Vestes Litúrgicas: você as conhece?


Este artigo foi escrito devido a um fato curioso que aconteceu comigo quando adolescente. Lembro-me que no final da Missa estava conversando com um sacerdote franciscano, de saudosa lembrança, juntamente com uma amiga. De repente ele fez menção de retirar a túnica e eu, imediatamente, puxei a minha amiga pelo braço para nos retirarmos da sacristia. Ele reparou e nos disse: -"Podem ficar! O padre não fica sem camisa debaixo da túnica!" Nunca mais me esqueci desta cena curiosa.
Por este motivo, resolvemos escrever este artigo, uma vez que muitos católicos desconhecem as vestimentas usadas pelo Papa, Sacerdotes, Arcebispos, Bispos… Espero que todos gostem.
O QUE É?  SIGNIFICADO
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 * ALVA OU TÚNICA (do latim alba): é geralmente de tecido branco e cobre todo o corpo até aos pés. Veste-se sobre a batina ou outra roupa ordinária e sobre o amicto (se for usado). Simboliza a túnica branca vestida a Jesus Cristo em casa de Herodes. Além disso simboliza pela sua cor a pureza, candura e santidade de vida que deve ser a característica principal do sacerdote. Seu tecido é o linho, naturalmente impuro, mas embranquecido à custa de muitos esforços e trabalhos, completa o símbolo da pureza, cantura e santidade. (VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 99)
Também pode ser usada pelos acólitos (aqueles que não são Sacerdotes e que ajudam na Celebração).
Ao vesti-la o sacerdote diz: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que, purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça gozar as alegrias eternas." Neste momento, o sacerdote despoja-se daquilo que é e, não obstante as suas falhas e pecados, ele celebrará na Pessoa do próprio Cristo.
É importante não confundir a alva ou túnica com a batina, esta é de cor preta ou de outra cor (de acordo com dignidade eclesiástica, se for Papa, Arcebispo, Bispo etc) e usada por clérigos (padres) e seminaristas. A alva é usada apenas no momento da Celebração e é sempre de cor branca ou clara (pérola, gelo, creme…).

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* AMICTO OU AMITO (do latim amictus, anaboladium): pano branco que envolve o pescoço do Celebrante (veste-se antes da túnica ou da alva). Normalmente de linho ou algodão e com uma cruz ao meio, tendo fitas ou cordões em duas das pontas. Serve para colocar à volta do pescoço, atando-se no peito com as fitas. Todos os Ministros que vestem alva, podem vestir o amicto. O seu uso é obrigatório sempre que a alva ou túnica não cubra totalmente a roupa que se usa por baixo na zona do pescoço.  
O seu uso parece que não vai além do século VIII. A princípio colocava-se sobre a alva, e algumas vezes até sobre a casula e servia para cobrir a cabeça quando se ia ou vinha do altar; [...]. Hoje, segundo o rito romano, é o primeiro dos paramentos sagrados; colocado sobre as espáduas, fica entre as vestes ordinárias (as roupas seculares de uso do dia-a-dia) e a alva e restantes vestes sagradas. Colocava-se sobre a cabeça, simbolizando o capacete da fé, com que estamos armados contra as tentações; envolvendo o pescoço e protegendo-o contra os acidentes do ar, significa a moderação da voz, a prudência e discreção nas palavras. (VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 99)
Ao vestir o amicto o ministro diz: "Senhor, colocai sobre a minha cabeça o capacete da salvação, para que possa repelir todos os assaltos do mal." (aqui o Canto da Paz trocou a última palavra para evitar que o Google vincule o nosso site com palavras contrárias às coisas Divinas e do Bem)

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* CAPA PLUVIAL, DE ASPERGES OU MAGNA: A palavra vem do latim "chuva". A antiga capa de chuva usada pelos Sacerdotes durante a procissão. Atualmente usadas pelo Sacerdote sobre os ombros durante as procissões, no casamento, batismo e bênção do Santíssimo.

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* CASULA: é uma espécie de capa ou “poncho”. A cor varia conforme o tempo litúrgico mas com tonalidades mais vistosas e brilhantes, as vezes também pode ser dourada ou prateada, substituindo o branco. É uma veste solene, devendo ser usada em dias especiais ou festivos, mas também em dias comuns, ao menos pelo Sacerdote que preside à Celebração, a estola sempre deve estar por baixo.

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* CÍNGULO OU CORDÃO (do latim cingulum, baltheus…): é um cordão comprido que se usa como cinto; serve para cingir à cintura a alva.
O cordão é tão antigo como a alva; enquanto os próprios leigos usaram amplas túnicas, cingiam-se sempre com cintos ou cordões, sendo até considerado como sinal de desleixo e desonestidade o aparecer alguém em público sem andar cingido. Lembra as cordas com que foi preso Jesus no Horto, e com que O ataram à coluna, bem como os instrumentos da flagelação. Também simboliza a continência e castidade a que são obrigados os Ministros do Santuário. (VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 100)

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* DALMÁTICA: é uma roupa que os Diáconos usam sobre a alva e a estola. É a veste litúrgica superior do Diácono. Possui as mangas e o cumprimento mais curtos do que a casula usada pelos Sacerdotes.

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* ESTOLA: o padre distingue-se pela estola, que é a faixa vertical colocada no pescoço e que desce paralelamente pelos dois lados do peito. Significa o poder da autoridade sacerdotal. A cor da estola varia de acordo com o Tempo Litúrgico. Assim, ela caracteriza os Ministros ordenados (Papa, Arcebispos, Bispos…, Padres). Os Diáconos usam no ombro esquerdo, como faixa transversal.

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 * MITRA: uma espécie de chapéu alto e pontudo usado pelo Papa, Arcebispos e Bispos (símbolo do poder espiritual). Apresenta como que uma abertura no alto, para significar que é aberta à iluminação de Deus e possui duas fitas penduradas atrás, descendo sobre as costas do Ministro, significando o Antigo e o Novo Testamento.

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* SOBREPELIZ OU ROQUETE: veste branca usada sobre a batina pelo sacerdote e pelos ministros.

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* SOLIDÉU: usado na cabeça pelo Papa (branco), Arcebispos (vermelho) e Bispos (rosa, de forma circular.

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* VÉU DE OMBROS OU VÉU UMERAL: usado pelo Sacerdote ou Diácono na bênção do Santíssimo Sacramento e nas procissões para levar o Ostensório contendo Jesus Eucarístico.

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martírio célebre no século II foi o de Santo Inácio de Antioquia; no ano 107, no Coliseu de Roma, vítima da perseguição de Trajano (98-117), por ocasião dos gigantescos espetáculos dados por este imperador para comemorar suas vitórias sobre os dácios. Inácio foi condenado juntamente com Rufo e Zózimo.

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"Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las"

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Viva a Nossa Senhora Aparecida.













No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.
A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por oca
sião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem,
ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.

A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento
da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.

A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas. Se quiser saber mais detalhes sobre a Basílica e sua programação, visite o site www.santuarionacional.com.br, no qual também é possível acender uma vela virtual. E já que a fé, assim como a internet, não conhece fronteiras, eu já acendi a minha, por um mais paz e igualdade no mundo. Acenda a sua e que
Nossa Senhora Aparecida nos ouça e ilumine o mundo, que está precisando tanto de cuidados.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. Veja alguns abaixo:
A libertação do escravo Zacarias
O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés,
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos
milagres da Basílica Nova.

A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava
enxergando, perfeitamente curada.

NILTON

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6:23


TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA

TERESA DE CEPEDA Y AHUMADA
Teresa de Cepeda y de Ahumada (nasceu em Ávila em 1515) guiada por Deus por meio de colóquios místicos e por seu colaborador e conselheiro espiritual são João da Cruz (reformador da parte masculina da ordem carmelita, empreendeu aos quarenta anos uma missão que tem algo de incrível para uma mulher de saúde delicada como a sua: do mosteiro de são José, fora dos muros de Ávila, primeiro convento do Carmelo por ela reformado, partiu, carregada pelos tesouros do seu Castelo Interior, para todas as direções da Espanha.