PEQUENO MANUAL DO CATÓLICO A Missa e outras obrigações


O Santo Sacrifício da Missa

1) O que é a Missa?
A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.

2) Como pode ser a Missa o sacrifício de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.

3) Porque dizemos que a missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?
Por que nela aquele mesmo sacrifício de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia.

4) A Missa é, então, um Sacramento?
Sim, a Missa é a cerimônia na qual se realiza o Sacramento da Eucaristia, que é a presença real de Jesus na hóstia consagrada.

5) Essa presença de Jesus na hóstia consagrada é um símbolo de Jesus?
Não podemos dizer que seja apenas um símbolo. Jesus está realmente presente com todo seu ser. Toda a natureza humana e toda a natureza divina estão presentes na Sagrada Hóstia. Toda a substância do pão e do vinho se transformaram milagrosamente no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.

6) A Igreja católica dá um nome especial a esta transformação?
Sim, a Igreja definiu o termo de “transubstanciação” como sendo o único capaz de exprimir o milagre que se opera na transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus.

7) Porque dizemos que a Missa é um sacrifício eficaz?
Por que pela presença real de Jesus nós recebemos não apenas a graça sacramental da Eucaristia, mas o autor mesmo da graça, Jesus Cristo, nosso Deus, a quem adoramos de joelhos. A presença real de Jesus é a maior graça que uma alma pode receber nesta vida.

8) De que modo podemos receber Jesus na Eucaristia?
Pela Santa Comunhão. Sendo um sinal sensível do sacrifício de Cristo, quando comungamos, recebemos Jesus como alimento de nossas almas. Ele vem ao nosso coração de um modo muito real e eficaz.

9) Como podemos nos preparar para receber Jesus no coração?
Antes de tudo, uma boa confissão, um arrependimento sincero dos nossos pecados. Devemos também viver sempre na presença de Deus, consagrando nosso dia a Ele, desde o levantar e agradecendo sempre as graças recebidas ao deitar. Na Santa Missa, estar atento ao que acontece no altar, de preferência seguindo o texto mesmo da missa no missal.

10) Existe algum momento da missa que seja mais importante do que outros?
O mais importante momento da missa é a Consagração. Assim que foram ditas as palavras da forma sacramental, o padre eleva a hóstia e o cálice para serem vistos pelos fiéis. Todos devem estar de joelhos, compenetrados, silenciosos e em adoração.

11) Existe algum outro momento em que devemos estar de joelhos obrigatoriamente?
Sim. Quando o sacrário está aberto, quando a comunhão é distribuída aos fiéis, quando o padre dá a bênção final.

O templo de Deus

A Igreja é a casa de Deus. Lugar de oração, lugar de silêncio. Nela, nada de profano deve entrar. Toda a vida de uma igreja gira em torno das coisas de Deus, principalmente do seu culto, do seu louvor, do seu sacrifício.

12) Qual é a parte principal de uma igreja?
É o altar. Ele é o centro e a razão de ser da igreja. Todo altar é de pedra, pois é sobre a pedra que se realiza um sacrifício. No Antigo Testamento vemos diversos exemplos de sacrifícios oferecidos sobre altares de pedra. Noé, quando sai da arca; Abraão quando vai sacrificar Isaac; Jacó quando acorda do sonho etc.
A Igreja mantém este costume. Mas o sacrifício oferecido já não é apenas figurativo do verdadeiro sacrifício, como no Antigo Testamento, mas o próprio sacrifício por excelência, o único agradável a Deus, o sacrifício de seu Filho.

13) Qual a primeira coisa que devemos fazer ao entrar numa igreja?
Molhando os dedos na água benta, fazemos o Sinal da Cruz. Caminhamos até o lugar em que vamos rezar, fazemos a genuflexão e nos ajoelhamos para rezar.

14) O que é uma genuflexão?
É um ato de adoração pelo qual dobramos nosso joelho direito até tocar o solo e voltamos à posição normal.

15) Em que momento devemos fazer a genuflexão?
Quando entramos na igreja, antes de sair da igreja e cada vez que passamos na frente do sacrário.

16) Existe algum outro tipo de genuflexão?
Sim. Devemos genuflectir com os dois joelhos sempre que o Sacrário estiver aberto, ou que um padre estiver elevando a hóstia na consagração de uma missa e que entrarmos nessa hora na igreja, ou ainda se o padre estiver distribuindo a comunhão. Também devemos fazer esta genuflexão com os dois joelhos quando o Santíssimo Sacramento estiver exposto na Custódia, para nossa adoração.

17) Como se faz esta genuflexão com os dois joelhos?
Devemos nos por de joelhos completamente, fazer uma leve inclinação com a cabeça e nos levantar-mos em seguida.

18) Além da água benta, da genuflexão e da oração, o que mais se pede quando se entra numa igreja?
Devemos estar vestidos corretamente, sem bermudas ou shorts, sem chinelos mas bem calçados, sem camisetas de alça, mas com camisas de mangas. Os homens e rapazes devem evitar as blusas com desenhos espalhafatosos, de esportes e coisas parecidas. As mulheres não podem entrar numa igreja com os ombros descobertos, sem mangas ou com mini-saias.

19) É obrigatório para as mulheres o uso do véu?
Desde São Paulo até bem pouco tempo sempre foi pedido às mulheres que cobrissem a cabeça dentro da Igreja. Esse é o costume que mantemos em nossas igrejas. Não somente porque está assim na Bíblia, mas também porque isso favorece o recolhimento e a oração.

20) Porque as mulheres devem vir à igreja de saias?
Porque as calças compridas dão a elas um ar menos feminino, diminuindo a distinção entre os sexos e favorecendo uma atitude menos recatada. Também por isso a saia deve ser abaixo do joelho. Estes são os critérios para as vestimentas em nossas capelas e isso tem mantido um ambiente muito bom, próprio para a oração.

21) Como podemos saber que a Sagrada Hóstia está presente no Sacrário?
O principal sinal da presença do Santíssimo é o véu que cobre o Sacrário. Este véu se chama “conopeu” e costuma ter a cor dos paramentos do dia. Além do conopeu, deve sempre haver uma lamparina acesa perto do Sacrário.

22) Se o Sacrário estiver vazio, devemos fazer a genuflexão?
Não. Diante do Sacrário vazio fazemos apenas uma profunda inclinação ao altar e ao Crucifixo. Neste caso a lamparina deve estar apagada e o conopeu levantado ou ausente.

A Missa vai começar

23) Em que momento devemos entrar na igreja para o início da Missa?
Devemos chegar sempre alguns minutos antes para nos recolhermos na oração, preparar o missal e, sendo necessário, nos confessarmos para poder comungar.

24) É permitido chegar atrasado na Missa?
Não é permitido chegar atrasado porque seria uma falta de respeito para com Deus, além de evidente prejuízo espiritual para as almas.

25) Existe alguma ordem formal da Igreja sobre isso?
Sim, um dos mandamentos da Igreja diz: assistir missa completa todos os domingos.

26) E se acontecer algum imprevisto no meio do caminho?
A Igreja tolera pequenos atrasos não culposos. Por isso ela considera que, chegando na missa dominical (ou festa de preceito) até o Evangelho, pode-se ainda comungar.  É preciso, no entanto, evitar sempre o atraso. O prejuízo é muito grande quando se perde as leituras e o sermão da missa.

27) Qual o melhor lugar para se assistir à missa?
Em princípio qualquer banco da igreja deveria servir para a boa assistência. Na prática, constata-se que as pessoas que ficam no fundo têm a tendência a se dispersar, se distrair, conversar, fazer sinais aos vizinhos, chamando a atenção para coisas que distraem do essencial. Evidentemente estes costumes são prejudiciais para as almas e podem chegar a ser pecado.

28) Qual o melhor modo de se assistir à Missa?
Usando o missal Latim-Português podemos acompanhar as belíssimas orações que a Igreja reza durante o Santo Sacrifício. Com o missal, também podemos acompanhar melhor os gestos e ritos que são explicados passo a passo.

29) Existe um modo de se entender melhor as diversas orações que compõem uma missa?
Uma divisão lógica dos textos pode ajudar a se localizar:
Devemos antes de tudo distinguir entre
Ordinário da Missa: são as orações fixas que se rezam em todas as missas
Próprio da Missa: são as orações daquele dia em particular.
No Próprio de toda missa existem:
- 3 antífonas : Intróito, Ofertório e Comunhão – As antífonas são pequenos textos que introduzem um salmo. Na missa, os salmos que seguem estas 3 antífonas ficam reduzidos a um versículo, como podemos ver no missal.
- 3 orações: Coleta, Secreta e Pós-comunhão – A Coleta é a oração sobre os fiéis, nossas necessidades espirituais. A Secreta é a oração sobre as secretas, termo antigo que designava o pão e vinho separados no Ofertório para serem consagrados. A pós-comunhão é a oração de ação de graças pelo alimento sacramental que acabamos de receber.
- 2 leituras, Epístola e Evangelho. Entre as duas curtas meditações que variam de acordo com a época do Ano Litúrgico: Gradual, Aleluia, Trato.

30) Existe ainda outras divisões que possam ajudar a assistir à Missa?
Sim. Considerando a missa de modo cronológico, podemos distinguir três partes.

31) Como se chama a primeira parte da missa?
Chama-se Missa dos Catecúmenos. Assim chamada porque, sendo formada pela parte penitencial e de instrução, era assistida também pelas pessoas que se preparavam para o batismo (os catecúmenos). Estes deviam deixar a igreja após o Credo. Os Santos Mistérios só podiam ser assistidos pelos batizados. Já não se tem este costume, mas o nome permanece. Também se chama a esta parte de Ante-missa.

32) Quais as orações da Missa dos Catecúmenos?
Orações ao pé do altar, com o Salmo Judica me (42) e o Confiteor.
Intróito, Coleta e a parte da Instrução: epístola, evangelho, sermão e o Credo, que é a profissão de fé católica.

33) Qual a segunda parte da Missa?
É a Missa dos Fiéis. Na antiguidade, todos os que, já sendo batizados e tendo podido confessar-se, estavam aptos para assistir o Santo Sacrifício e comungar.

34) Quais as orações ou partes da Missa dos Fiéis?
Ofertório, com o oferecimento do pão e do vinho que serão consagrados
Prefácio, longo canto que exprime o mistério da missa do dia.
Cânon, parte central da Missa. São as mais belas orações que o padre reza em silêncio e que têm seu ápice na Consagração.
Pai Nosso, rezado apenas pelo celebrante porque este ocupa o lugar de Cristo, que o rezou sozinho para ensinar aos Apóstolos
Comunhão
Orações finais

35) Qual a posição que devemos adotar ao longo da missa?
De joelhos:
- orações ao pé do altar até o final do Kyrie (nas missas de roxo ou preto até o fim da Coleta)
- do final do Sanctus até antes do Pai Nosso
- do Agnus Dei, durante toda a comunhão, até que o padre venha rezar a antífona da comunhão
- na bênção final

De pé:
- no Glória
- no Evangelho
- no Orate Fratres até o fim do Sanctus
- no Pai-Nosso até o Agnus Dei
- na antífona da comunhão até o fim do Ite Missa Est.
- no último Evangelho

Sentado:
- durante a Epístola até que o padre entoe o Evangelho
- durante o ofertório até que o padre entoe o Orate Fratres
- é permitido, mas não recomendado, sentar-se após o sacrário ser fechado, depois da comunhão (nunca se sentar durante a distribuição da comunhão ou com o sacrário aberto).

Seria uma falta não estar de joelhos: (salvo doença)
- na consagração
- a partir do Ecce Agnus Dei, quando o padre mostra a hóstia,  até que o Sacrário seja fechado
- na bênção final

36) O que se deve fazer após a comunhão?
Quando nos levantamos da mesa de comunhão, carregamos Jesus no coração. Toda nossa atenção deve estar voltada ao hóspede divino que nos vem visitar com tanto amor e misericórdia. Uma atitude compenetrada, o olhar voltado para baixo, silêncio na alma e no corpo. Chegando ao nosso lugar, ficamos de joelhos, procuramos fechar os olhos e rezar em silêncio, saboreando este encontro sublime com Nosso Salvador. Podemos também, para ajudar a concentração, rezar as orações tradicionais de “ação de graças”, como se encontram no próprio missal ou nos livros de oração.

37) Quando o padre sai da igreja, no final da missa, devemos sair também?
Quanto vale um só instante com Jesus presente em nós? Vale a pena prolongar nossas orações e nosso silêncio, principalmente se considerarmos que durante a semana, são raros os momentos de silêncio e oração. Fiquemos alguns instantes com Jesus em ação de graças, após a Santa Missa. O padre também volta à igreja para rezar sua ação de graças. Procuremos não impedi-lo, com nossas necessidades, de fazer sua ação de graças.

O uso do missal

38) Como podemos nos localizar melhor quando seguimos a missa no missal?
- O Ordinário da Missa fica no meio do missal. Ponha um marcador reservado para o Ordinário. É a parte fixa que se reza em todas as missas.
- Temporal : Toda a parte que precede o Ordinário é chamado de Temporal (missas próprias para o tempo): engloba todas as missas dos domingos ao longo do ano além de algumas outras missas que podem cair em dia de semana mas que estão inseridas nos mistérios da vida de Jesus Cristo: Natal, Epifania  e outras. Ponha um marcador reservado também para esta parte
- Santoral : Logo depois do Ordinário vem o Santoral. Missas dos Santos. Dividido em duas partes:
            - Comum dos Santos – são missas indicadas para diversos santos : comum dos confessores, ou comum dos mártires etc. No dia do santo está indicada a página quando se deve usar a missa do comum. Ponha um marcador par o Comum dos santos.
            - Próprio dos Santos – são as missas indicadas no dia mesmo do santo. Junto com a missa vem uma breve notícia histórica sobre a vida do santo. Vale a pena abrir todos os dias o missal para acompanhar os santos de cada dia. Ponha um marcador para o próprio dos santos.
- Missas votivas – São missas que rememoram algum mistério fora de época, para quando não houver nenhuma missa indicada naquele dia.
- Missa dos defuntos – todas as orações que devemos fazer nos enterros e nas doenças graves para pedir a Deus pelos nossos parentes e amigos.
- Manual de orações – muitas orações, ladainhas, consagrações, hinos, cânticos se encontram ainda no fim do missal. Não deixe de conhecer profundamente todas elas.

Outras obrigações dos fiéis

39) Além da assistência à Santa Missa, o que mais é pedido aos fiéis?
A Santa Igreja em sua sabedoria e para o bem de nossas almas, maior glória de Deus e para nossa salvação, pede ainda outras obrigações, que devemos procurar realizar com espírito de obediência e amor por Deus Nosso Senhor. São os chamados “Mandamentos da Igreja”.

40) Quais são esses Mandamentos?
São cinco:
- Assistir a missa inteira aos domingos e dias Santos de Guarda
- Confessar-se uma vez por ano pelo menos
- Comungar por ocasião da Páscoa
- Fazer jejum e abstinência nos dias prescritos
- Dar o dízimo segundo o costume

41) Porque a Igreja nos obriga a confessar e comungar na Páscoa?
Sendo a mais importante festa do Ano Litúrgico, centro dos mistérios da vida de Nosso Senhor, a Igreja considera que todos os católicos devem realizar este mínimo de amor por Jesus Sacramentado. Não significa que esta comuhão seja suficiente. O ideal seria que comungássemos todos os domingos. Mas a obrigação da comunhão pascal nos impele a fazer um bom exame de consciência. Quantas pessoas receberam a graça da conversão devido à confissão para a comunhão pascal.

42) Quais os dias Santos de Guarda?
Na Igreja Universal são dias santos de Guarda:
- Oitava de Natal (1º de janeiro)
- Epifania (6 de janeiro)
- São José (19 de março)
- Ascensão de Nosso Senhor
- Corpus Christi
- São Pedro e São Paulo (29 de junho)
- Assunção de N. Senhora (15 de agosto)
- Todos os Santos (1º de novembro)
- N. Sra da Conceição (8 de dezembro)

Em cada país a legislação muda quanto aos dias feriados. Todos os católicos devem fazer um esforço para ir à Santa Missa nos dias santos de Guarda quando não for feriado.

43) Quais os dias de jejum obrigatório?
Atualmente, apenas na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Mas o espírito da Quaresma nos move a jejuar com maior frequência, mesmo não sendo de obrigação. Leia mais sobre o jejum e a abstinência

44) Ainda é de rigor a abstinência de carne nas sextas-feiras?
Sim. Toda sexta-feira do ano devemos nos abster de comer carne (podemos comer peixe), em honra e em memória das dores da  Paixão de Cristo.

45) Porque existe a obrigação do dízimo?
Os padres não recebem salários, mas se dedicam em tempo integral às almas. Vivem atentos a todas as necessidades espirituais, e muitas vezes, às necessidades materiais dos seus fiéis. Nada mais justo que as famílias prevejam a subsistência do seu padre.

46) Como se paga o dízimo em nossas Capelas?
Cada família costuma deixar no início do mês uma quantia para este fim. Ela varia de acordo com as possibilidades de cada. Mas todos devem estar atentos para não faltar, de modo a cumprir esta grave obrigação que a Igreja nos impõe, em nome da Caridade e que não deixa de reverter-se para o bem dos próprios fiéis.

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"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.