocacional




Dom Antônio Celso de Queirós

 

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,

faz ressoar em nossos ouvidos teu forte

e suave convite: “Vem e Segue-me”!

Derrama sobre nós o teu Espírito,

que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho

e generosidade para seguir tua voz.

Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários.

Desperta nossas comunidades para a Missão.

Ensina nossa vida a ser serviço.

Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino

na vida consagrada e religiosa.

Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores.

Sustenta a fidelidade de nossos bispos,

padres, diáconos e ministros.

Dá perseverança a nossos seminaristas.

Desperta o coração de nossos jovens

para o ministério pastoral em tua Igreja.

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,

chama-nos para o serviço de teu povo.

Maria, Mãe da Igreja,

modelo dos servidores do Evangelho,

ajuda-nos a responder SIM. Amém.

 

21. Oração pela Igreja, Pelo Santo Padre o Papa e pela Pátria



Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja. Dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o Papa; sobre o nosso (Arce)bispo [e seu(s) Bispo(s) Auxiliar(es)], sobre o nosso Pároco, sobre todo o clero; sobre o Chefe da Nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade, para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos contínuos da vossa bondade, o Brasil, este (Arce)bispado, a Paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar, ou que se recomendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis, que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.



 

FÓRMULAS DE PROFISSÃO DE FÉ


 

1. Símbolo apostólico




Creio em Deus Pai todo-Poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu a mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos; creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

           

2. Símbolo Niceno-Constantinopolitano




Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.



 

Leitura Orante da Bíblia


 

Um método (caminho) para orar

 

Entro na oração



Pacifico-me, com um momento de silêncio. Respiro, lentamente. Penso no meu encontro com o Senhor.

Coloco-me na Sua presença – Faço o sinal da cruz ou um gesto de profunda reverência: “tu me vês”.



Faço uma oração preparatória: “Meu Senhor e meu Deus, que todos os meus pensamentos, desejos e ações estejam ordenados unicamente ao vosso serviço e louvor”.



Recolho minha imaginação



Situo o assunto que vou considerar no lugar em que os fatos aconteceram, ou no contexto imaginativo da minha preferência.



Peço ao Senhor a graça que desejo alcançar nesta oração.



Esta petição poderá ser repetida, ao longo da oração, sempre que me distrair ou quando quiser retornar ao ponto de partida da oração.



Medito ou contemplo o texto bíblico escolhido



Leio o texto lentamente, versículo por versículo.



Lembro que, atrás de cada palavra, está o Senhor, que me fala hoje.



Uso a memória para recordar, a inteligência para compreender e aplicar à minha vida: a vontade para desejar, pedir, agradecer, amar, adorar.



Não ter pressa. Sentir e saborear internamente. Onde encontrar gosto, inspiração ou consolação, lá pararei até ficar saciado.



Encerro a oração Dialogo com o Senhor, de amigo a amigo, sobre aquilo que meditei ou contemplei. Rezo o Pai Nosso.



Saio suavemente da oração.



Terminada a oração, examino brevemente da minha parte fui fiel?



Se não fui bem na oração, busco as causas e peço perdão... Resumo o fruto ou as principais moções espirituais que tive na oração.



Registro por escrito o que me parecer mais importante.



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SANTO INÁCIO

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

Cardeal Majella

"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

ORE SEM CESSAR

Ore sem cessar!!!

Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.