MILAGRES EUCARÍSTICOS


A misericórdia do SENHOR é muito grande e se manifesta com a intenção primordial de salvar e converter todos os seus filhos. E justamente com este propósito, o CRIADOR providenciou as Manifestações Sobrenaturais, porque quer através delas, oferecer mais uma oportunidade de conversão às pessoas que são frias e que não acreditam em seu Amor e na sua Divina Amizade.
São conhecidas mais de cinco dezenas de Milagres Eucarísticos acontecidos em diversos países, desde o século VIII até nossos dias. Cada acontecimento é bem diferente um do outro, e cada história é a mais bonita e a mais fascinante. Isto porque, tudo o que se relaciona com a Santa Eucaristia indubitavelmente tem um valor incomensurável. Por essa razão, como o nosso espaço é pequeno, vamos realçar apenas algumas, para sedimentar em todos os corações a certeza da seriedade do assunto, da beleza do conteúdo e, sobretudo, da realidade que é a Sagrada Comunhão. A Eucaristía é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do próprio DEUS, Vivo e Verdadeiro, que permanece junto de nós, disponível em todos os sacrários do mundo, propiciando felicidade e bem-estar nesta vida e ensejando a todos os seus filhos, um cantinho na eternidade, no seu magnífico Reino de Amor.


"LANCIANO, Itália, ano 700"
Lanciano é uma pequena cidade medieval, banhada pelo Mar ; Código de registro (se houver) ; Link de registro aberto em novo frame? ; Nome de nova janela para o link de registro ; resolução (1-8) ; Imagem 1 a ser carregada ; Imagem 2 a ser carregada ; Imagem 3 a ser carregada ; Imagem 4 a ser carregada ; Imagem 5 a ser carregada ; Link 1 ; Link 2 ; Link 3 ; Link 4 ; Link 5 ; msg na barra de status na imagem 1 ; msg na barra de status na imagem 2 ; msg na barra de status na imagem 3 ; msg na barra de status na imagem 4 ; msg na barra de status na imagem 5 ; Efeito ao virar img 1 (0 .. 7) ; Efeito ao virar img 2 (0 .. 7) ; Efeito ao virar img 3 (0 .. 7) ; Efeito ao virar img 4 (0 .. 7) ; Efeito ao virar img 5 (0 .. 7) ; Velocidade do "fade" (1-255) ; pausa (valor = milisegundos). ; Altura extra (larg.applet - larg.img) ; Curva ao virar (1 .. 10) ; Sombreamento (0 .. 4) ; Vermelho no segundo plano (0 .. 255) ; Verde no segundo plano (0 .. 255) ; Azul no segundo plano (0 .. 255) ; Imagem opcional sobre o applet ; Posição X da imagem sobreposta ; Posição Y da imagem sobreposta ; Período de alojamento na memória ; Prioridade de tarefa (1..10) ; Milisegundos/frame mínimos p/ sinc Infelizmente seu browser não suporta Java. ; Mensagem para browsers sem recurso Java Adriático, na Itália, entre as cidades de San Giovanni Rotondo e Loreto.
Antigamente a denominavam de “Anxanum”. A mudança de nome foi com a finalidade de perpetuar uma homenagem à Longino, que segundo a Tradição nasceu lá e foi o Centurião romano que cravou a sua lança no flanco direito de JESUS Crucificado, alcançando o Coração do Redentor, para ver se ELE ainda estava vivo, conforme descreve São João em seu Evangelho (Jo 19,34).
Na sequência dos acontecimentos, a sua vida começou a se transformar, despertando o seu espírito e o conduzindo pelo caminho da conversão. DEUS perdoou o seu abominável sacrilégio e ele, ao longo da existência, procurou exercitar intensamente a sua amizade e seu amor ao SENHOR JESUS, de maneira honesta e corajosa. A Igreja reconheceu a sua notável transformação espiritual que santificou a sua alma e o colocou entre os Santos do SENHOR. É conhecido como São Longino e sua imagem está no Vaticano, no Santo Sepulcro em Jerusalém e em diversos outros altares do mundo. Sua Festa é comemorada no dia 15 de Março.
Na época em que aconteceu o Milagre que vamos focalizar, a Igreja de Lanciano estava entregue a proteção dos Santos Legonciano e Domiciano, e era administrada pelos Monges Basilianos do Rito Grego Ortodoxo.
Um Monge da Ordem de São Basílio (Basiliano), sábio nas coisas do mundo, mas contudo, vacilava nas coisas da fé. Atravessava um terrível período de perturbação espiritual e de tal ordem, que o levava a duvidar da presença Real de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO na Hóstia e no Vinho Consagrados. Todavia, ele lutava contra aquela abominável tentação e rezava, suplicando ao CRIADOR que iluminasse o seu espírito e o livrasse daquela dúvida cruel e do medo que envolvia a sua consciência, que o fazia imaginar estar perdendo a sua vocação sacerdotal e sua fé. Mas ele era um homem fraco, não conseguia dominar a sua vontade, à medida que passavam os dias, aquele drama interior aumentava de intensidade e afetava a sua disposição, roubando-lhe até o prazer de viver.
Por outro lado, a situação do mundo naquela época não lhe favorecia em nada, para ajudá-lo a fortalecer sua fé. Havia muitas heresias disseminadas em todas as partes, as quais eram acolhidas por leigos e pessoas da Igreja. Diversos Bispos e alguns Sacerdotes aceitavam aquelas doutrinas sem uma maior e mais profunda reflexão. Então imperava uma terrível confusão de idéias, que deixavam dúvidas nas mentes dos fieis e religiosos, resultando um grande mal-estar e incompreensões no seio da Igreja.
Certa manhã, como habitualmente fazia, estava celebrando a Santa Missa, quando foi acometido por uma incontrolável onda de dúvidas. Envergonhado consigo mesmo, com um olhar de piedade, contemplou a Hóstia e o Vinho que estavam a sua frente e que ele começara a rezar a Consagração. De súbito, suas mãos tremeram e seu corpo foi envolvido por uma vigorosa e profunda emoção. Permaneceu imóvel, em silêncio, de costas para o povo (como as Missas eram celebradas antigamente). Depois de alguns minutos, voltando-se para os fieis que não sabiam o que acontecia e aguardavam com expectativa e ansiedade, falou:
“Ó testemunhas afortunadas, a quem o Santíssimo DEUS, para destruir a minha falta de fé, quis revelar-SE a SI Mesmo neste Bendito Sacramento e fazer-SE visível diante de nossos olhos. Venham irmãos, venham todos e maravilhem-se com o nosso DEUS tão próximo de nós. Venham contemplar a Carne e o Sangue de nosso Amado CRISTO”.
A Hóstia tinha se transformado em Carne e o Vinho convertido em Sangue do SENHOR.
As pessoas presenciando o Milagre ficaram emocionadas e surpresas, repletas de alegria pela infinita bondade Divina em lhes proporcionar tão extraordinária manifestação. Por isso, clamavam perdão e misericórdia para as suas vidas, declarando-se indignas de presenciarem tão grandioso e comovente Milagre.
Com o avançar das horas, quando retornaram às suas casas, divulgaram a auspiciosa notícia por onde passavam. Em pouco tempo, toda a cidade ficou sabendo da notável manifestação sobrenatural e afluíram à Igreja, centenas e milhares de pessoas, que superlotaram todas as dependências do templo cristão, porque todos estavam ávidos de verem o Corpo e o Sangue de JESUS.
O Milagre ocorreu no ano 700 de nossa era e causou um efeito admirável, porque atuou preponderantemente sobre a crença daquele Sacerdote Basiliano convertendo o seu coração e de muitas pessoas frias e indiferentes, que não acreditavam na Sagrada Eucaristia, na presença Real de JESUS, com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, na Hóstia e no Vinho Consagrados.
É importante destacar que desde a data do acontecimento, a Igreja acolheu o Milagre como “um verdadeiro Sinal do Céu” e venerou o Corpo e o Sangue do SENHOR nas procissões que anualmente são realizadas no dia da Festa, ultimo domingo do mês de Outubro.
Inicialmente o Milagre foi conservado num artístico relicário de marfim. Posteriormente foi colocado num magnífico Ostensório de ouro.
O Sangue do SENHOR no momento do Milagre, coagulou em cinco porções, como se fossem cinco pelotas. Elas guardam uma incrível propriedade: cada bola de sangue coagulado tem o mesmo peso que as outras quatro juntas.
O Sangue adquiriu uma cor marrom-sépia. A Carne ficou com uma cor grená-escuro. Entretanto, quando se coloca uma lâmpada por trás, ela adquire uma cor rosada.
A Igreja de Lanciano permaneceu sob a custódia dos Monges de São Basílio até 1176, quando assumiram os Padres Beneditinos e permaneceram até 1252. A seguir vieram os Franciscanos e tiveram que fazer muitas obras, porque a estrutura do templo estava comprometida.
Em 1258, os Franciscanos construíram uma nova Igreja, no local da antiga, e a colocaram sob a proteção de São Francisco.
Em 1515 o Papa Leão X implantou em Lanciano uma sede episcopal e em 1562, o Papa Pio IV emitiu uma Bula elevando a condição de sede Arcepiscopal.
Em 1887 o Arcebispo de Lanciano, Monsenhor Petrarca, obteve do Papa Leão XIII, indulgência plenária perpétua para quem visitasse o Milagre Eucarístico no período da Festa, último domingo de Outubro e nos seguintes oito dias da oitava, em cujo período transcorre as celebrações em honra do Sangue e do Corpo do SENHOR.
Em 1566, com a ameaça de invasão pelos turcos, Frei Giovanni Antônio de Mastro Renzo que era o pároco, e seus companheiros, construíram uma Capela especial e bem protegida, a Capela Valsecca, onde o Milagre de JESUS Eucarístico foi abrigado com segurança. Ali permaneceu até o ano 1902, quando construíram um magnífico Altar com dois Tabernáculos: no superior, colocaram o Ostensório Especial com o Milagre e no inferior, está o Sacrário com as Hóstias Consagradas nas Santas Missas, para serem consumidas pelos fieis. Pela parte de trás do Altar, tem uma pequena escada de acesso, por onde as pessoas podem subir e admirar bem de perto o Ostensório com o extraordinário Milagre.
A emoção da visita é sempre grande e proporciona manifestações espontâneas que atestam à admiração e a comoção das pessoas, diante do próprio DEUS.
Ao longo dos séculos, muitas pesquisas foram feitas com a Carne e o Sangue do Milagre Eucarístico. As investigações modernas foram concluídas em 1970 e atestaram:
1 – A Carne é verdadeira carne humana.
2 – A Carne é um pedaço do tecido muscular do coração (miocárdio).
3 – O Sangue também é humano.
4 – A Carne e o Sangue têm o mesmo tipo sanguíneo:“AB”.
5 – No Sangue encontram-se proteínas na mesma proporção que se encontra num sangue humano vivo.
6 – No Sangue também se encontram sais minerais em proporções idênticas as encontradas num ser humano normal: dosagem do cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
7 – A preservação da Carne e do Sangue durante 12 séculos, sem a ajuda de qualquer conservante ou ingrediente químico, é perfeita e admirável.


“SANTARÉM, Portugal, ano 1247”
Entre os anos 1225 e 1247, havia uma mulher em Santarém que se sentia muito infeliz, porque o seu marido lhe era infiel. Querendo salvar o seu casamento, ouviu a sugestão de pessoas amigas e procurou a orientação e o serviço de uma feiticeira.
A bruxa logo lhe prometeu sucesso, dizendo que ia mudar a conduta de seu marido, isto se ela seguisse as suas recomendações. Pediu que a mulher levasse uma Hóstia Consagrada. Diante do espanto da mulher, a feiticeira lhe instruiu dizendo que fingisse uma enfermidade e comunicasse a sua doença a Igreja, assim ela seria autorizada a receber a Comunhão durante a semana e teria a oportunidade de levar a Hóstia Consagrada para ela fazer o trabalho.
A mulher ficou aterrorizada, porque sabia que aquele pedido era um sacrilégio. Por isso, permaneceu em silêncio, não disse nada. Saiu da presença da bruxa e por longo tempo não voltou, ficou pensando naquele pedido estranho e tentava solucionar a dúvida que afligia o seu coração.
Por fim, imaginando a possibilidade de converter o marido e alcançar a sonhada felicidade que buscava para a sua vida matrimonial, decidiu e inventou uma grande mentira. Contou ao sacerdote que estava muito doente e precisava receber JESUS no Santíssimo Sacramento. O pároco concedeu a licença e ela foi receber a Sagrada Comunhão na Igreja de São Esteves.
No momento da Comunhão, ela estava visivelmente emocionada e com um imenso drama de consciência. Ao receber JESUS Sacramentado na língua, não consumiu a Hóstia. Guardou-a e deixou a Igreja imediatamente, seguindo em direção a casa da feiticeira. Contudo a Partícula Sagrada começou a sangrar. Várias pessoas que passavam por ela na rua, notaram manchas de sangue em sua roupa e pensaram que ela estivesse com algum problema de saúde, talvez com uma hemorragia... Diante do acontecido, o medo tomou conta de seu coração. Decidiu não continuar com o projeto. Levou a Hóstia Consagrada para casa, envolveu-a num lenço bem limpo e completou a proteção com um tecido de linho branco. Depois, a colocou num baú que possuía no quarto de casal.
Todavia, durante a noite ela e o marido foram acordados por uma radiação clara e brilhante que vinha do baú e iluminava inteiramente o quarto. Espantados e comovidos, viram dois Anjos abrirem o baú e libertaram NOSSO SENHOR EUCARÍSTICO daquela prisão. Sem palavras e admirados com aquele fato, viram o baú aberto, o tecido de linho arrumado e a pequena Hóstia branca bem no meio do lenço aberto. E diante daquela realidade, chorando e arrependida pelo pecado cometido, a esposa contou ao marido a verdade sobre o acontecido. Ambos chorando e emocionados passaram a noite de joelhos rezando diante NOSSO SENHOR EUCARÍSTICO, suplicando perdão por aquele terrível desatino. E assim então permaneceram em estado de vigília e de adoração.
Quando amanheceu, apareceram na residência do casal diversas pessoas. Elas foram atraídas por lampejos e brilhos como se fossem pequenos relâmpagos, que saíam do telhado da casa. Repletas de curiosidade foram até o local para saber o que estava acontecendo. Foi então que conheceram o fato, narrado pela voz emocionada do casal e assim, testemunharam o notável milagre.
Um padre foi convidado a comparecer e levou a Hóstia Consagrada em procissão para a Igreja. Por ordem superior, a Partícula foi colocada num recipiente e lacrada com cera de abelha.
Dezenove anos depois aconteceu outro milagre. Um outro sacerdote abrindo o Tabernáculo notou que o recipiente cristalino que guardava aquela Hóstia, que foi lacrado com cera de abelha, estava com o lacre quebrado e a Partícula Sagrada tinha se transformado em Sangue do SENHOR, que estava visível dentro do recipiente cristalino fechado.
As autoridades eclesiásticas em respeito, objetivando homenagear a Manifestação Divina, encomendaram um precioso Relicário onde colocaram o Milagre, que se mantém na Igreja do Santo Milagre, a visitação e veneração dos fieis.
Desde aquela época até hoje, todos os anos, no segundo domingo do mês de Abril, o Relicário em procissão, percorre as ruas de Santarém, até a casa onde morava aquela mulher. Na mencionada casa, transformada em Capela Diocesana, construíram um bonito e respeitoso Altar.


“SEEFELD, Áustria, ano 1384”
Na diocese de Innsbruck, entre as montanhas arborizadas da província do Tyrol, na aldeia de Seefeld, Áustria, a Paróquia de São Oswaldo deve sua popularidade a um milagre que aconteceu na quinta-feira Santa do ano 1384.
Naquela época o senhor Knight Milser era o guardião do Castelo de Schlossberg, localizado ao norte do lugarejo. O castelo foi estrategicamente construído para proteger uma importante estrada de acesso e servir como fortaleza, para defender os moradores da localidade. O senhor Knight sempre se mostrou orgulhoso da posição que ocupava e de sua autoridade. Por isso mesmo, estava sempre em evidência, nas colunas sociais e nos albergues de maior frequência. Todos os fatos que aconteciam com ele ou com pessoas aparentadas, ou de sua relação de amizade, forçosamente eram publicados no jornal da comunidade: A Crônica Dourada de Hohenschwangau.
Certa manhã, ele foi com alguns de seus seguidores a Igreja Paroquial. Cercou o Padre e a congregação com homens bem armados. Por sua autoridade, exigiu do sacerdote que ia celebrar a Santa Missa, comungar com a Hóstia grande, aquela utilizada pelo Padre na cerimônia. Segundo ele, a Hóstia pequena tinha pouco valor. O Padre sentindo-se pressionado ficou apreensivo, porque recusar um pedido ao senhor Knight poderia significar a morte.
No momento da Comunhão, o profanador com a espada puxada e a cabeça coberta, estacionou à esquerda do altar e ali permaneceu. O Padre vendo aquela ameaça lhe deu a Hóstia Grande Consagrada.
No mesmo momento em que o senhor Knight a colocou na boca, impressionantemente o solo se abriu embaixo de seus pés, fazendo com que ele se afundasse até os joelhos. Assustado e com uma palidez mortal, quis sair dali; segurou no Altar com decisão, com ambas as mãos como se segurasse numa taboa de salvação, e tanto esforço fez que suas impressões digitais ficaram gravadas na mesa do Altar e podem ainda hoje serem vistas. Mesmo assim, não conseguiu sair daquele lugar.
Cheio de terror, implorou ao Padre para remover a Hóstia Consagrada que estava em sua boca, porque ele também não a conseguia engolir, ela estava lhe sufocando. O sacerdote se aproximou e assim que retirou a Sagrada Espécie, o chão ficou firme novamente. A Hóstia retirada da boca do senhor Knight estava totalmente vermelha, impregnada com o Sangue de JESUS.
O profanador aflito, logo que conseguiu sair daquela posição incômoda, apressou-se em chegar ao Mosteiro de Stams, onde chamou um sacerdote e arrependido, confessou os seus muitos pecados.
A partir daquele dia, mudou o seu comportamento e o seu proceder, vivendo uma existência santa, dedicada as orações, aos exercícios de penitência e também, ajudando aos mais necessitados da comunidade.
Morreu dois anos após e conforme o seu desejo, foi enterrado numa área próxima a capela do Santíssimo Sacramento do Mosteiro. O manto aveludado que usava durante a Santa Missa naquela quinta-feira Santa que ocorreu o Milagre, mandou cortar e fazer uma casula sacerdotal, a qual doou ao Mosteiro de Stams. A Hóstia do Milagre foi guardada num Cibório por determinação da autoridade eclesiástica, até a confecção de um belíssimo Relicário de Prata em estilo gótico, muito bonito, também encomendado pelo convertido.
A relíquia sagrada é preservada até hoje na Igreja de São Oswaldo e está disponível a visitação pública.
Na cena do milagre ainda é mantido o buraco no piso, onde o senhor Knight afundou até os joelhos. Por motivo de segurança, o buraco foi coberto com um grelha de ferro para evitar que alguém distraidamente caísse nele. Entretanto a grelha pode ser removida e assim, as pessoas que desejarem, podem examinar minuciosamente o interior do buraco.
O Altar de pedra, onde aconteceu o Milagre, está localizado na sua posição original. Ficou um pouco distante do Altar Novo que é mais alto e foi construído quando a Igreja foi aumentada. O Altar Novo está mais alto propositalmente, a fim de ficar separado do Altar do Milagre.
Tudo foi organizado de forma que uma diferença na altura da laje dos dois altares e uma distância de alguns metros que os separam, permite uma visão clara do Altar do Milagre. Nele ainda se pode ver, as impressões digitais das mãos do senhor Knight cujos dedos afundaram na pedra na hora do acontecimento sobrenatural.
Não se sabe quando a Igreja de São Oswaldo foi construída, mas a ocorrência é mencionada numa crônica de 1320. A igreja atual teve sua construção concluída em 1472.
Em 1984 a Igreja de São Oswaldo festejou 600 anos de aniversário do Milagre Eucarístico.


“HASSELT, Bélgica, ano 1317"
Em 1317, um Padre de Viversel que ajudava na cidade de Lummen, foi solicitado a levar o Santo Viático (Sagrada Comunhão ministrada aos doentes e idosos) a um homem da aldeia que estava enfermo. Levando um Cibório com uma Hóstia Consagrada, o padre entrou na casa e colocou o utensílio sagrado encima de uma mesa na Sala, enquanto foi conversar com a família e o doente, no quarto.
Outro homem que estava em pecado mortal, provavelmente algum parente da família, passando pela Sala e vendo o Cibório ficou cheio de curiosidade, removeu a tampa de cobertura e segurou na Hóstia Consagrada. Imediatamente a Hóstia começou a sangrar. Assustado, jogou-a dentro do Utensílio Sagrado e saiu apressado. Quando o padre veio pegar o Cibório para ministrar a Comunhão ao enfermo, o encontrou aberto! Surpreso, observou também que a Hóstia estava com manchas de sangue. Então ficou indeciso sobre o que devia fazer... Entretanto logo a seguir, decidiu procurar o senhor Bispo e levou o fato ao seu conhecimento. O pastor percebeu que se tratava de uma Manifestação Eucarística Sobrenatural e por essa razão, o aconselhou a levar a Hóstia Milagrosa a um Sacrário na Igreja das freiras Cisterciense em Herkenrode, aproximadamente 50 quilômetros de distancia do local onde estavam.
O mencionado Convento que está perto de Liege, na Bélgica, foi fundado no século XII e pertence às freiras Cistercienses. Por causa da reputação venerável e repleta de santidade da comunidade religiosa, o senhor Bispo escolheu aquele local, porque estava convencido de que lá seria o lugar mais adequado para acolher a Hóstia Milagrosa.
O sacerdote viajou para o Convento das Irmãs e assim que chegou, descreveu o acontecido. A seguir, acompanhado das Irmãs e em procissão entraram na Igreja e aproximaram-se do altar. Quando abriu o Sacrário para colocar o Cibório com a Hóstia Milagrosa, teve uma visão de CRISTO com a coroa de espinhos, que também foi visto pelas pessoas presentes. NOSSO SENHOR parecia dar um sinal especial de que a vontade DELE era permanecer ali. Por causa desta visão e da presença da Hóstia Milagrosa, Herkenrode tornou-se um dos lugares mais famosos de peregrinação na Bélgica.
A Sagrada Hóstia permaneceu na Igreja em Herkenrode até 1796, época da Revolução francesa, quando as freiras foram expulsas do Convento. Naquele tempo terrível a Hóstia foi confiada aos cuidados de diferentes famílias. Conta-se que foi até acomodada numa caixa metálica comum e embutida na parede da cozinha de uma casa.
Em 1804, a Hóstia foi removida do esconderijo e levada em solene procissão para a Catedral de São Quintino em Hasselt. O mencionado Templo possui uma bela arquitetura gótica e foi construído no século XIV. Em suas paredes contém pinturas impressionantes dos séculos XVI e XVII que recordam os eventos da história do Milagre. Mas muito mais importante que a construção e a beleza da Catedral de Hasselt, é o Relicário com a Hóstia Sagrada do notável Milagre Eucarístico ocorrido em 1317 que ela abriga, em esplêndida condição de conservação, sem a utilização de qualquer ingrediente químico. O Relicário foi colocado num Altar especial, que está permanentemente aberto a veneração dos fieis.


“DAROCA, Espanha, ano 1239”
Na cidade de Daroca, localizada no nordeste da Espanha, os habitantes se orgulham de seu passado histórico e de sua importância durante os tempos romanos. É protegida por muros altos em todos os lados e possui mais de cem torres para vigilância e observação. Está a 75 quilômetros de Zaragoza e foi escolhida pelo SENHOR para uma notável Manifestação Sobrenatural Eucarística.
O passado da cidade ainda parece vivo mostrando muros e castelos medievais, torres, praças e ruas conforme o traçado romano daquela época. Nas igrejas e museus pode ser encontrada a inestimável arte romana e dos mouros, observando-se também a predominância do estilo gótico e a influência do Renascimento.
Todavia, embora tenha toda esta riqueza histórica, o maior tesouro de Daroca é a relíquia dos "Sagrados Corporais", que data de 1239, quando aconteceu o milagre. Por aquele ano, quando a cidade de Valencia estava sob o reinado do Rei católico Dom Jaime, o rei sarraceno Zaen Moro decidiu tomar a cidade com as tropas que haviam chegado do norte da África. O rei católico vendo as intenções do sarraceno, e sabendo que a força militar espanhola era menor, ordenou oferecer uma Santa Missa ao ar livre, e encorajou os soldados e oficiais, a receberem a Sagrada Eucaristia. O Rei Jaime assegurou aos militares que se eles fossem fortalecidos espiritualmente com o Corpo do SENHOR, poderiam lutar sem medo porque receberiam a proteção e a ajuda Divina.
Assim que terminou a Consagração, os Sarracenos fizeram um ataque de surpresa. O sacerdote que celebrava a Santa Missa ficou confuso e aterrorizado com o estrondo dos canhões, dos tiros, gritos e toda a confusão que se formou. Por isso, ao invés de consumir as seis Hóstia que foram Consagradas, as colocou por segurança entre dois Corporais. Rapidamente dobrou os Corporais e desceu do altar improvisado, colocando os Corporais com as Hóstias, debaixo de uma pedra a uma pequena distância.
Num intervalo da batalha, quando os sarracenos se retiraram para agrupar as suas forças, os soldados católicos se ajoelharam diante do altar para dar graças a DEUS por aquela primeira vitória alcançada. Os comandantes solicitaram ao padre Mateo Martínez que lhes ministrasse a Sagrada Comunhão, como testemunho de agradecimento e ação de graças a DEUS, por aquela primeira vitória alcançada. Sem perca de tempo, o padre encontrou os Corporais e abriu para verificar se estava tudo bem com as Hóstias Consagradas. Ficou perplexo com o que viu! As seis Hóstias tinham desaparecido e em seu lugar ficaram seis manchas do precioso sangue do SENHOR. Tinha acontecido uma notável Manifestação Milagrosa. Apressado, o sacerdote subiu ao altar improvisado e mostrou aos militares o Corporal com as manchas do Sangue de JESUS, para reverência e veneração de todos.
Eles rezaram e acolheram aquele Milagre como um esplendido sinal de DEUS, que lhes dava forças para expulsar os hereges sarracenos. Voltaram ao campo de batalha contra os Mouros e recapturaram o Castelo de Chio, fazendo com que eles fugissem dalí.
O mérito desta batalha triunfal foi concedido integralmente ao Milagre Eucarístico, realizado pelo SENHOR.
A notícia do milagre circulou ligeira e inclusive despertou ciúmes nos habitantes das cidades vizinhas. Como a celebração da Santa Missa foi realizada no campo, bem distante da cidade de Valência, as três cidades: Teruel, Calatayud e Daroca, reivindicaram que o milagre havia acontecido dentro de suas jurisdições territoriais. Todas as três queriam ficar com a custódia dos Santos Corporais. O assunto foi debatido durante muito tempo e depois de muitas palavras, decidiram que a disputa seria resolvida através de sorteio. Embora fosse um critério incomum, foi o escolhido de comum acordo entre as partes. Através da sorte seria indicada a cidade que ficaria na posse dos Panos Sagrados. Concordaram ainda, que os Corporais, devidamente acondicionados e protegidos, seriam colocados sobre uma mula (era um transporte normal naquela época) e o animal deveria escolher qual a direção e o caminho a seguir. E assim foi feito! A mula depois de vaguear e fazer duas pequenas voltas encaminhou-se para o portão da cidade de Daroca. Então Daroca foi a cidade escolhida.
Os habitantes felizes com o desfecho providenciaram a construção de uma Igreja, para ser a depositária dos preciosos "Panos Sagrados". Num altar especial colocaram os dois Corporais dentro de molduras com vidros protetores, a fim de que os fieis pudessem apreciar e venerar com segurança, as seis manchas com o Sagrado Sangue do SENHOR. Atualmente a Igreja em Daroca onde estão os "Corporais Sagrados" é denominada, Igreja de Santa Maria Colegiada, ou simplesmente “A Colegiada”. Nas paredes foram pintadas cenas admiráveis do milagre, e junto ao altar, existem muitas imagens e estátuas feitas de alabastro, multicoloridas, no estilo medieval.


“FAVERNEY, França, ano 1600”
O Milagre Eucarístico que aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração sobrenatural de superação da lei da gravidade.
Faverney está localizado a 20 quilômetros de Vesoul, no Departamento de Haute Saône, Região Administrativa de "Franche-Comtè", distante 68,7 quilômetros de Besançon.
A Abadia onde se encontra a Igreja em que aconteceu o milagre foi fundada por São Gude no século VIII e pertencia a Ordem eclesiástica de São Benedito. O Templo foi colocado sob a proteção de Nossa Senhora de La Blanche, representada por uma pequena imagem colocada à direita do Altar Principal, na Capela do Coro. Desde a sua fundação, a Abadia estava entregue as freiras, mas a partir de 1132, os monges as substituíram.
No inicio de 1600 a vida religiosa do povo não era tão fervorosa o quanto deveria ser. O difícil aparecimento de vocações revelava a falta de estímulo espiritual da comunidade leiga. Por outro lado, viviam na Abadia somente seis monges e dois noviços. Eles eram os responsáveis para manter a fé das pessoas, debilitada pela terrível influência protestante. Com este objetivo, os monges procuravam sempre, realizar todas as cerimônias tradicionais constantes do calendário litúrgico, revestidas com a maior solenidade, objetivando despertar o fervor espiritual da população. Também cultivavam com interesse e frequência, a reza da Via Sacra, a reza do Terço ou Rosário e a adoração do Santíssimo Sacramento.
Para a celebração da Festa de Pentecostes em 1608, montaram um magnífico Altar de madeira próximo ao Portão de entrada do Coro, todo ele adornado com belíssimas flores. E de fato, a cerimônia religiosa realizada no domingo de Pentecostes foi bonita e participada por um grande número de fieis, que lotavam o templo. Ao anoitecer, os Monges fecharam as portas da Igreja e foram repousar, deixando duas lâmpadas com óleo para iluminar o Santíssimo Sacramento num Ostensório, que permaneceu exposto sobre o Altar.
No dia seguinte, segunda-feira 26 de Maio, quando o sacristão Don Garnier abriu as portas da Igreja, observou que havia muita fumaça e chamas em quantidade, que subiam por todos os lados do Altar. Apressou-se em avisar os Monges, que imediatamente se uniram aos leigos e com todo empenho procuraram salvar a Igreja, porque as chamas violentamente devoravam o Altar e ameaçavam se espalhar e consumir todo o templo. Um dos noviços chamado Hudelot, foi o primeiro a notar que o Ostensório com o Santíssimo Sacramento, elevou-se do Altar e ficou suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Estava acontecendo um notável milagre! As pessoas que estavam na Igreja ajudando a apagar o incêndio ao verem aquele fenômeno ficaram impressionadas e a notícia se espalhou depressa. Os habitantes do lugarejo, pessoas que residiam nas proximidades, gente de todas as idades vieram ligeiro a Igreja para ver o que estava acontecendo. Os Frades Capuchinhos de Vesoul ao tomarem conhecimento do fato, também se apressaram em vir observar e testemunhar o fenômeno que se mantinha. Mesmo tendo conseguido debelar e apagar o incêndio, o Milagre não cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço. As pessoas que chegavam, ajoelhavam em demonstração de respeito, de temor e em sinal de adoração, diante do Ostensório suspenso no ar. Também diversos céticos que souberam da notícia chegaram mudos, sem palavras e sem argumentos e se aproximaram para constatar aquele notável milagre que acontecia.
Ao longo do dia e durante a noite os Monges não estabeleceram nenhuma restrição, e os curiosos puderam livremente visitar a Igreja e presenciar o fenômeno, que continuava do mesmo modo.
Na manhã de terça-feira, dia 27 de Maio, o Milagre permanecia. Vieram padres dos bairros circunvizinhos e de outras cidades e se organizaram para celebrar a Santa Missa em horários seguidos, enquanto o Ostensório se mantinha suspenso no ar. Na Santa Missa das 10 horas da manhã que foi celebrada pelo Padre Nicolas Aubry, Pároco de Menoux, no momento da Consagração as pessoas presenciaram que o Ostensório mudou a sua posição e desceu suavemente sobre aquele Altar improvisado, onde estava sendo celebrada a Santa Missa. NOSSO SENHOR determinava naquele momento o final do admirável Milagre Eucarístico, no qual a Sagrada Hóstia permaneceu dentro do Ostensório suspenso no ar durante 33 horas.
No dia 31 de Maio, uma investigação foi ordenada por Sua Excelência o senhor Arcebispo Ferdinand de Rye. Foram recolhidos cinquenta e quatro testemunhos de monges, padres, autoridades, homens e mulheres do povo. Em 30 de Julho de 1608, depois de estudar os testemunhos e o material colecionado durante a investigação, o senhor Arcebispo decidiu afirmar que havia acontecido de fato, um notável Milagre Eucarístico.
Examinando alguns detalhes da ocorrência, observamos:
O Altar era de madeira e foi quase que completamente reduzido a cinzas, com exceção dos pés. Também queimou totalmente a toalha de linho e o Corporal que estavam sobre a Mesa de Celebrações, assim como um dos lustres que decorava o Altar. Ele foi encontrado derretido pelo calor do fogo. Todavia o Ostensório que abrigava JESUS Sacramentado estava perfeito, misteriosamente preservado de qualquer dano. As duas Hóstias Consagradas que se encontravam dentro dele, permaneceram intactas. Também foram poupados e permaneceram sem nenhum dano quatro preciosidades que estavam dentro de um tubo cristalino preso ao Ostensório:
1 - uma relíquia de Santa Agatha;
2 - um pequeno pedaço de seda que protegia a relíquia;
3 - uma proclamação de indulgências pelo Santo Padre, o Papa;
4 - uma carta episcopal em que a cera do selo derreteu e correu sobre o pergaminho, sem, contudo alterar o texto.
54 pessoas testemunharam sobre o acontecimento sobrenatural, inclusive padres de outras Ordens Religiosas. Eles fizeram declarações sob juramento e assinaram um documento que ainda é conservado.
Como a Igreja possuía piso de madeira, eles disseram que a suspensão do Ostensório não foi afetada pelas vibrações das pessoas se movimentando ao redor para melhor observar o milagre, nem das pessoas que entravam e saiam do templo, assim como da atividade dos monges empenhados na imediata remoção do material queimado pelo fogo e da montagem de um altar provisório. Posteriormente uma pedra de mármore foi colocada ali para marcar o local do milagre. Nela estão cinzeladas as palavras "Lieu du Miracle" - "Lugar do Milagre".
Em dezembro de 1608, uma das duas Hóstias que estavam no Ostensório da suspensão milagrosa foi transferida solenemente para a cidade de Dole, que era a capital do município.
Durante a Revolução Francesa infelizmente o Ostensório do Milagre foi destruído, mas a Hóstia Consagrada foi preservada de qualquer dano por membros do conselho municipal de Faverney que a manteve escondida até passar o perigo. Depois, mandaram confeccionar outro magnífico Ostensório onde colocaram a mesma Sagrada Hóstia do Milagre. A Santa Partícula encontra-se em perfeito estado de conservação e disponível à veneração dos fieis na Igreja de Nossa Senhora de La Blanche.


“REGENSBURG, Alemanha, ano 1257”
Durante muitos anos havia em Regensburg (antigamente chamado Ratisbon) uma Capela entregue a proteção de São Salvador que tem uma história muito interessante relacionada com o Santíssimo Sacramento.
No dia 25 de Março de 1255, uma quinta-feira Santa, padre Dompfarrer von Ulrich Dornberg levou o Santíssimo Sacramento para diversos membros de sua paróquia que estavam doentes. Na trajetória tinha que atravessar um pequeno córrego chamado Bachgasse. Cuidadosamente colocou o pé numa prancha estreita de madeira que servia como ponte, para passar de um lado para o outro, mas deslizou e perdeu o equilíbrio, caindo de suas mãos o Cibório com as Hóstias Consagradas que se espalharam na margem do córrego. Foi com muita dificuldade que conseguiu recolher as Partículas Sagradas uma a uma, por causa da lama.
Os paroquianos quando souberam do acontecido, decidiram em sinal de reparação pelo desrespeito ao Santíssimo Sacramento, construir uma Capela no local onde as Hóstias Consagradas ficaram sujas de lama, ainda que o incidente não tenha sido intencional.
A construção de uma capela de madeira foi começada no mesmo dia e concluída três dias depois, ou seja, em 28 de março. O Bispo Albert de Regensburg denominou à pequena estrutura de madeira de Capela de São Salvador e a consagrou no dia 8 de setembro de 1255.
O famoso milagre que colocou Regensburg na História da Igreja aconteceu dois anos depois, exatamente nesta mesma Capela entregue a proteção de São Salvador.
Um padre cujo nome não é conhecido celebrava a Santa Missa na Capela, em todos os fins de semana, aos sábados e domingos.
Todavia ele tinha um sério problema íntimo, pois duvidava da Presença Real de JESUS na Sagrada Eucaristia. Havia ocasiões em que a crise da falta de fé aumentava tanto, que ele ficava desnorteado, sem rumo certo, celebrando a Santa Missa como se fosse um autômato, sem fé, sem esperança e sem estímulo.
Certo dia entrou na Capela para a celebração e se sentia meio fora do normal. Existia uma angústia em seu coração que colocava um sorriso sarcástico em seus lábios e acendia a desconfiança em seu espírito. E assim, sem nenhuma motivação iniciou a celebração da Santa Missa.
Diante do Altar tinha um Crucifixo grande onde JESUS Crucificado parecia estar vivo. Quando o sacerdote começou a Consagração, NOSSO SENHOR da Cruz estendeu a mão e retirou o Cálice das mãos dele! Com o susto do inesperado ele tremeu e recuou um passo, permanecendo estático e assustado, contemplando atentamente o SENHOR com o Cálice na mão. Uma força estranha percorreu todo o seu corpo, produzindo tremor e fraqueza nas pernas, fazendo com que ele se prostrasse com os joelhos no chão em sinal de profundo arrependimento, ao mesmo tempo em que as lágrimas desceram de seus olhos. Compreendeu a grandeza do pecado que cometeu e que, portanto, se tornava urgente e necessária a sua reconciliação com o SENHOR. Abaixou a cabeça e interiormente fez uma sincera súplica de perdão. Assim permaneceu por alguns minutos. Depois ficou olhando para JESUS... Até que percebeu, que ELE queria devolver-lhe o Cálice com o Sangue Redentor. Levantou-se e respeitosamente segurou o Cálice que o SENHOR deixou em suas mãos. As pessoas que participavam da Santa Missa ficaram impressionadas e comovidas, testemunharam todo o Milagre Eucarístico, que logo foi divulgado intensamente em todas as partes.
Após a celebração, o sacerdote respeitosamente beijou os pés do CRISTO Crucificado e deixou rapidamente o recinto. Nunca mais foi visto. Algumas pessoas disseram que ele entrou num Mosteiro em Ulms e lá permaneceu recluso até a sua morte.
Depois do milagre multidões de pessoas vieram visitar o famoso CRISTO da Capela de São Salvador. Com as doações reformaram totalmente a Capela reforçando a estrutura e edificando-a com pedras. Quando a concluíram no ano de 1260, mudaram o nome para “Kreuzkapelle”, palavra alemã que significa “Capela da Cruz” em honra ao Crucifixo Milagroso que nela permaneceu e ficou sendo venerado pelos fieis.
Em 1267 foi construído um Mosteiro no terreno ao lado da Capela de pedra e ela, foi confiada a Ordem dos Agostinianos Eremitas. Em 1542 a Capela foi confiscada pelos luteranos e durante séculos passou a ser usada como dormitório. Contudo, os objetos sagrados e inclusive o CRISTO Crucificado foram salvos e escondidos, graças à coragem e o desprendimento de fieis que verdadeiramente amavam a Igreja. E por causa da perseguição luterana o Crucifixo Milagroso jamais foi mostrado ao público e por isso mesmo, com a sequência dos anos, ficou no esquecimento e hoje ninguém sabe nenhuma notícia sobre ele.
Por outro lado, depois de longo tempo ocupada pelos luteranos, a Capela ficou fechada e esquecida. Foi demolida na época da Segunda Grande Guerra Mundial.
Regensburg está situado na Bavária, parte sul da Alemanha, próximo a Munique. Naquela época pertencia a administração de Munique. Nos arquivos da Cúria Arquidiocesana de Munique estes acontecimentos estão registrados, mas o nome do sacerdote propositalmente foi ocultado. 

INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA

 
Quando chegou o momento de Sua partida para a eternidade, JESUS bondade infinita nos ofereceu o melhor presente: instituiu a Sagrada Eucaristia, Presença Real DELE Mesmo com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi à maneira sensível que o SENHOR JESUS escolheu para permanecer junto do povo que ELE Salvou e Redimiu. ELE é verdadeiramente o pão descido do Céu, alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade na caminhada existencial, poderoso elo que une e congrega todos os fieis ao redor de um único Altar até a consumação dos séculos, porque ELE é DEUS, com o PAI e o ESPÍRITO SANTO.
São Mateus registrou aquele inesquecível momento escrevendo as palavras que JESUS falou:
"Enquanto comiam (a Ultima Ceia), JESUS tomou um pão e, tendo abençoado, partiu e, distribuindo aos discípulos, disse: Tomai e comei, isto é o Meu Corpo . Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes dizendo: dele Bebei todos, pois isto é o Meu Sangue, o Sangue da Aliança, (nova Aliança) que é derramado por muitos para remissão dos pecados". (Mt 26,26-28)
São Marcos registrou assim:
"Enquanto comiam, ELE tomou um pão, abençoou, partiu-o e distribuiu-lhes, dizendo: Tomai isto é o Meu Corpo. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes, e todos dele beberam. E disse-lhes: Isto é o Meu Sangue, o Sangue da Aliança (nova Aliança), que é derramado em favor de muitos". (Mc 14,22-24)
São Lucas anotou as seguintes palavras do SENHOR:
"E tomou um pão, deu graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: Isto é o Meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em Minha memória. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em Meu Sangue, que é derramado em favor de vós". (Lc 22,19-20)
São Paulo descreve como JESUS lhe ensinou:
"Com efeito, eu mesmo recebi do SENHOR o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o SENHOR JESUS tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o Meu Corpo, que é para vós; fazei isto em memória de MIM. Do mesmo modo, após a Ceia, também tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de MIM". (1Cor 11,23-25)
O Apóstolo São João que estava ao lado do Mestre descreveu assim as palavras que JESUS pronunciou na Última Ceia:
 
"Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do FILHO do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna e EU o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em MIM e EU nele". (Jo 6,53-56)
As palavras de JESUS são claras e compreensíveis. Naquele momento de despedida criou o misterioso Fenômeno da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo ESPÍRITO SANTO no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original das mesmas espécies.
Isto significa dizer, que verdadeiramente JESUS está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada Comunhão não pode e não deve ser considerada como um "símbolo" ou como uma "representação" do SENHOR, porque é ELE Mesmo. O SENHOR está Realmente Presente na menor fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Está sempre disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces de todos que buscam o seu auxílio, ajudando e inspirando ao longo da existência, protegendo e defendendo as pessoas contra as insídias de Satanás e consolando-as nos reveses da vida. Cheio de amor e misericórdia ELE Se apresenta modestamente numa partícula de trigo e água e no vinho consagrado. Nesta simplicidade ELE esconde todo o seu poder e a sua divindade. Porque ELE quer que cada um de nós, O procure não com pompas e falatórios, mas com humildade, reconhecendo as próprias fraquezas e limitações. Assim, prostrados diante DELE, conscientes de nossa insignificância e de nosso nada, com simplicidade de coração devemos manifestar a súplica mais sincera, para alcançarmos DELE as graças que emanam do Seu Divino e imenso Amor.
Esta realidade sinaliza ao raciocínio a necessidade de cada pessoa procurar aumentar cada vez mais, de alguma forma, a intensidade da atenção e do afeto que devemos dedicar ao SENHOR. Não como atitude pensada, programada e interesseira, mas como gesto normal, gerado de dentro para fora, do interior de nosso coração para o Coração do CRIADOR, um procedimento consciente, que deve ser cultivado habitualmente. Esta preocupação representará uma continua e permanente oração a DEUS, oração perseverante que deve ser modulada e adornada com as preces que recitamos todos os dias. Isto, para que elas sejam a nossa resposta de amor, num carinhoso tributo de agradecimento, por todos os bens que ELE nos proporciona, inclusive pelo dom da própria vida.


"CORPUS CHRISTI"
 
Desde o tempo apostólico a Igreja instituiu a Festa do Corpo de Cristo, uma homenagem de gratidão a JESUS pela permanente presença Real em nosso meio. A Festa era celebrada na Quinta-feira da Semana Santa, pelo fato da Sagrada Eucaristia ter sido instituída por JESUS numa Quinta-feira, durante a Ultima Ceia no Cenáculo, em Jerusalém, véspera de sua morte na Cruz. Todavia, como na Semana Santa celebramos a Morte e Gloriosa Ressurreição do SENHOR com a recordação de todos os abomináveis sofrimentos de JESUS, o espírito de tristeza domina a maior parte da liturgia. Por essa razão, na continuidade dos anos, a Igreja decidiu escolher outra data, para melhor e mais efusivamente homenagear o SENHOR e LHE agradecer todos os benefícios de Sua Admirável Obra Redentora. Assim, no ano 1246, por ordem de Sua Santidade o Papa Urbano IV, a celebração da Festa do Corpo de CRISTO foi inserida no calendário litúrgico para ser realizada na Quinta-feira, após o domingo em que celebramos a Festa da SANTÍSSIMA TRINDADE.
A palavra Corpus Christi é latina e significa "Corpo de CRISTO", que é a mesma Sagrada Comunhão, Sagrada Eucaristia, Sagrada Espécie, Santíssimo Sacramento e Corpo de DEUS.
Todos os anos, em muitas cidades do mundo assim como no Brasil, os cristãos se unem e por iniciativa pessoal enfeitam as ruas por onde passará a Procissão com a autoridade eclesiástica conduzindo o Ostensório com JESUS Sacramentado. São construídos lindos desenhos, verdadeiros tapetes com flores e outros materiais artisticamente utilizados, numa sincera e espontânea manifestação de carinho e amor ao Santíssimo Sacramento. Na Bélgica, em 1246, quando a Festa entrou para o Calendário Litúrgico, os cristãos fizeram a primeira homenagem nas ruas da cidade de Liege, enfeitando-as de modo atraente e admirável, formando imensos tapetes coloridos, por onde passou a Procissão com JESUS Sacramentado.


A SANTA MISSA
 
A Santa Missa ou Celebração Eucarística é onde recebemos a Sagrada Comunhão e onde as nossas orações alcançam plenitude, a maior grandeza e intensidade. Ela é o Sacrifício da Nova Aliança entre DEUS e a humanidade de todas as gerações, consumada no Calvário com o Sangue Redentor de JESUS e é celebrada em todas as Santas Missas de modo incruento, mas real e autêntico. JESUS a vítima perfeita, está verdadeiramente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, escondido nas aparências de pão e vinho, e se oferece a Si Mesmo ao PAI ETERNO pelas mãos do sacerdote, seu ministro celebrante, como fez na Ultima Ceia com os Apóstolos, em Jerusalém, quando instituiu a Sagrada Eucaristia celebrando a primeira Santa Missa. Então a Santa Missa é essencialmente o mesmo Sacrifício da Cruz, apenas no Gólgota foi cruento, com derramamento de sangue, e no Altar é incruento, ou seja, sem o sofrimento real de CRISTO.
Pelos Atos dos Apóstolos, vê-se que após a ressurreição do SENHOR, os Discípulos continuando a Obra de CRISTO, celebravam a Santa Missa e os fieis participavam ardorosamente de todas as celebrações:
"Eles se mostravam assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações". (At 2,42)
"Dia após dia, unânimes, frequentavam assiduamente o Templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração". (At 2,46)
A palavra Missa é também de origem latina e passou a ser usada no século VI. Anteriormente a Santa Missa era conhecida por outros nomes: Sinaxe, Misterium, Fractio Panis (Fração do Pão), Collecta, Oblatio (Oblação), Liturgia, etc. Muitos desses nomes utilizados antigamente para denominar a Celebração Eucarística, hoje são títulos de partes da Santa Missa.
São três os aspectos fundamentais que acontecem na celebração de uma Santa Missa:
- a Presença Real e Verdadeira do SENHOR.
- o sacrifício de NOSSO SENHOR e da Igreja (de todos os seus membros).
- a nossa comunhão com CRISTO e com os irmãos.
 
Por isso mesmo a Igreja ensina, que a Eucaristia, Santa Missa ou Santo Sacrifício, é um precioso sacramento porque é o próprio DEUS. É o memorial da Paixão, Morte e Gloriosa Ressurreição de JESUS, é o sacrifício dos irmãos que participam e que recebem o SENHOR em comunhão, e é também, alimento espiritual para a vida eterna de cada um.
Para melhor fixação, acrescentaremos que a Santa Missa compreende quatro partes, a saber: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais. Como os nomes indicam: os Ritos Iniciais são constituídos pela procissão de entrada do celebrante e dos demais auxiliares e as orações iniciais; as leituras dos fieis e a homilia do celebrante constitui o espaço da Liturgia da Palavra; a Liturgia Eucarística começa no Ofertório, passa pela Oração Eucarística, Consagração e termina após a Comunhão dos fieis; os avisos paróquias, as ultimas orações e a benção sacerdotal, constituem os Ritos Finais.

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO


UMA LINDA HISTÓRIA

O ÍCONE DA VIRGEM
 
Muitos autores afirmam que o primeiro Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi pintado em madeira por São Lucas, no século I, na época em que a VIRGEM MARIA morava em Jerusalém. Revela a tradição que Ela com o MENINO JESUS aos braços viu a pintura e apreciou muito, abençoando o artista e o seu trabalho.
Quando Lucas completou o Ícone, é tradição que ele deu de presente ao seu amigo pessoal e patrono Teófilo, e viajou em companhia de São Paulo, no prosseguimento do trabalho de evangelização.  
Consta ainda de informações antigas, que em meados do século V, o Ícone da VIRGEM foi encontrado no Império Bizantino. Santa Pulquéria, que era Rainha e governava o país, ergueu um Santuário em honra da VIRGEM MARIA em Constantinopla, e segundo fontes fidedignas, aquele Ícone permaneceu lá por muitos anos, onde nossa MÃE SANTÍSSIMA era venerada por milhares de cristãos: reis, imperadores, santos e pecadores, homens, mulheres e crianças, ricos e pobres, e sobre todos derramava, uma quantidade incontável de graças, milagres e benefícios. Também neste período, se tem conhecimento de que já existia pelo menos uma copia do original, que se encontrava no salão imperial de audiências da Rainha em Constantinopla.
Por outro lado, desde tempos remotos, a arte sempre foi influenciada pela religiosidade popular, e mais especificamente nos séculos XII e XIII, com muito fervor foi colocada em grande evidência a Natureza Humana de JESUS, sendo divulgados com frequência os sofrimentos da Paixão, o Drama do Calvário do SENHOR e as Dores de NOSSA SENHORA. Aqueles fatos tristes e terríveis centralizavam a devoção das pessoas, que pelo cultivo deles, revelavam a grandeza de seu piedoso amor e carinho a JESUS e a VIRGEM MARIA. Neste sentido, dois grandes Santos da época contribuíram exercendo uma forte influência com suas pregações, para que existisse de fato um acentuado exercício da devoção aos sofrimentos do SENHOR: foram São Bernardo de Claraval e São Francisco de Assis.
E esta ênfase foi sentida principalmente no Oriente, através da obra evangelizadora dos Padres Franciscanos. E desta realidade, resultou o aparecimento de uma manifestação artística denominada “Kardiotissa”, derivada da palavra grega (kardia ou kardio, que significa coração). Assim, a denominação artística “Kardiotissa” ou “Kariotissa” significava (revelar misericórdia e piedade, mostrar um sentimento de compaixão). Então, esta corrente de pintores colocava as imagens sacras de seus quadros, expressando algum tipo de dor e sofrimento em relação à Paixão do SENHOR.
Historicamente fomos encontrar informações fidedignas relacionadas à pintura de São Lucas, somente a partir desta época, e mais precisamente no ano 1207, num despacho do Papa Inocêncio III, em face da admirável quantidade de milagres que NOSSO SENHOR realizava, pela intercessão de sua MÃE, representada numa pintura em madeira, com o MENINO JESUS ao colo, que afirmavam ser a pintura de São Lucas. Sua Santidade o Papa declarou que “verdadeiramente a alma de MARIA parecia se encontrar na imagem, uma vez que era tão bonita e tão milagrosa”.
Segundo afirma a tradição, São Lucas era grego, da mesma maneira que os seus pais. Assim o estilo bizantino originário daquela região, estava por assim dizer, no seu sangue. Então, nos séculos XII, XIII e XIV, os pintores fizeram diversas cópias em madeira e tela, criando o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, procurando mesclar o estilo bizantino de Bizâncio, com aquela nova manifestação artística, buscando colocar expressões de sofrimento, dor e expectativa, nas faces da VIRGEM MARIA e do MENINO DEUS.
Importante, todavia, era que o poder da graça Divina continuava operando de maneira notável naqueles Ícones benzidos e consagrados, que se tornaram verdadeiros intercessores milagrosos. A VIRGEM MÃE DE DEUS continuou vivendo naquelas imagens, ajudando, socorrendo as necessidades das pessoas, protegendo, inspirando, e estimulando todos os seus filhos que buscavam a ternura de seu inefável afeto e tão querido amor.
Entretanto o Ícone original desapareceu misteriosamente. A tradição comenta que foi durante o cerco de Constantinopla.
A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano, no dia 29 de Maio de 1453, causou o desaparecimento de diversas relíquias cristãs, de valor inestimável. Descreve a tradição que na véspera da queda da Cidade, durante o reboliço vivido pela multidão, cada pessoa se movimentava articulando alguma providência para escapar do cerco turco. À noite alguém se apossou do Ícone da VIRGEM e da Coroa Imperial, dos quais, nunca mais se teve qualquer notícia!
Este fato nos faz presente, que a passagem dos séculos não alterou e nem modificou o comportamento e a dedicação de MARIA em relação a humanidade, Ela continua demonstrado o mesmo carinho, a preciosa atenção e o perpétuo auxílio, através do Ícone pintado por São Lucas, assim como de todos os outros Ícones cópias e imagens, que visam, sobretudo, fazer com que Ela, a MÃE DE DEUS, seja mais conhecida e amada pelos seus filhos.
 
Assim o Ícone (“eikon”, palavra grega cuja tradução é imagem) de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO que normalmente conhecemos, é desse tipo: tradicional bizantino ligeiramente modificado pelo medieval estilo “Kardiotissa”. Nele observamos a VIRGEM MARIA segurando o MENINO JESUS aos braços, e ELE, com uma expressão de expectativa um pouco assustado, segurando fortemente com as duas pequenas mãos, o polegar direito de sua MÃE, e olhando na direção do Arcanjo Gabriel. O Arcanjo Gabriel está com a Cruz da Redenção e a esquerda da VIRGEM MARIA, está o Arcanjo São Miguel com os instrumentos da Paixão do SENHOR: a lança, o cravo de ferro, balde e a cana (vara de hissopo) com a esponja molhada no vinagre (conforme Jo 19, 29). Como uma criança assustada diante daqueles terríveis instrumentos de Sua Paixão, ELE deve ter se movimentado nos braços da MÃE e involuntariamente soltado de seu pé direito a sandália, que está dependurada. A face de NOSSA SENHORA é séria e triste, olhando em nossa direção, nos mostrando o seu pequenino e amoroso FILHO, e ao redor, os instrumentos da sua abominável flagelação e crucificação, suscitando nossa piedade e devoção, e nos convidando a lembrar sempre os motivos do sofrimento e das dores de JESUS para Redimir a Humanidade de todas as gerações. 
CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA
A Ilha de Creta na Grécia era uma possessão veneziana desde 1204. Pela facilidade de transporte e comunicação com a Europa, era o centro dominador da produção e distribuição de mercadorias entre o Oriente e o Ocidente.
No século XV, por volta do ano 1498, havia um Ícone muito bonito de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO numa Igreja na Ilha de Creta, que desde algum tempo vinha atraindo frequentadores e causando emoção pelos milagres de DEUS que aconteciam em face das orações, preces e suplicas do povo à MÃE DE DEUS na presença intercessora daquela imagem. Inclusive pessoas com elevada posição social afirmavam que aquele Ícone era o original pintado por São Lucas.  Ele já estava naquela Igreja há algum tempo e era conhecido e venerado por todas as pessoas. Um dia, um comerciante local, com sérios problemas pessoal e financeiro, que tinha planos de viajar para a Itália, roubou a imagem e a levou consigo num navio.
Por causa das embarcações não serem suficientemente resistentes, o percurso marítimo era margeando a costa do continente. Entretanto, já distante de Creta, se formou uma grande tempestade, e os marinheiros apavorados imploraram a misericórdia de DEUS, pedindo a NOSSA SENHORA que intercedesse por eles para salvar a embarcação e suas vidas. Suas preces foram ouvidas e eles foram salvos do naufrágio, sem saberem que dentro da embarcação existia uma cópia ou o original, do Ícone da VIRGEM DO PERPÉTUO SOCORRO.
O grego raptor da Imagem desembarcou em Veneza, e trabalhou durante um ano na cidade, quando decidiu mudar para Roma. A imagem seguia com ele, muito bem protegida. Instalado na Cidade Eterna há mais de quatro anos, em face do excesso de trabalho, pegou uma séria enfermidade, que se agravou na sequência dos meses.
Entre as amizades que formou, tinha um amigo especial, também grego como ele, que lá residia há mais de dez anos e inclusive tinha esposa e uma filha.  O raptor sabendo que seu estado de saúde não era bom abriu o coração e narrou ao amigo, à audaciosa aventura de sua vida: “Alguns anos passados, eu roubei um quadro com uma bela imagem da MADONNA na Igreja de Creta! Não era para vender. Estava atravessando uma fase infeliz nos negócios e queria uma proteção pessoal, a fim de ter coragem para me aventurar e desbravar outros horizontes. Não sou um fervoroso religioso, mas só de olhar a imagem, sempre senti crescer uma poderosa força dentro de mim. Por isso, agora doente, no fim da vida, peço levá-la a uma Igreja, e, por favor, descreva este fato apresentando as minhas desculpas. Eu lhe imploro que a imagem seja colocada numa Igreja onde o povo possa visitá-la e honrá-la”.
Assim que ele faleceu, o amigo encontrou o quadro e o levou para sua casa, a fim de mostrá-lo a sua esposa e juntos, escolherem a Igreja, aonde deveriam conduzi-lo. Mas, ao ver a imagem, a esposa ficou admirada e naquele primeiro momento não quis levar o Ícone da VIRGEM para uma Igreja. Na verdade, o casal não era muito religioso, rezavam às vezes, mas nunca seguidamente, por que também nada conhecia da obra de JESUS e da incomensurável grandeza do Amor Divino.
 
Aquele quadro foi colocado na parede da sala de refeições, e numa posição tão estratégica, que ao passar diante dele, ou estando à mesa durante as refeições, involuntariamente o olhar descansava na beleza invulgar e profunda da MÃE DE DEUS. E assim, do costume adquirido pelo casal de olhar a imagem sempre que se assentavam a mesa, seguiu a delicadeza dos gestos. Como primeira manifestação, o casal começou a se persignar diante da imagem antes das refeições. Depois se acostumaram a trocar algumas palavras diante da Imagem, como se a colocassem participando do assunto. E às vezes, em silêncio, deixavam o coração falar... No silêncio da voz o ouvido do coração se abria com mais nitidez a resposta do SENHOR. Outras vezes, confiantemente suplicavam a VIRGEM pedindo a Divina proteção no trabalho, para vencer as dificuldades do cotidiano, conservando-lhes a boa saúde para a continuidade da caminhada existencial.
Certo dia, oito meses após a morte do amigo, junto ao Ícone da VIRGEM, o casal conversava e trocava idéias, sobre a necessidade de ser cumprida a vontade do falecido, como condição primordial, para se conseguir uma necessária paz interior e também, a amizade de NOSSA SENHORA. Eles já estavam frequentando a Igreja com mais pontualidade e até faziam algumas orações. Por esse motivo, naquele momento, contritos e decididos diante da Imagem da VIRGEM, receberam uma “Luz”, que entenderam ser o desejo de NOSSA SENHORA, que o quadro fosse colocado numa Igreja situada entre a Basílica de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão.
Naquele mesmo dia 27 de Março de 1499, a imagem foi levada para a Igreja de São Mateus Apóstolo, no Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, que estava situada entre a Basílica de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão. Foi colocada entre duas lindas colunas de mármore preto de Carrara, logo acima de um magnífico altar de mármore branco.
E se constituiu numa maravilha, durante três séculos, desde 1499 até 1798, a Igreja de São Mateus, foi uma das mais procuradas pelos peregrinos que visitavam Roma, porque queriam rezar diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.  
Entretanto, em 1796/1797, o exército francês sob o comando de Napoleão Bonaparte invadiu os Estados Pontifícios. Roma ficou diante da terrível ameaça do inimigo, a tal ponto que o Papa Pio VI, foi forçado a assinar um Tratado de Paz, o Tratado de Tolentino, em 17 de Fevereiro de 1797.
Todavia, um ano após a assinatura do Tratado, o general francês Louis Alexandre Berthier marchou sobre Roma e proclamou a "República Romana Livre". Ele mentiu, dizendo que não havia liberdade e que o povo estava escravizado. Mas na realidade, o pretexto da quebra do Tratado de Paz foi justamente o assassinato de um general da embaixada francesa em Roma, de nome Mathurin Léonard Duphot, num tumulto popular provocado por revolucionários franceses e italianos no dia 28 de Dezembro de 1797. E por esse motivo, pelo fato de ter mentido e ser muito autoritário, pouco depois, Berthier foi substituído pelo general francês André Masséna.
Em 03 de junho de 1798, o General André Masséna querendo espaço para instalações militares e administrativas na cidade, ordenou que trinta Igrejas fossem destruídas! Uma delas foi a Igreja do Apóstolo São Mateus, onde estava o Ícone da VIRGEM! Foram dias difíceis para os cristãos e as Ordens Religiosas. E como também o Mosteiro Agostiniano estava na relação e foi destruído, os Padres foram autorizados a retornar a Irlanda, a terra natal. Os monges se dividiram: alguns voltaram para a Irlanda, outros ficaram na Igreja Matriz de Santo Agostinho, em Roma e os demais, levaram o Ícone milagroso de NOSSA SENHORA e se mudaram para o Mosteiro de Santo Eusébio, que era pobre e antigo, necessitando de urgentes reparos e muita limpeza.
A imagem de NOSSA SENHORA ficou em Santo Eusébio durante 20 anos. O local foi tratado e ampliado, mas eram poucos monges que viviam ali e o povo quase não tinha acesso a imagem, e assim, também pelo fato de ser muito grande para eles, em 1819, o Papa Pio VII, pediu aos jesuítas para assumirem Santo Eusébio. O Santo Padre deu aos agostinianos a Igreja e o Mosteiro de Santa Maria, em Posterula, do outro lado da cidade, para onde os monges levaram a Imagem milagrosa da VIRGEM MARIA e a colocaram num lugar de honra na Capela do Mosteiro.
Entre os agostinianos estava Frei Agostinho Orsetti que era muito caprichoso e organizado, mantendo a sacristia e as imagens em Santa Maria, com o maior rigor de limpeza. Também treinava os coroinhas, ensinando-lhes o preparo e trabalho no Altar, durante a Santa Missa e primordialmente, o posicionamento correto e digno, nas celebrações e solenidades religiosas. Um dos coroinhas de nome Michael Marchi se tornou muito amigo do Frei Agostinho e sempre estavam conversando. O Frei sempre lhe dizia: “Michael, observe bem esta imagem. É um Ícone muito antigo. É a milagrosa VIRGEM MARIA que estava na Igreja do Apóstolo São Mateus, única imagem nesta cidade. Muitas pessoas vinham rezar diante dela e suplicar sua eficaz intercessão junto a DEUS. Lembre-se sempre do que estou lhe dizendo”.
Em 1854, a Ordem dos Redentoristas foi fundada por Santo Afonso de Ligório. Compraram uma área de terra no Monte Esquilino, no local chamado Villa Caserta, que por uma coincidência toda especial, a tal área também abrangia o local onde existiu a Igreja de São Mateus Apóstolo, onde o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi louvado e honrado por muitos cristãos.
Em 1855, Michael Marchi desejando se tornar sacerdote entrou na Ordem Redentorista. Em 25 de março de 1857, fez os votos de pobreza, castidade e obediência e continuou os seus estudos, sendo ordenado sacerdote no dia 2 de outubro de 1859.
 
Um dia, quando a Comunidade estava no recreio, um Padre mencionou que havia lido alguns livros antigos sobre uma Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA, que tinha sido venerada na antiga Igreja de São Mateus Apóstolo. Padre Michael Marchi com alegria falou para todos: "Eu sei sobre o Ícone milagroso da VIRGEM MARIA. Seu nome é NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e ele pode ser encontrada na Capela dos Padres Agostinianos, no Mosteiro de Santa Maria, em Posterula. Eu vi a imagem muitas vezes durante os anos de 1850 e 1851 quando ainda era um jovem estudante universitário e servi como coroinha, a Santa Missa em sua Capela”.
Em 7 de Fevereiro de 1863, Francis Blosi, um Padre jesuíta durante uma Santa Missa na Basílica de São João de Latrão, fez um sermão sobre a famosa imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Ele descreveu a imagem da VIRGEM MARIA, e disse: "Espero que alguém na multidão de fiéis que me ouve, saiba onde a imagem está! Se assim for, por favor, diga a pessoa que mantém o Ícone da MÃE DE DEUS escondido por setenta anos, que a VIRGEM ordenou ser este quadro colocado numa Igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e esta Bailica onde estamos, de São João de Latrão. Esperemos que a pessoa se arrependa de seu ato impensado e traga a Imagem para ser colocada no Monte Esquilino, a fim de que todos os fiéis novamente possam honrá-la."
O sermão do Padre Blosi logo ficou conhecido dos Padres Redentoristas. Sabendo que sua Igreja estava localizada próximo ao local da antiga Igreja de São Mateus Apóstolo, apressaram-se em levar a notícia ao Padre Mauron, que era o Superior Geral dos Redentoristas. Padre Mauron ouviu a notícia e sentiu uma grande alegria, mas não teve pressa. Ele orou por quase três anos para conhecer a Santa Vontade de DEUS, nesta importante questão.
Em 11 de dezembro de 1865, o Padre Mauron e o Padre Michael Marchi, pediram uma audiência ao Papa Pio IX. Ansiosamente, os dois padres, descreveram ao Papa, a história detalhada da imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Eles relembraram inclusive, que a VIRGEM MARIA manifestou o desejo de que a Imagem fosse colocada numa igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e São João de Latrão. Depois de ouvir toda a história, o Papa perguntou-lhes se tinham colocado aquela solicitação por escrito. Padre Mauron entregou a Sua Santidade, um documento que o Padre Marchi tinha escrito e assinado sob juramento.
Sensibilizado com aquela narrativa e tendo o Santo Padre o Papa Pio IX, um grande amor à VIRGEM MARIA, imediatamente pegou a folha de papel onde o Padre Marchi tinha escrito o seu testemunho, e de próprio punho, escreveu uma mensagem no verso do documento:
11 de Dezembro de 1865:
O Cardeal Prefeito vai convocar o Superior da pequena comunidade de Santa Maria, em Posterula e lhe dirá que é nossa vontade que a Imagem de MARIA SANTÍSSIMA, que esta petição trata, seja devolvida a Igreja situada entre São João de Latrão e Santa Maria Maggiore. Todavia, o Superior da Congregação do Santíssimo Redentor está obrigado a substituí-la por outra imagem adequada.
(assinado) O Papa Pio IX
 
O Papa falou e como é lógico, o caso foi encerrado. A MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO, logo estaria em casa, depois de quase 75 anos distante. Na madrugada do dia 19 de Janeiro de 1866, Padre Michael Marchi e Padre Ernesto Bresciani atravessou a cidade de Roma, indo até Santa Maria, em Posterula, para obter a imagem sagrada.
Os agostinianos estavam tristes por ver a sua amada MADONNA partir, mas eles se regozijaram que NOSSA SENHORA voltasse a ser homenageada no lugar onde Ela desejava. Os monges agostinianos quiseram uma cópia exata da imagem original, e isso lhes foi dado pouco tempo depois, conforme a decisão do Santo Padre, o Papa.
Os Redentoristas de Santo Afonso esperaram alegremente pela chegada de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e sentiram uma grande felicidade sabendo que Ela ia permanecer definitivamente na sua Igreja. Mas, embora as cores do Ícone ainda estivessem brilhantes, havia muitos buracos de pregos na parte posterior do quadro. Um talentoso artista polonês, que viveu em Roma, foi convidado e restaurou a imagem, cujo trabalho terminou no princípio do mês de Abril.
Dia 26 de abril de 1866, Festa de NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO, uma grande procissão partiu do Mosteiro de Santo Afonso. Durante a procissão muitos acontecimentos milagrosos foram relatados. Uma pobre mãe vendo que a procissão se aproximava, pegou o seu filho de quatro anos de idade, que estava quase morto na cama, com uma doença no cérebro, com febre constante nas últimas três semanas, segurou firme a criança e levou-a até a janela. Quando a Imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO passou ela gritou: "Ó boa Mãe, quer curar o meu filho ou quer levá-lo consigo para o Paraíso?" Dentro de poucos dias o menino ficou totalmente curado. Ele foi com sua mãe a Igreja de Santo Afonso para acender uma vela de ação de graças no Santuário de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.
Em outra casa uma menina de oito anos, estava aleijada e desamparada, desde a idade de quatro anos. Quando a procissão se aproximava e a Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA chegou perto, a mãe da criança ofereceu sua filhinha à SANTÍSSIMA VIRGEM. De repente, a criança sentiu uma grande mudança, e recuperou parcialmente o movimento de seus braços e das pernas. Ao ver isto, a mãe ficou muito confiante de que NOSSA SENHORA ia de fato ajudar a menina. No dia seguinte, logo pela manhã, levou a criança a Igreja de Santo Afonso e colocou-a diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Olhando para a Imagem, rezou: "Agora, ó minha Mãe MARIA, termine o trabalho que a Senhora começou." Ela mal tinha acabado de dizer as palavras e de repente à menina se levantou sobre seus pés, totalmente curada!
Na Igreja de Santo Afonso o Ícone da VIRGEM foi colocado no Altar mor. A Igreja estava toda decorada e o Altar feericamente iluminado com grande quantidade de velas. Terminada a procissão, foi celebrada uma solene Santa Missa de ação de graças e, em seguida, o senhor Bispo concedeu a bênção com o Santíssimo Sacramento.
No dia 05 de maio de 1866, o Papa fez uma visita pessoal ao Santuário para conhecer e rezar diante do Ícone da VIRGEM MÃE.
Anos após, um novo Altar de mármore em estilo gótico foi construído possuindo no centro superior uma magnífica decoração brilhante, com guarnição em ouro. Quando tudo estava terminado, o Ícone da VIRGEM MARIA foi carinhosamente colocado naquele lugar, onde se encontra até hoje. A primeira Santa Missa celebrada no novo Altar do Santuário foi no dia 19 março de 1871, Festa de SÃO JOSÉ.

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.